Tarifaço dos EUA impacta setor pneumático. Márcio denuncia retaliação disfarçada de política comercial e alerta para risco à indústria do País
Tarifaço dos EUA ameaça setor pneumático, alerta Márcio Ferreira
O tarifaço imposto pelos Estados Unidos pode agravar ainda mais a crise enfrentada pela indústria pneumática brasileira, já pressionada por altos custos e concorrência externa.
Em vídeo publicado nesta quinta-feira, 31 de julho, Márcio Ferreira, presidente do Sintrabor, criticou duramente as novas tarifas aplicadas pelo governo Trump aos produtos brasileiros.
Segundo o dirigente, a medida não representa apenas uma disputa comercial, mas uma retaliação política com graves consequências para a competitividade do setor nacional.
“Não se trata apenas de uma disputa comercial. Essa medida é uma forma de enfraquecer setores estratégicos do Brasil e impor uma dependência econômica ao país”, afirmou.
Além disso, Márcio destacou que o setor pneumático, responsável por sistemas de ar comprimido em processos industriais, já enfrenta desafios estruturais internos importantes.
De acordo com ele, a sobretaxa de até 50% dificulta ainda mais as exportações e coloca em risco toda a cadeia produtiva nacional.
Nesse contexto, o dirigente alertou para o risco iminente de demissões e fechamento de empresas, especialmente as de pequeno e médio porte.
Ele também denunciou o caráter seletivo das exceções adotadas pelos Estados Unidos, que favorecem apenas seus próprios interesses comerciais.
“Eles taxam setores onde somos mais competitivos e abrem exceções para aquilo que é de interesse deles. Isso desnivela ainda mais o jogo”, pontuou.
Por fim, Márcio Ferreira conclamou união. “Nossa soberania industrial não pode ser negociada em troca de migalhas comerciais”, declarou.
Assim, ele defendeu uma reação firme do governo brasileiro, envolvendo diplomacia, articulação institucional e proteção à indústria nacional.
O setor busca mobilizar trabalhadores, empresários e autoridades contra o que classificou como “imperialismo econômico moderno”.
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