
Trabalhadores definem pautas rumo à COP30 em Belém
A Amazônia falou alto nesta sexta-feira, 24 de outubro, durante a Plenária Final do Fórum de Unidade Sindical da Amazônia Legal, realizada no auditório do SENAI, em Belém,, no Pará.
O encontro reuniu representantes das centrais sindicais e de diversas categorias para definir as pautas que serão levadas à Conferência das Partes, a COP30.
Além da expressiva participação de lideranças sindicais, o encontro contou com a participação do ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, e o senador Zequinha Marinho, fortalecendo o diálogo entre governo e trabalhadores.
Também estiveram presentes a presidenta do TRT da 8ª Região, desembargadora Sulamir Almeida, e o desembargador Paulo Isan, reforçando o papel da Justiça do Trabalho na agenda ambiental e social.
Entre as propostas aprovadas estão políticas públicas voltadas à bioeconomia, à valorização das comunidades locais e à ampliação da formação profissional em tecnologias sustentáveis.
Desta forma, reforçam o compromisso das centrais com a defesa da justiça climática, vinculando-a diretamente à luta pela justiça social e pelo trabalho decente.
Durante a plenária, lideranças destacaram que a preservação ambiental depende da valorização dos trabalhadores amazônidas e da inclusão produtiva sustentável nos territórios da região.
Ivo Borges, presidente da Força Sindical no Pará, ressaltou: “A Amazônia não é apenas floresta; é também povo, trabalho e esperança por um futuro justo”.
Ele ressaltou ainda que “a transição ecológica precisa garantir empregos, direitos e desenvolvimento sustentável, especialmente nas regiões mais afetadas”.
“Os trabalhadores têm papel central na construção de um novo modelo econômico baseado em sustentabilidade, dignidade e justiça social”, acrescenta o líder sindical.
O ministro Luiz Marinho destacou que a presença dos trabalhadores amazônicos na COP30 simboliza “um novo pacto entre o meio ambiente e o desenvolvimento com justiça social”.
Os participantes enfatizaram ainda que a transição ecológica justa só será possível com diálogo social, políticas públicas efetivas e participação ativa do movimento sindical.
Com esse encontro, a Amazônia Legal consolida sua voz unificada, mostrando que o futuro climático do planeta passa, necessariamente, pelo respeito aos direitos trabalhistas.
A plenária encerrou-se com o lema: “Não há justiça climática sem justiça social”, ecoando a força e a unidade da classe trabalhadora amazônica.
Com isso, a Carta da Amazônia torna-se um marco histórico, consolidando a voz da classe trabalhadora como protagonista na construção de um modelo sustentável e inclusivo.


















