Menu

Mapa do site

Emissão de boleto

Nacional São Paulo

Emissão de boleto

Nacional São Paulo
8 OUT 2025

Imagem do dia

Seminário Pré-COP30; FOTOS

Imagem do dia - Força Sindical

Enviar link da notícia por e-mail

Artigos

A armadilha da ganância pelo lucro

quinta-feira, 29 de maio de 2014

Artigos

A armadilha da ganância pelo lucro

Por: Sérgio Luiz Leite, Serginho

Diante da possibilidade de se rever os termos da lei que determinam a fórmula de reajuste do salário mínimo – inflação medida pelo INPC-IBGE do último ano somado à variação do PIB de dois anos atrás – os economistas porta-vozes do empresariado nacional entraram em campanha contra a política de valorização do salário mínimo. Ou seja, contra a mais bem sucedida medida de redução da desigualdade observada pelo mundo na última década.

Esta empreitada se iniciou antes mesmo do modelo apresentar sinais consistentes de esgotamento. A primeira grande ofensiva, chamada de “armadilha do salário mínimo”, foi elaborada na suposição de que a política de valorização do salário mínimo somente será bem sucedida enquanto o PIB crescer e a inflação permanecer sob controle, para que os ganhos de produtividade não sejam ultrapassados pelo aumento do piso nacional.

Entram em cena técnicos profetas, com gráficos dos mais variados e desagregados, para alardear o ritmo de expansão inflacionária. No mesmo ímpeto, as revisões para baixo de crescimento do PIB se tornam inquestionavelmente matéria de capa dos jornais impressos e televisivos. Todavia, estes se viram obrigados a recuar momentaneamente diante das manchetes: “Inflação ficará na meta pelo 10º ano consecutivo”; “Brasil tem terceira maior alta do PIB em 2013 entre 13 grandes economias”.

De fato, são muitas as nossas divergências com o atual governo, que se distanciou do diálogo com o movimento sindical e concedeu incontáveis medidas de isenções e benefícios aos empregadores, sem que as devidas contrapartidas fossem garantidas ao trabalhador. Se por um lado atendeu às demandas empresariais de isenção de PIS/Cofins e de desoneração da folha de pagamentos, por outro desqualificou a pauta de reivindicações trabalhistas, por exemplo, pelo fim do fator previdenciário ou pela redução da jornada de trabalho.

Entretanto, a manutenção da política de valorização do salário mínimo se mostrou inteiramente acertada, tanto no combate à pobreza e desigualdade no país como mecanismo propulsor da economia nacional. Importante destacar que tal medida, claramente bem sucedida, foi proposta pelas Centrais Sindicais em movimento unitário em 2004, ocasião na qual se realizaram três marchas conjuntas em Brasília. Ainda como resultado dessas mobilizações, em 2007, foi negociada uma política permanente de valorização do salário mínimo até 2023. Em janeiro de 2014, o salário mínimo foi reajustado para R$724,00, acumulando um ganho real de 72,31%, desde 2002.

Outro foco de argumentação da ala contrária à valorização do salário mínimo versa acerca de seu impacto sobre as contas públicas, por exemplo, sobre o seguro desemprego e sobre o benefício previdenciário, valores que mantiveram por base o piso nacional. No entanto, parecem esquecer que o salário mínimo contribuiu para aumentar a arrecadação via tributos sobre a renda, como é o caso do imposto de renda, e também, via impostos sobre consumo; enquanto impulsionava a conhecida década de formalização do mercado de trabalho brasileiro.

Estima-se que 48,2 milhões de pessoas possuam rendimento balizado pelo salário mínimo, sendo da ordem de R$28,4 bilhões o incremento de renda na economia e de R$13,9 bilhões o incremento na arrecadação tributária sobre o consumo.

Indignados, os porta-vozes contrários à valorização do salário mínimo sugerem que o “Brasil deixou de ser um país de mão de obra abundante e barata para ser um país de mão de obra escassa e cara quando se leva em conta a produtividade do trabalho”. Não seria justamente esse o objetivo secular da economia brasileira? Deixar de sermos uma superabundante oferta de mão de obra predominantemente informal e superexplorada?

