Menu

Mapa do site

Emissão de boleto

Nacional São Paulo

Emissão de boleto

Nacional São Paulo
29 ABR 2025

Imagem do dia

[caption id="attachment_69212" align="aligncenter" width="1024"]Veja fotos da Plenária e Caminhada da Classe Trabalhadora Veja fotos da Plenária e Caminhada da Classe Trabalhadora[/caption]

Imagem do dia - Força Sindical

Enviar link da notícia por e-mail

Artigos

A armadilha da ganância pelo lucro

quinta-feira, 29 de maio de 2014

Artigos

A armadilha da ganância pelo lucro

Por: Sérgio Luiz Leite, Serginho

Diante da possibilidade de se rever os termos da lei que determinam a fórmula de reajuste do salário mínimo – inflação medida pelo INPC-IBGE do último ano somado à variação do PIB de dois anos atrás – os economistas porta-vozes do empresariado nacional entraram em campanha contra a política de valorização do salário mínimo. Ou seja, contra a mais bem sucedida medida de redução da desigualdade observada pelo mundo na última década.

Esta empreitada se iniciou antes mesmo do modelo apresentar sinais consistentes de esgotamento. A primeira grande ofensiva, chamada de “armadilha do salário mínimo”, foi elaborada na suposição de que a política de valorização do salário mínimo somente será bem sucedida enquanto o PIB crescer e a inflação permanecer sob controle, para que os ganhos de produtividade não sejam ultrapassados pelo aumento do piso nacional.

Entram em cena técnicos profetas, com gráficos dos mais variados e desagregados, para alardear o ritmo de expansão inflacionária. No mesmo ímpeto, as revisões para baixo de crescimento do PIB se tornam inquestionavelmente matéria de capa dos jornais impressos e televisivos. Todavia, estes se viram obrigados a recuar momentaneamente diante das manchetes: “Inflação ficará na meta pelo 10º ano consecutivo”; “Brasil tem terceira maior alta do PIB em 2013 entre 13 grandes economias”.

De fato, são muitas as nossas divergências com o atual governo, que se distanciou do diálogo com o movimento sindical e concedeu incontáveis medidas de isenções e benefícios aos empregadores, sem que as devidas contrapartidas fossem garantidas ao trabalhador. Se por um lado atendeu às demandas empresariais de isenção de PIS/Cofins e de desoneração da folha de pagamentos, por outro desqualificou a pauta de reivindicações trabalhistas, por exemplo, pelo fim do fator previdenciário ou pela redução da jornada de trabalho.

Entretanto, a manutenção da política de valorização do salário mínimo se mostrou inteiramente acertada, tanto no combate à pobreza e desigualdade no país como mecanismo propulsor da economia nacional. Importante destacar que tal medida, claramente bem sucedida, foi proposta pelas Centrais Sindicais em movimento unitário em 2004, ocasião na qual se realizaram três marchas conjuntas em Brasília. Ainda como resultado dessas mobilizações, em 2007, foi negociada uma política permanente de valorização do salário mínimo até 2023. Em janeiro de 2014, o salário mínimo foi reajustado para R$724,00, acumulando um ganho real de 72,31%, desde 2002.

Outro foco de argumentação da ala contrária à valorização do salário mínimo versa acerca de seu impacto sobre as contas públicas, por exemplo, sobre o seguro desemprego e sobre o benefício previdenciário, valores que mantiveram por base o piso nacional. No entanto, parecem esquecer que o salário mínimo contribuiu para aumentar a arrecadação via tributos sobre a renda, como é o caso do imposto de renda, e também, via impostos sobre consumo; enquanto impulsionava a conhecida década de formalização do mercado de trabalho brasileiro.

Estima-se que 48,2 milhões de pessoas possuam rendimento balizado pelo salário mínimo, sendo da ordem de R$28,4 bilhões o incremento de renda na economia e de R$13,9 bilhões o incremento na arrecadação tributária sobre o consumo.

Indignados, os porta-vozes contrários à valorização do salário mínimo sugerem que o “Brasil deixou de ser um país de mão de obra abundante e barata para ser um país de mão de obra escassa e cara quando se leva em conta a produtividade do trabalho”. Não seria justamente esse o objetivo secular da economia brasileira? Deixar de sermos uma superabundante oferta de mão de obra predominantemente informal e superexplorada?

