Menu

Mapa do site

Emissão de boleto

Nacional São Paulo

Emissão de boleto

Nacional São Paulo
31 MAR 2025

Imagem do dia

[caption id="attachment_68591" align="aligncenter" width="2560"]Presidente da Força Sindical reúne-se com sindicalistas da Central em Rodônia Presidente da Força Sindical reúne-se com sindicalistas da Central em Rodônia[/caption]

Imagem do dia - Força Sindical

Enviar link da notícia por e-mail

Artigos

40 horas semanais já

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Artigos

40 horas semanais já

Por: Melquíades Araújo

 Em 1877 os ferroviários ingleses entraram em greve exigindo 8 horas de trabalho. O resultado foram 30 mortos. Em 1884 nos Estados Unidos a jornada de 8 horas foi a reivindicação da central AFI. Dois anos depois centenas de milhares de trabalhadores cruzaram os braços. Conforme o registro de José Luiz Del Roio a palavra de ordem era um canto: Oito horas de trabalho! Oito horas de repouso! Oito horas de educação!

 

 Foi quando os lideres sindicais August Spies, Sam Fielden, Oscar Neeb, Adolph Fischer, Michel Schwab, Louiz Lingg e George Engels foram presos e processados pelo Governo. Parsons, que conseguira escapar mas se apresentou no julgamento, foi condenado a morte e também Engels, Fischer, Lingg e Spies.

No Congresso de 1986 a AFL marcou o dia 1º de maio de 1986 como início da luta pela jornada de 8 horas.

No Brasil o Primeiro Congresso Operário, realizado no Rio de Janeiro em 1906 proclama como uma das bandeiras do operariado a conquista das 8 horas de trabalho.

A reivindicação sentida espalha-se por todo o país, mas no ano 1917, os Companheiros de São Paulo, no belo livro de Paula Belguelman vão à greve e o que mais se queria era exatamente a jornada de 8 horas.

Os patrões gananciosos conseguiram com as horas extras prolongar o regime para 10 horas. A CLT até permitiu que fossem contratadas e sendo homens, nem precisava da intervenção do sindicato, que ficava restrita aos menores e às mulheres. Inventou-se, também, que o trabalho externo, só porque não era controlado podia estender-se ilimitadamente, sem nenhuma compensação. E ainda mais, permitiu-se o trabalho nos dias de folga.

A reação dos sindicatos mais combativos fez com que o Tribunal Superior do Trabalho seguindo o voto do Ministro gaúcho Mozart Victor Russomano, mandasse pagá-las com adicional de 100%. O Ministro dizia que os patrões haviam criado a “indústria da hora extra”, ganhando com isto. Pouco a pouco o Tribunal mudou de rumo e decidiu que o trabalho nos dias de folga seriam pagos em dobro, mais as 8 horas do repouso já adquirido. Intervalo para descanso e refeição inferior a 1 hora passou a ser trabalho extraordinário. Até hoje não se sabe por que, e de quem foi a triste iniciativa, o Tribunal cancelou o Precedente que estabelecia adicional de 100% para as horas extras.

Mas 8 horas era muito e os sindicatos autênticos, de luta, passaram a exigir jornada de 40 horas.

A Constituição de 1988 sensível ao problema e a reivindicação dos trabalhadores não chegou a tanto, mas baixou para 44 horas semanais ou 220 mensais (antes eram 48 horas por semana ou 240 por mês). Fundamental foi a conquista da jornada de 44 horas, mas sem redução dos salários.

Mas a prática da hora extra continuou, se bem que o adicional pulou de 20% para 50%. Inventou-se então o famigerado banco de horas. A partir de então o trabalho extraordinário simplesmente deixou de ser pago, trocado por folgas, prorrogação das férias, entradas mais cedo, tudo de acordo com a vontade dos patrões. Pior, os sindicatos tiveram de engolir e negociar contra seus representados, porque do contrário a convenção não seria assinada e depois da Emenda Constitucional nº 45 de dezembro de 2004, o dissídio coletivo só é admitido de comum acordo entre os adversários. Loucura total; os dois lados, trabalho e capital, ou sindicatos e patrões estão de briga e tem que fazer uma trégua provisória só para irem ao Tribunal, negando o princípio da Constituição que assegura o livre acesso ao Poder Judiciário para a defesa de interesses.

Mas é assim. Não temos até hoje meios de impedir e punir as práticas antissindicais, de modo que o banco de horas entra pela garganta abaixo dos sindicatos e somos nós que temos de prestar contas aos trabalhadores.

Com isto sem custo para os patrões, o trabalho extraordinário cresceu e muito.

