O Conselho Curador do FGTS decidiu, nesta quarta-feira (24), repassar R$ 12,9 bilhões aos trabalhadores, o que representa 95% do lucro de R$ 13,6 bilhões.
Segundo o Ministério do Trabalho e Emprego, a Caixa Econômica Federal começará a creditar os valores ainda em julho. Entretanto, o prazo legal para concluir os depósitos vai até 31 de agosto.
Entre 2016 e 2023, a média anual distribuída ficou em R$ 10,3 bilhões. Já em 2023, o FGTS bateu recorde e pagou R$ 15,2 bilhões aos trabalhadores.
Portanto, cada conta vinculada terá rendimento de 6,05% ao ano, superando o IPCA de 4,83%. Assim, 235 milhões de contas receberão o reajuste.
Além disso, 134 milhões de trabalhadores com saldo em 31 de dezembro de 2025 serão beneficiados pela distribuição aprovada.
“A proposta atende à exigência do STF de garantir, no mínimo, a reposição da inflação”, destacou Luiz Marinho, ministro do Trabalho e presidente do Conselho.
Enquanto isso, a arrecadação do FGTS também cresceu. Em 2024, somou R$ 192 bilhões, alta de 9% em relação a 2023. Por outro lado, os saques subiram 15%, puxados pelo saque-aniversário e pelo saque-calamidade no Rio Grande do Sul.
Apesar desse avanço nos saques, o ativo total do FGTS atingiu R$ 770,4 bilhões, sendo R$ 552,2 bilhões destinados à carteira de crédito.
Neste ano, o Fundo liberou R$ 163,3 bilhões em saques e investiu R$ 117,6 bilhões em habitação, saneamento e infraestrutura.
Além disso, o Relatório de Gestão aponta que o Ministério do Trabalho fiscalizou mais de 24 mil empresas, apurou R$ 3,21 bilhões em contribuições devidas e reforçou o controle social.
Assim, o Conselho Curador mantém as informações disponíveis no site do FGTS, com total transparência.
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