Menu

Mapa do site

Emissão de boleto

Nacional São Paulo

Emissão de boleto

Nacional São Paulo
8 OUT 2025

Imagem do dia

Seminário Pré-COP30; FOTOS

Imagem do dia - Força Sindical

Enviar link da notícia por e-mail

Artigos

40 horas semanais já

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Artigos

40 horas semanais já

Por: Melquíades Araújo

 Em 1877 os ferroviários ingleses entraram em greve exigindo 8 horas de trabalho. O resultado foram 30 mortos. Em 1884 nos Estados Unidos a jornada de 8 horas foi a reivindicação da central AFI. Dois anos depois centenas de milhares de trabalhadores cruzaram os braços. Conforme o registro de José Luiz Del Roio a palavra de ordem era um canto: Oito horas de trabalho! Oito horas de repouso! Oito horas de educação!

 

 Foi quando os lideres sindicais August Spies, Sam Fielden, Oscar Neeb, Adolph Fischer, Michel Schwab, Louiz Lingg e George Engels foram presos e processados pelo Governo. Parsons, que conseguira escapar mas se apresentou no julgamento, foi condenado a morte e também Engels, Fischer, Lingg e Spies.

No Congresso de 1986 a AFL marcou o dia 1º de maio de 1986 como início da luta pela jornada de 8 horas.

No Brasil o Primeiro Congresso Operário, realizado no Rio de Janeiro em 1906 proclama como uma das bandeiras do operariado a conquista das 8 horas de trabalho.

A reivindicação sentida espalha-se por todo o país, mas no ano 1917, os Companheiros de São Paulo, no belo livro de Paula Belguelman vão à greve e o que mais se queria era exatamente a jornada de 8 horas.

Os patrões gananciosos conseguiram com as horas extras prolongar o regime para 10 horas. A CLT até permitiu que fossem contratadas e sendo homens, nem precisava da intervenção do sindicato, que ficava restrita aos menores e às mulheres. Inventou-se, também, que o trabalho externo, só porque não era controlado podia estender-se ilimitadamente, sem nenhuma compensação. E ainda mais, permitiu-se o trabalho nos dias de folga.

A reação dos sindicatos mais combativos fez com que o Tribunal Superior do Trabalho seguindo o voto do Ministro gaúcho Mozart Victor Russomano, mandasse pagá-las com adicional de 100%. O Ministro dizia que os patrões haviam criado a “indústria da hora extra”, ganhando com isto. Pouco a pouco o Tribunal mudou de rumo e decidiu que o trabalho nos dias de folga seriam pagos em dobro, mais as 8 horas do repouso já adquirido. Intervalo para descanso e refeição inferior a 1 hora passou a ser trabalho extraordinário. Até hoje não se sabe por que, e de quem foi a triste iniciativa, o Tribunal cancelou o Precedente que estabelecia adicional de 100% para as horas extras.

Mas 8 horas era muito e os sindicatos autênticos, de luta, passaram a exigir jornada de 40 horas.

A Constituição de 1988 sensível ao problema e a reivindicação dos trabalhadores não chegou a tanto, mas baixou para 44 horas semanais ou 220 mensais (antes eram 48 horas por semana ou 240 por mês). Fundamental foi a conquista da jornada de 44 horas, mas sem redução dos salários.

Mas a prática da hora extra continuou, se bem que o adicional pulou de 20% para 50%. Inventou-se então o famigerado banco de horas. A partir de então o trabalho extraordinário simplesmente deixou de ser pago, trocado por folgas, prorrogação das férias, entradas mais cedo, tudo de acordo com a vontade dos patrões. Pior, os sindicatos tiveram de engolir e negociar contra seus representados, porque do contrário a convenção não seria assinada e depois da Emenda Constitucional nº 45 de dezembro de 2004, o dissídio coletivo só é admitido de comum acordo entre os adversários. Loucura total; os dois lados, trabalho e capital, ou sindicatos e patrões estão de briga e tem que fazer uma trégua provisória só para irem ao Tribunal, negando o princípio da Constituição que assegura o livre acesso ao Poder Judiciário para a defesa de interesses.

Mas é assim. Não temos até hoje meios de impedir e punir as práticas antissindicais, de modo que o banco de horas entra pela garganta abaixo dos sindicatos e somos nós que temos de prestar contas aos trabalhadores.

Com isto sem custo para os patrões, o trabalho extraordinário cresceu e muito.

Até que as centrais, confederações, federações e sindicatos combativos saíram às ruas defendendo a JORNADA DE 40 HORAS SEM REDUÇÃO DOS SALÁRIOS.

Nossa Federação na linha de frente e com ela todos os sindicatos filiados.