Até que as centrais, confederações, federações e sindicatos combativos saíram às ruas defendendo a JORNADA DE 40 HORAS SEM REDUÇÃO DOS SALÁRIOS.

Nossa Federação na linha de frente e com ela todos os sindicatos filiados.

E não arredaremos pé na luta. Vamos cobrar dos deputados e senadores, do Presidente Lula, dos candidatos Dilma Rousseff e José Serra, um compromisso firme e sem rodeios de apoio à medida, como condição de apoio.

Não adianta os defensores do patronato, ai incluída a grande imprensa comprometida apregoar prejuízos, mais desemprego, volta da inflação e coisas mais para assustar. Quando o Governo aposta no avanço tecnológico e as empresas adotam robôs, informatização, comunicação à distância e passam para fusões, exigindo maior produtividade, os trabalhadores têm o direito de participar da evolução e com isto realizar o que a Constituição brasileira colocou como direito social no artigo 6º: o trabalho, quer dizer, o emprego.

Nossa Constituição pôs num plano de igualdade o capital e o trabalho para construir o Estado Democrático de Direito, mas tendo como objetivo construir uma sociedade livre, justa e solidária, sem pobreza e marginalização, sem desigualdade social. Assim está escrito no artigo 3º. A ordem econômica não prestigia só a propriedade, mas também a valorização do trabalho humano, tendo por fim assegurar a todos existência digna, conforme os princípios da justiça social, observado dentre outros princípios a busca do pleno emprego, como se escreveu no artigo 170. Da mesma forma a ordem social, segundo o artigo 193, tem como base o primado do trabalho e como objetivo o bem estar e a justiça social. O salário, ainda que mínimo, deve ser o suficiente para o sustento próprio e familiar, compreendendo, como foi posto no artigo 7º, inciso IV, as necessidades vitais básicas com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte, previdência social, sem esquecer que a saúde e a educação são direitos de todos. É ler os artigos a 196 e 205 da Constituição.

  De modo que o desenvolvimento tecnológico, a produtividade, o crescimento do país, não têm nenhuma importância se a classe trabalhadora não puder participar dos bens produzidos, tendo garantido o emprego e o salário justo. Para tanto, indispensável que a jornada de trabalho não passe de 40 horas, sem redução dos salários.

 É nossa bandeira, da Federação e dos Sindicatos do grupo da alimentação.

Melquíades Araújo, Presidente da Federação dos Trabalhadores na Indústria da Alimentação do Estado de São Paulo

Pelo trabalhador
Lineu Mazano

Pelo trabalhador

Sindnapi repudia qualquer ataque aos benefícios dos aposentados
Milton Cavalo

Sindnapi repudia qualquer ataque aos benefícios dos aposentados

Uma Análise da Retórica Populista à Luz do Pensamento Marxista
Diógenes Sandim Martins

Uma Análise da Retórica Populista à Luz do Pensamento Marxista

A volta da viagem e o 1º de maio
João Guilherme Vargas Netto

A volta da viagem e o 1º de maio

Como ganhar a guerra contra o retrocesso e a exploração
Eusébio Pinto Neto

Como ganhar a guerra contra o retrocesso e a exploração

A realidade e o retrocesso no comércio mundial proposto por Trump
Eliseu Silva Costa

A realidade e o retrocesso no comércio mundial proposto por Trump

O impacto do Bolsa Família na economia brasileira. Desafios e soluções propostas
Antônio de Sousa Ramalho

O impacto do Bolsa Família na economia brasileira. Desafios e soluções propostas

Posicionamento sobre a saída dos EUA da OMS
Jefferson Caproni

Posicionamento sobre a saída dos EUA da OMS

Por que o sindicalismo incomoda o capitalismo?
Eduardo Annunciato, Chicão

Por que o sindicalismo incomoda o capitalismo?

Uma Antiga Luta Sindical que Retorna ao Debate
Nilton Souza da Silva, o Neco

Uma Antiga Luta Sindical que Retorna ao Debate

Mudar a jornada!
Josinaldo José de Barros (Cabeça)

Mudar a jornada!

