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Santos (SP): Portuários ficam sem relatório da MP 595
quarta-feira, 10 de abril de 2013
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Para completar, é bem provável que, na quinta-feira (11), devido à proximidade do final de semana, não haverá quorum da comissão mista, mesmo que o relatório seja mostrado aos trabalhadores nesta quarta (10).
Resultado: somente na semana que vem, continuará a tramitação da matéria no Congresso Nacional. A MP foi prorrogada por 60 dias e tem validade até 19 de maio.
“Tem mais coisas no ar, não apenas aviões de carreira, como dizia o Barão de Itararé”, brinca o presidente do Sindicato dos Operários de Santos (Sintraport), Robson de Lima Apolinário.
Brincadeira
Para ele, o governo, por meio do senador amazonense, escolhido pela presidenta Dilma Rousseff para ser relator da medida provisória, “pode estar de brincadeira”.
O relatório deve conter as medidas propostas pelas federações nacionais dos portuários (FNP), estivadores (FNE), demais avulsos (Fenccovib) e centrais sindicais.
A aceitação das proposituras pelo governo, em acordo no dia 21 de março, suspendeu uma greve nacional nos portos prevista para o dia 25 do mesmo mês.
A apresentação do relatório, segundo Robson, serviria para os sindicalistas tirarem dúvidas sobre a redação das cláusulas, já com as moções apresentadas pelas federações e centrais.
Ele “até” considera que pode ter havido um “simples atraso de redação do relatório”. Mas pondera que pode ser também, “na língua do Maranhão, pura tramoia”.
“Na segunda hipótese, não se engane o senador e o governo”, adverte Robson. “A categoria está mobilizada, em todos os portos, para uma grande greve”.
Ele observa que, há poucos dias, houve uma plenária de trabalhadores de base de todos os estados portuários, onde a paralisação foi reafirmada, no case de malogro nos entendimentos.
Robson viajou para Brasília nesta terça-feira e lá ficará pelo menos até amanhã, quando espera receber o relatório de Eduardo Braga: “Torço para correr tudo conforme o combinado”.