A suposta baixa produtividade do trabalho, longe de ser consenso entre acadêmicos e especialistas, vem sendo posta na conta dos trabalhadores, mas o que nos salta aos olhos é o descomprometimento do empresariado com o investimento produtivo e sua opção pelos ganhos rentistas, mesmo diante das incontáveis medidas de incentivo propostas pelo governo. Tampouco é consenso, entre os próprios empresários, a afirmação de que a elevação do salário mínimo gerou elevação do custo unitário do trabalho, ou mesmo o encarecimento dos custos de suas empresas.

Por fim, defendo aqui a tese da armadilha, não do salário mínimo, mas da ganância pelo lucro. A ganância pelo lucro que empurra os salários para baixo e restringe a capacidade de o mercado absorver o produto do próprio capital. É a tradicional armadilha estrutural que colocou o mundo na Grande Depressão em 1929, e, que desde então, reformulou toda ciência econômica. No Brasil, a política de arrocho salarial, levada a cabo na década de 1970 pela Ditadura Militar, é exemplo claro da armadilha pelo lucro, contexto no qual nasceu a “tese do bolo” (primeiro crescer para depois distribuir). Diante da atual conjuntura, vale lembrar que a redistribuição pela via do salário mínimo apenas reduz as desigualdades de renda, não as desigualdades de riqueza. É o mínimo! É a manutenção da política de valorização do salário mínimo!

Sergio Luiz Leite, presidente da FEQUIMFAR (Federação dos Trabalhadores nas Indústrias Químicas e Farmacêuticas do Estado de SP) e 1° secretário da Força Sindical

Emprego formal cresce no Brasil: Setor Elétrico precisa acompanhar
Eduardo Annunciato, Chicão

Emprego formal cresce no Brasil: Setor Elétrico precisa acompanhar

Dois anos sem João Inocentini
Milton Cavalo

Dois anos sem João Inocentini

Mais empregos, melhores salários e uma produtividade virtuosa; Por Clemente Ganz Lucio
Clemente Ganz Lúcio

Mais empregos, melhores salários e uma produtividade virtuosa; Por Clemente Ganz Lucio

Mesa farta: mais direitos e dignidade
Eusébio Pinto Neto

Mesa farta: mais direitos e dignidade

Mulheres por igualdade, democracia e trabalho decente
Maria Auxiliadora

Mulheres por igualdade, democracia e trabalho decente

Metalúrgicos em Ação
Josinaldo José de Barros (Cabeça)

Metalúrgicos em Ação

Mercado de Trabalho: Avanços e Persistências; por Marilane Teixeira
Marilane Oliveira Teixeira

Mercado de Trabalho: Avanços e Persistências; por Marilane Teixeira

Indústria forte é Brasil forte!
Cristina Helena Silva Gomes

Indústria forte é Brasil forte!

Carta de Trump
João Guilherme Vargas Netto

Carta de Trump

Se está na convenção, é lei
Paulo Ferrari

Se está na convenção, é lei

O lado positivo das homologações sindicais; por César Augusto
César Augusto de Mello

O lado positivo das homologações sindicais; por César Augusto

Resistir pelos interesses dos trabalhadores!
Cláudio Magrão

Resistir pelos interesses dos trabalhadores!

PL da Devastação é carta branca para o desmatamento sem limites
Márcio Ferreira

PL da Devastação é carta branca para o desmatamento sem limites

Pelo trabalhador
Lineu Mazano

Pelo trabalhador

Uma Análise da Retórica Populista à Luz do Pensamento Marxista
Diógenes Sandim Martins

Uma Análise da Retórica Populista à Luz do Pensamento Marxista

A realidade e o retrocesso no comércio mundial proposto por Trump
Eliseu Silva Costa

A realidade e o retrocesso no comércio mundial proposto por Trump

3ª Conferência Nacional Da Mulher Metalúrgica – Metalmulheres
Mulher 12 AGO 2025

3ª Conferência Nacional Da Mulher Metalúrgica – Metalmulheres

Viva a Marcha das Margaridas
Mulher 12 AGO 2025

Viva a Marcha das Margaridas

Dirigentes retomam estratégias de luta com retorno do Congresso
Força 12 AGO 2025

Dirigentes retomam estratégias de luta com retorno do Congresso

Brasil amenizará efeitos do tarifaço com novos mercados, diz ministro
Imprensa 11 AGO 2025