Ir à Greve e Conquistar Direitos; por Clemente Ganz Lúcio
Clemente Ganz Lúcio

Ir à Greve e Conquistar Direitos; por Clemente Ganz Lúcio

MPT: A contribuição assistencial e o exercício de oposição
César Augusto de Mello

MPT: A contribuição assistencial e o exercício de oposição

Pelo trabalhador
Artigos 17 ABR 2025

Pelo trabalhador

“Não tem lógica mulher ganhar menos que homem”, diz Marinho
Imprensa 17 ABR 2025

“Não tem lógica mulher ganhar menos que homem”, diz Marinho

Negociação salarial dos frentistas do Rio continua indefinida
Força 17 ABR 2025

Negociação salarial dos frentistas do Rio continua indefinida

Aposentados e pensionistas do INSS podem consultar antecipação do 13º
Imprensa 17 ABR 2025

Aposentados e pensionistas do INSS podem consultar antecipação do 13º

Químicos da Força assinam CCT do setor industrial farmacêutico
Força 16 ABR 2025

Químicos da Força assinam CCT do setor industrial farmacêutico

Eu apoio o movimento pela Igualdade no Trabalho
Força 16 ABR 2025

Eu apoio o movimento pela Igualdade no Trabalho

Sindnapi celebra Projeto que aumenta pena para injúria racial
Força 16 ABR 2025

Sindnapi celebra Projeto que aumenta pena para injúria racial

Metalúrgicos da GM de São Caetano aprovam PLR de 20 mil
Força 16 ABR 2025

Metalúrgicos da GM de São Caetano aprovam PLR de 20 mil

CNTM realiza Seminário sobre Igualdade Racial no Mercado de Trabalho
Força 16 ABR 2025

CNTM realiza Seminário sobre Igualdade Racial no Mercado de Trabalho

Governo propõe salário mínimo de R$ 1.630 em 2026
Imprensa 16 ABR 2025

Governo propõe salário mínimo de R$ 1.630 em 2026

Conselho do FGTS aprova ampliação do Minha Casa Minha Vida
Imprensa 16 ABR 2025

Conselho do FGTS aprova ampliação do Minha Casa Minha Vida

FEQUIMFAR elege diretoria para o mandato 2025-2029
Força 15 ABR 2025

FEQUIMFAR elege diretoria para o mandato 2025-2029

Cresce protagonismo feminino no campo
Força 15 ABR 2025

Cresce protagonismo feminino no campo

Sindicalistas prestigiam eleição da nova diretoria da Fequimfar
Força 15 ABR 2025

Sindicalistas prestigiam eleição da nova diretoria da Fequimfar

Conatenf Itinerante realiza encontro em Minas Gerais
Força 15 ABR 2025

Conatenf Itinerante realiza encontro em Minas Gerais

O mandato de Glauber Braga e a responsabilidade das Centrais Sindicais
Força 15 ABR 2025

O mandato de Glauber Braga e a responsabilidade das Centrais Sindicais

Olho no olho
Artigos 14 ABR 2025

Olho no olho

Veja onde retirar seu cupom do 1º de Maio Unificado
1º de Maio 14 ABR 2025

Veja onde retirar seu cupom do 1º de Maio Unificado

Sindnapi repudia qualquer ataque aos benefícios dos aposentados
Artigos 14 ABR 2025

Sindnapi repudia qualquer ataque aos benefícios dos aposentados

Sindicalistas intensificam mobilização pela Jornada de Luta
Força 14 ABR 2025

Sindicalistas intensificam mobilização pela Jornada de Luta

Frentistas do estado de SP conquistam aumento salarial de 6,85%
Força 14 ABR 2025

Frentistas do estado de SP conquistam aumento salarial de 6,85%

Agenda em Brasília e 1º de Maio em destaque
Força 14 ABR 2025

Agenda em Brasília e 1º de Maio em destaque

FEQUIMFAR realiza eleição amanhã, 15 de abril
Força 14 ABR 2025

FEQUIMFAR realiza eleição amanhã, 15 de abril

Frentistas SP conquistam 6,85% de aumento de salários
Força 11 ABR 2025

Frentistas SP conquistam 6,85% de aumento de salários

STF acertou ao não obrigar aposentado a devolver dinheiro da revisão da vida toda
Artigos 11 ABR 2025

STF acertou ao não obrigar aposentado a devolver dinheiro da revisão da vida toda

Tonico e Tinoco cantam: Vida de Operário; música
Força 11 ABR 2025

Tonico e Tinoco cantam: Vida de Operário; música

Sindicalistas divulgam 1º de Maio Unificado na região do Brás
1º de Maio 11 ABR 2025

Sindicalistas divulgam 1º de Maio Unificado na região do Brás

Sindnapi sedia reunião do Fórum das Centrais Sindicais do Pará
Força 10 ABR 2025

Sindnapi sedia reunião do Fórum das Centrais Sindicais do Pará

Sindnapi se solidariza com aposentados argentinos
Força 10 ABR 2025

Sindnapi se solidariza com aposentados argentinos

Entidades filiadas à Força organizam participação no 1º de Maio
1º de Maio 10 ABR 2025

Entidades filiadas à Força organizam participação no 1º de Maio

Aguarde! Carregando mais artigos...