A suposta baixa produtividade do trabalho, longe de ser consenso entre acadêmicos e especialistas, vem sendo posta na conta dos trabalhadores, mas o que nos salta aos olhos é o descomprometimento do empresariado com o investimento produtivo e sua opção pelos ganhos rentistas, mesmo diante das incontáveis medidas de incentivo propostas pelo governo. Tampouco é consenso, entre os próprios empresários, a afirmação de que a elevação do salário mínimo gerou elevação do custo unitário do trabalho, ou mesmo o encarecimento dos custos de suas empresas.

Por fim, defendo aqui a tese da armadilha, não do salário mínimo, mas da ganância pelo lucro. A ganância pelo lucro que empurra os salários para baixo e restringe a capacidade de o mercado absorver o produto do próprio capital. É a tradicional armadilha estrutural que colocou o mundo na Grande Depressão em 1929, e, que desde então, reformulou toda ciência econômica. No Brasil, a política de arrocho salarial, levada a cabo na década de 1970 pela Ditadura Militar, é exemplo claro da armadilha pelo lucro, contexto no qual nasceu a “tese do bolo” (primeiro crescer para depois distribuir). Diante da atual conjuntura, vale lembrar que a redistribuição pela via do salário mínimo apenas reduz as desigualdades de renda, não as desigualdades de riqueza. É o mínimo! É a manutenção da política de valorização do salário mínimo!

Sergio Luiz Leite, presidente da FEQUIMFAR (Federação dos Trabalhadores nas Indústrias Químicas e Farmacêuticas do Estado de SP) e 1° secretário da Força Sindical

Juntos somos fortes!
Gleberson Jales

Juntos somos fortes!

Decisão final do STF sobre o Tema 935 (contribuição assistencial)
César Augusto de Mello

Decisão final do STF sobre o Tema 935 (contribuição assistencial)

A força do voto e a participação cidadã na construção de um futuro mais justo
Eusébio Pinto Neto

A força do voto e a participação cidadã na construção de um futuro mais justo

Energia, Trabalho e Soberania: o Brasil que queremos construir
Eduardo Annunciato, Chicão

Energia, Trabalho e Soberania: o Brasil que queremos construir

Tarifaço, Empregos e a Resposta das Centrais Sindicais no Brasil; por Clemente Ganz
Clemente Ganz Lúcio

Tarifaço, Empregos e a Resposta das Centrais Sindicais no Brasil; por Clemente Ganz

Diretores e dirigentes sindicais
João Guilherme Vargas Netto

Diretores e dirigentes sindicais

Dois anos sem João Inocentini
Milton Cavalo

Dois anos sem João Inocentini

Mulheres por igualdade, democracia e trabalho decente
Maria Auxiliadora

Mulheres por igualdade, democracia e trabalho decente

Metalúrgicos em Ação
Josinaldo José de Barros (Cabeça)

Metalúrgicos em Ação

Mercado de Trabalho: Avanços e Persistências; por Marilane Teixeira
Marilane Oliveira Teixeira

Mercado de Trabalho: Avanços e Persistências; por Marilane Teixeira

Indústria forte é Brasil forte!
Cristina Helena Silva Gomes

Indústria forte é Brasil forte!

Se está na convenção, é lei
Paulo Ferrari

Se está na convenção, é lei

Resistir pelos interesses dos trabalhadores!
Cláudio Magrão

Resistir pelos interesses dos trabalhadores!

PL da Devastação é carta branca para o desmatamento sem limites
Márcio Ferreira

PL da Devastação é carta branca para o desmatamento sem limites

Pelo trabalhador
Lineu Mazano

Pelo trabalhador

Uma Análise da Retórica Populista à Luz do Pensamento Marxista
Diógenes Sandim Martins

Uma Análise da Retórica Populista à Luz do Pensamento Marxista

Centrais e movimento sociais convocam atos nacionais em defesa da democracia
Força 12 DEZ 2025

Centrais e movimento sociais convocam atos nacionais em defesa da democracia

Juntos somos fortes!
Artigos 11 DEZ 2025

Juntos somos fortes!

