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A sociedade conhece bem o peso dos impostos
quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008
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O IPTU (com valores indecentes), o IPVA e as matrículas escolares. O imposto embutido nos produtos é de assustar: 56% na cerveja, 46% no creme dental, 26% no preço do macarrão, 36% no carro de 2000 CC, 56% em um microondas, 51,59% sobre um aparelho de DVD. Os tributos sobre consumo representam mais de 50% do total arrecadado, levando a tributação do Brasil equivaler a 35% do PIB (o total de riqueza produzido no país).
Ao abrir uma torneira, acender uma luz, ligar o telefone, acender o fogão, comer um sanduíche, em tudo que se faça o imposto está levando nossas economias para o ralo. Tudo isto exige que um brasileiro trabalhe 146 dias dos 365 do ano apenas para pagar impostos.
Em março, a direita, contrária a qualquer sustentação de organizações de lutas sociais voltarão a atacar a contribuição sindical dos trabalhadores para os sindicatos.
O que esta guerra contra os sindicatos representa? Ora, um dia de trabalho de contribuição para as entidades que lutam pelos salários, contra as desigualdades sociais e que interferem e pressionam governos e legislativos contra quaisquer medidas que prejudiquem os trabalhadores e a sociedade. Falaram falsamente que a contribuição sindical deveria ser autorizada. Gostariamos que fosse assim para tudo. Para não descontar imposto na massa de
tomate, na gasolina, no pãozinho, no transporte coletivo. Quem pagaria o INSS se dependesse de autotização? Os trabalhadores que agem com correção em favor da
luta seriam ‘gigolados’ pelos que gostam apenas de esperar pelo esforço dos outros em greves e negociações mais difíceis.
Um dia de trabalho para manter a luta? Quem poderia ficar contra isto? Quem iria preferir que não tivesse sindicatos para barrar reformas que cortam direitos dos trabalhadores e que exigem correção dos salários? A contribuição dos trabalhadores aos sindicatos é questão de responsabilidade. Desmanchar entidades de luta pela falta de recursos cairia bem ao gusto dos maus patrões e dos que preferem que cada um cuide de si, acabando com a organização coletiva. Investir nos sindicatos signifi ca fortalecer os instrumentos de luta, para resguardar direitos e encaminhar atendimento de demandas justas das categorias profi ssionais. A vitória é dos trabalhadores, contrariando interesses patronais e de tantos que não medem nossos sacrifícios para aumentar os seus lucros.
Rogério Fernandes – presidente da Força Sindical-MG