Brasil amenizará efeitos do tarifaço com novos mercados, diz ministro

Sindicalistas iniciam Jornada Nacional sobre reforma do IR
Força 8 AGO 2025

Sindicalistas iniciam Jornada Nacional sobre reforma do IR

Centrais sindicais SP e Dieese se reúnem para alinhar agenda legislativa
Força 8 AGO 2025

Centrais sindicais SP e Dieese se reúnem para alinhar agenda legislativa

Entidades gaúchas defendem empregos frente ao tarifaço dos EUA
Força 8 AGO 2025

Entidades gaúchas defendem empregos frente ao tarifaço dos EUA

Alerj cria grupo para debater segurança nos postos de combustíveis
Força 8 AGO 2025

Alerj cria grupo para debater segurança nos postos de combustíveis

Encontro Regional fortalece inclusão de pessoas com deficiência
Força 8 AGO 2025

Encontro Regional fortalece inclusão de pessoas com deficiência

Sindicalistas debatem desafios do setor papeleiro
Força 7 AGO 2025

Sindicalistas debatem desafios do setor papeleiro

Força e ADS pedem justiça por morte de líder da CROC
Força 7 AGO 2025

Força e ADS pedem justiça por morte de líder da CROC

Viva a Lei Maria da Penha!
Força 7 AGO 2025

Viva a Lei Maria da Penha!

Centrais sindicais debatem atuação com deputados do RJ e ES
Força 7 AGO 2025

Centrais sindicais debatem atuação com deputados do RJ e ES

Má postura no home office ainda afeta milhões: ergonomia precisa sair do escritório
Imprensa 7 AGO 2025

Má postura no home office ainda afeta milhões: ergonomia precisa sair do escritório

Frentistas do RJ retomam negociação salarial nesta sexta-feira (8)
Força 7 AGO 2025

Frentistas do RJ retomam negociação salarial nesta sexta-feira (8)

Sindnapi comemora Dia Estadual do Idoso no Espírito Santo
Força 7 AGO 2025

Sindnapi comemora Dia Estadual do Idoso no Espírito Santo

Sindnapi realiza Conferência Livre dos Direitos da Pessoa Idosa
Força 6 AGO 2025

Sindnapi realiza Conferência Livre dos Direitos da Pessoa Idosa

Emprego formal cresce no Brasil: Setor Elétrico precisa acompanhar
Artigos 6 AGO 2025

Emprego formal cresce no Brasil: Setor Elétrico precisa acompanhar

Dois anos sem João Inocentini
Artigos 6 AGO 2025

Dois anos sem João Inocentini

Força Sindical-PR terá representante na Conferência das Mulheres
Força 6 AGO 2025

Força Sindical-PR terá representante na Conferência das Mulheres

Posto é condenado por não pagar feriados a 66 frentistas
Força 6 AGO 2025

Posto é condenado por não pagar feriados a 66 frentistas

Centrais entregam propostas a Lula por soberania e empregos
Força 5 AGO 2025

Centrais entregam propostas a Lula por soberania e empregos

Hoteleiros articulam campanha salarial com apoio da Força
Força 5 AGO 2025

Hoteleiros articulam campanha salarial com apoio da Força

Justiça determina implantação da CIPA na Prefeitura de Valinhos
Força 5 AGO 2025

Justiça determina implantação da CIPA na Prefeitura de Valinhos

Sindicalista alerta sobre riscos do benzeno a frentistas durante Congresso
Força 5 AGO 2025

Sindicalista alerta sobre riscos do benzeno a frentistas durante Congresso

Jovens fortalecem sucessão rural com apoio do Sintraf-Petrolina
Força 5 AGO 2025

Jovens fortalecem sucessão rural com apoio do Sintraf-Petrolina

Mais empregos, melhores salários e uma produtividade virtuosa; Por Clemente Ganz Lucio
Artigos 5 AGO 2025

Mais empregos, melhores salários e uma produtividade virtuosa; Por Clemente Ganz Lucio

Presidente da Força Sindical visita Sechorbs e defende direitos
Força 5 AGO 2025

Presidente da Força Sindical visita Sechorbs e defende direitos

Lula convida Miguel Torres a seguir no Conselhão até 2027
Força 4 AGO 2025

Lula convida Miguel Torres a seguir no Conselhão até 2027

Ato em Porto Alegre fortalece luta pelo fim da escala 6×1
Força 4 AGO 2025

Ato em Porto Alegre fortalece luta pelo fim da escala 6×1

Aguarde! Carregando mais artigos...