E não arredaremos pé na luta. Vamos cobrar dos deputados e senadores, do Presidente Lula, dos candidatos Dilma Rousseff e José Serra, um compromisso firme e sem rodeios de apoio à medida, como condição de apoio.

Não adianta os defensores do patronato, ai incluída a grande imprensa comprometida apregoar prejuízos, mais desemprego, volta da inflação e coisas mais para assustar. Quando o Governo aposta no avanço tecnológico e as empresas adotam robôs, informatização, comunicação à distância e passam para fusões, exigindo maior produtividade, os trabalhadores têm o direito de participar da evolução e com isto realizar o que a Constituição brasileira colocou como direito social no artigo 6º: o trabalho, quer dizer, o emprego.

Nossa Constituição pôs num plano de igualdade o capital e o trabalho para construir o Estado Democrático de Direito, mas tendo como objetivo construir uma sociedade livre, justa e solidária, sem pobreza e marginalização, sem desigualdade social. Assim está escrito no artigo 3º. A ordem econômica não prestigia só a propriedade, mas também a valorização do trabalho humano, tendo por fim assegurar a todos existência digna, conforme os princípios da justiça social, observado dentre outros princípios a busca do pleno emprego, como se escreveu no artigo 170. Da mesma forma a ordem social, segundo o artigo 193, tem como base o primado do trabalho e como objetivo o bem estar e a justiça social. O salário, ainda que mínimo, deve ser o suficiente para o sustento próprio e familiar, compreendendo, como foi posto no artigo 7º, inciso IV, as necessidades vitais básicas com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte, previdência social, sem esquecer que a saúde e a educação são direitos de todos. É ler os artigos a 196 e 205 da Constituição.

  De modo que o desenvolvimento tecnológico, a produtividade, o crescimento do país, não têm nenhuma importância se a classe trabalhadora não puder participar dos bens produzidos, tendo garantido o emprego e o salário justo. Para tanto, indispensável que a jornada de trabalho não passe de 40 horas, sem redução dos salários.

 É nossa bandeira, da Federação e dos Sindicatos do grupo da alimentação.

Melquíades Araújo, Presidente da Federação dos Trabalhadores na Indústria da Alimentação do Estado de São Paulo

A permanente luta contra a desigualdade no Brasil
Eusébio Pinto Neto

A permanente luta contra a desigualdade no Brasil

Energia, Trabalho e Soberania: o Brasil que queremos construir
Eduardo Annunciato, Chicão

Energia, Trabalho e Soberania: o Brasil que queremos construir

Tarifaço, Empregos e a Resposta das Centrais Sindicais no Brasil; por Clemente Ganz
Clemente Ganz Lúcio

Tarifaço, Empregos e a Resposta das Centrais Sindicais no Brasil; por Clemente Ganz

Diretores e dirigentes sindicais
João Guilherme Vargas Netto

Diretores e dirigentes sindicais

Dois anos sem João Inocentini
Milton Cavalo

Dois anos sem João Inocentini

Mulheres por igualdade, democracia e trabalho decente
Maria Auxiliadora

Mulheres por igualdade, democracia e trabalho decente

Metalúrgicos em Ação
Josinaldo José de Barros (Cabeça)

Metalúrgicos em Ação

Mercado de Trabalho: Avanços e Persistências; por Marilane Teixeira
Marilane Oliveira Teixeira

Mercado de Trabalho: Avanços e Persistências; por Marilane Teixeira

Indústria forte é Brasil forte!
Cristina Helena Silva Gomes

Indústria forte é Brasil forte!

Se está na convenção, é lei
Paulo Ferrari

Se está na convenção, é lei

O lado positivo das homologações sindicais; por César Augusto
César Augusto de Mello

O lado positivo das homologações sindicais; por César Augusto

Resistir pelos interesses dos trabalhadores!
Cláudio Magrão

Resistir pelos interesses dos trabalhadores!

PL da Devastação é carta branca para o desmatamento sem limites
Márcio Ferreira

PL da Devastação é carta branca para o desmatamento sem limites

Pelo trabalhador
Lineu Mazano

Pelo trabalhador

Uma Análise da Retórica Populista à Luz do Pensamento Marxista
Diógenes Sandim Martins

Uma Análise da Retórica Populista à Luz do Pensamento Marxista

NOTA – Sindicato e Sindicalização no Brasil: reencontros de classe
Força 19 NOV 2025

NOTA – Sindicato e Sindicalização no Brasil: reencontros de classe

Sindicalistas reforçam importância da COP30 nos debates globais
COP-30 19 NOV 2025