NOTA OFICIAL – CNTTT
Força 11 DEZ 2025

NOTA OFICIAL – CNTTT

Comparação das jornadas de trabalho no Brasil e na França
Imprensa 11 DEZ 2025

Comparação das jornadas de trabalho no Brasil e na França

Banco Central: vergonha nacional dá presentão aos especuladores
Força 10 DEZ 2025

Banco Central: vergonha nacional dá presentão aos especuladores

Dia Internacional dos Direitos Humanos reforça luta sindical
Força 10 DEZ 2025

Dia Internacional dos Direitos Humanos reforça luta sindical

Decisão final do STF sobre o Tema 935 (contribuição assistencial)
Artigos 9 DEZ 2025

Decisão final do STF sobre o Tema 935 (contribuição assistencial)

Centrais sindicais exigem queda urgente na taxa Selic
Força 9 DEZ 2025

Centrais sindicais exigem queda urgente na taxa Selic

Trabalhadores da Maggion aprovam reivindicações da Campanha Salarial 2026
Força 9 DEZ 2025

Trabalhadores da Maggion aprovam reivindicações da Campanha Salarial 2026

Sinpospetro-RJ define prioridades e reforça trabalho de base para 2026
Força 9 DEZ 2025

Sinpospetro-RJ define prioridades e reforça trabalho de base para 2026

Eletricitários firmam parceria com Metalúrgicos de Guarulhos por mais lazer
Força 9 DEZ 2025

Eletricitários firmam parceria com Metalúrgicos de Guarulhos por mais lazer

Ato na Paulista reforça luta nacional contra violência às mulheres
Força 9 DEZ 2025

Ato na Paulista reforça luta nacional contra violência às mulheres

Nota de Pesar – Gustavo Alves Dias
Força 9 DEZ 2025

Nota de Pesar – Gustavo Alves Dias

PEC 8/2025 reacende debate sobre jornada e fim da escala 6×1
Imprensa 8 DEZ 2025

PEC 8/2025 reacende debate sobre jornada e fim da escala 6×1

Escola Sinthoresp oferece cursos de garçom, garçonete e recepção
Força 8 DEZ 2025

Escola Sinthoresp oferece cursos de garçom, garçonete e recepção

Força Sindical debate ações para 2026 em defesa dos direitos trabalhistas
Força 5 DEZ 2025

Força Sindical debate ações para 2026 em defesa dos direitos trabalhistas

Aeroviários protestam em Congonhas e cobram retomada das negociações
Força 5 DEZ 2025

Aeroviários protestam em Congonhas e cobram retomada das negociações

Marinho pede debate sobre escala 6×1 e financiamento de sindicatos
Imprensa 5 DEZ 2025

Marinho pede debate sobre escala 6×1 e financiamento de sindicatos

Sindicalistas destacam avanços na 6ª reunião do Conselhão
Força 5 DEZ 2025

Sindicalistas destacam avanços na 6ª reunião do Conselhão

Centrais sindicais farão ato contra juros altos na terça (9)
Força 5 DEZ 2025

Centrais sindicais farão ato contra juros altos na terça (9)

Debate sobre jornada expõe disputas entre tempo, trabalho e vida
Imprensa 4 DEZ 2025

Debate sobre jornada expõe disputas entre tempo, trabalho e vida

Sintrabor participa de Congresso dos Trabalhadores Dominicanos
Força 4 DEZ 2025

Sintrabor participa de Congresso dos Trabalhadores Dominicanos

Sinthoresp realiza ações de base
Força 4 DEZ 2025

Sinthoresp realiza ações de base

FAT e Codefat celebram 35 anos e debatem sustentabilidade
Força 3 DEZ 2025

FAT e Codefat celebram 35 anos e debatem sustentabilidade

Sindicatos fortes e democracia: debate destaca desafios urgentes
Imprensa 3 DEZ 2025

Sindicatos fortes e democracia: debate destaca desafios urgentes

Centrais pressionam governo por fim do 6×1 e jornada de 40 horas
Força 3 DEZ 2025

Centrais pressionam governo por fim do 6×1 e jornada de 40 horas

Metalúrgicos de SP e Mogi seguem mobilizados por PLR e mais benefícios
Força 3 DEZ 2025

Metalúrgicos de SP e Mogi seguem mobilizados por PLR e mais benefícios

Sindicalismo protesta contra prisão de José Elías Torres
Força 3 DEZ 2025

Sindicalismo protesta contra prisão de José Elías Torres

A força do voto e a participação cidadã na construção de um futuro mais justo
Artigos 2 DEZ 2025

A força do voto e a participação cidadã na construção de um futuro mais justo

Nota: Prisão de secretário-geral da CTV é anti-democrática                   
Força 2 DEZ 2025

Nota: Prisão de secretário-geral da CTV é anti-democrática                   

Aguarde! Carregando mais artigos...