Sindicalistas reforçam importância da COP30 nos debates globais

Movimento sindical realiza panfletagem na Green Zone da COP30
COP-30 19 NOV 2025

Movimento sindical realiza panfletagem na Green Zone da COP30

Festa do Havaí anima Colônia de Férias dos Eletricitários SP
Força 19 NOV 2025

Festa do Havaí anima Colônia de Férias dos Eletricitários SP

Reajuste dos químicos vai injetar R$ 1,2 bi na economia paulista
Força 19 NOV 2025

Reajuste dos químicos vai injetar R$ 1,2 bi na economia paulista

Centrais sindicais alinham ações e atualizam pauta para 2026
Força 19 NOV 2025

Centrais sindicais alinham ações e atualizam pauta para 2026

Eletricitários SP reforçam defesa da segurança em debate da NR10
Força 18 NOV 2025

Eletricitários SP reforçam defesa da segurança em debate da NR10

COP30: trabalhador deve estar no centro das decisões climáticas
Palavra do Presidente 18 NOV 2025

COP30: trabalhador deve estar no centro das decisões climáticas

O Metalúrgico destaca reajuste, IR Zero e mobilização coletiva
Força 18 NOV 2025

O Metalúrgico destaca reajuste, IR Zero e mobilização coletiva

Carta defende trabalho decente e proteção social na Amazônia
COP-30 18 NOV 2025

Carta defende trabalho decente e proteção social na Amazônia

Desafios atuais na defesa da liberdade sindical em debate
Força 17 NOV 2025

Desafios atuais na defesa da liberdade sindical em debate

Reduzir jornada para proteger trabalhadores e o planeta
Imprensa 17 NOV 2025

Reduzir jornada para proteger trabalhadores e o planeta

Sintrabor inicia Campanha Salarial 2026
Força 17 NOV 2025

Sintrabor inicia Campanha Salarial 2026

Sindicato denuncia e justiça proíbe uso de legging e cropped para frentistas mulheres
Força 17 NOV 2025

Sindicato denuncia e justiça proíbe uso de legging e cropped para frentistas mulheres

Especialista alerta associados do Sindnapi sobre golpes digitais
Força 14 NOV 2025

Especialista alerta associados do Sindnapi sobre golpes digitais

Sindec-POA garante aumento real e amplia direitos em 2025
Força 14 NOV 2025

Sindec-POA garante aumento real e amplia direitos em 2025

FEQUIMFAR assina Convenção Coletiva com avanços para 2025/2027
Força 14 NOV 2025

FEQUIMFAR assina Convenção Coletiva com avanços para 2025/2027

Trabalhadores da Simoldes exigem nova proposta em 48 horas
Força 14 NOV 2025

Trabalhadores da Simoldes exigem nova proposta em 48 horas

SinSaúdeSP garante direitos dos trabalhadores da Telemedicina
Força 14 NOV 2025

SinSaúdeSP garante direitos dos trabalhadores da Telemedicina

SinSaúdeSP: INTS admite que não cumpriu reajustes previstos na Convenção
Força 14 NOV 2025

SinSaúdeSP: INTS admite que não cumpriu reajustes previstos na Convenção

Sintepav-BA faz assembleia em Piritiba
Força 14 NOV 2025

Sintepav-BA faz assembleia em Piritiba

Redução da jornada fortalece empregos e qualidade de vida
Imprensa 13 NOV 2025

Redução da jornada fortalece empregos e qualidade de vida

Mulheres exigem voz e igualdade na COP30
COP-30 12 NOV 2025

Mulheres exigem voz e igualdade na COP30

Setores químico, plástico e fertilizantes conquistam aumento real
Força 12 NOV 2025

Setores químico, plástico e fertilizantes conquistam aumento real

Miguel Torres defende unidade e transição justa na COP 30
COP-30 12 NOV 2025

Miguel Torres defende unidade e transição justa na COP 30

SinSaúdeSP convoca nova mobilização para quarta-feira
Força 12 NOV 2025

SinSaúdeSP convoca nova mobilização para quarta-feira

Fim da escala 6×1 é defendida por frentistas em audiência
Imprensa 12 NOV 2025

Fim da escala 6×1 é defendida por frentistas em audiência

Centrais sindicais levam Transição Justa ao centro da COP30
COP-30 11 NOV 2025

Centrais sindicais levam Transição Justa ao centro da COP30

Sindicato mobiliza trabalhadores da AGCO por direitos e salário
Força 11 NOV 2025

Sindicato mobiliza trabalhadores da AGCO por direitos e salário

Trabalhadores da Sky Master rejeitam proposta de PLR em assembleia
Força 10 NOV 2025

Trabalhadores da Sky Master rejeitam proposta de PLR em assembleia

Aguarde! Carregando mais artigos...