Menu

Mapa do site

Emissão de boleto

Nacional São Paulo

Emissão de boleto

Nacional São Paulo
16 ABR 2024

Imagem do dia

Veja fotos do Lançamento do 1º de Maio Unitário Na manhã desta terça-feira (16) dezenas de lideranças sindicais fizeram uma panfletagem para iniciar a divulgação da celebração do Dia do Trabalhador – 1º de Maio Unificado das Centrais Sindicais foi realizado, no Largo da Concórdia (Estação de Trem do Brás), em São Paulo SP. O evento, este ano, será realizado no Estacionamento da NeoQuímica Arena (Itaquerão – estádio do Corinthians), na Zona Leste da capital paulista, a partir das 10 horas. O 1º de Maio Unitário é organizado pelas centrais sindicais:

  • Central Única dos Trabalhadores (CUT);
  • Força Sindical;
  • União Geral dos Trabalhadores (UGT);
  • Central de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB);
  • Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST);
  • Central de Sindicatos do Brasil (CSB);
  • Intersindical – Central da Classe Trabalhadora e
  • Pública – Central do Servidor
Este ano, o lema do 1º de Maio Unificado será “Por um Brasil mais Justo” e vai destacar emprego decente; correção da tabela do Imposto de Renda, juros mais baixos, aposentadoria digna, salário igual para trabalho igual e valorização do serviço público.

Imagem do dia - Força Sindical

Enviar link da notícia por e-mail

Artigos

Março de 1964: acontecimentos que antecederam o fatídico dia 31

terça-feira, 31 de março de 2020

Artigos

Março de 1964: acontecimentos que antecederam o fatídico dia 31

Por: Carolina Maria Ruy

Por Carolina Maria Ruy

Pelo segundo ano passamos pelo aniversário do golpe militar brasileiro, 31 de março, sob um governo favorável à ditadura de 1964. Isso é tão estranho que requer constante reflexão: por que o golpe ainda nos assombra após tantos anos de repúdio, denúncias e de construção da democracia?

A eleição de Jair Bolsonaro ascendeu o sinal de alerta mostrando que o que parecia sepultado está vivo e atuante.

No dia 15 de março de 2020, brasileiros foram às ruas – não muitos, e não se sabe se por causa do coronavírus, que já se espalhava por aqui, ou da popularidade do presidente – manifestarem apoio ao governo. Nas imagens e relatos divulgados na imprensa e nas redes sociais se viu algumas pessoas que ainda pediam uma nova intervenção militar.

Entretanto, a despeito da grande ebulição política e social que vivemos agora, marcada por incertezas e constantes reviravoltas, o março de 2020, para frustração do presidente, não parece vocacionado para o golpe como foi o março de 1964.

O irônico é que hoje, mesmo eleito presidente dentro dos parâmetros da democracia, Jair Bolsonaro flerte com um golpe que visa fechar o Parlamento e o Supremo Tribunal Federal. Ele não quer apenas frear a esquerda, mas sim liquidar qualquer possibilidade de vida política fora do seu raio de influência, seja de esquerda, de centro esquerda ou até mesmo de direita. Talvez sua postura reflita sua própria insegurança quanto a capacidade de se consolidar como um bom governante, mas aí é outra história.

O que interessa aqui é aprender com o golpe de 1964. Neste artigo, particularmente, a ideia é abordar alguns acontecimentos que antecederam o fatídico dia 31. 

Há 56 anos os acontecimentos de março representaram o acirramento de uma conspiração que se desdobrava desde 1954, com a pressão militar sobre Getúlio Vargas.

O Comício das Reformas de Base

No Comício das Reformas de Base, na Central do Brasil, Rio de Janeiro, em 13 de março de 1964, o presidente Goulart anunciou as chamadas reformas de base, um programa que envolvia as reformas agrária, bancária, tributária, fiscal e administrativa. O evento reuniu de 150 a 200 mil pessoas. O projeto de Goulart era democrático, com medidas inéditas no país, entre elas desapropriações de terras à margem de rodovias federais e ferrovias; a estatização de refinarias de petróleo; uma reforma educacional, contra o analfabetismo; o controle da remessa de lucros de multinacionais para o exterior; imposto de renda proporcional; direito de voto aos analfabetos, soldados, marinheiros e cabos e a elegibilidade para todos os eleitores.

A reação da direita foi imediata. Houve manifestações oposicionistas em São Paulo e Belo Horizonte, a União Democrática Nacional (UDN) e partidos da direita pediram o impeachment de Goulart e Carlos Lacerda, governador da Guanabara, considerou o comício "um ataque à Constituição e à honra do povo" e o discurso do presidente "subversivo e provocativo".

Marchas da Família, com Deus, pela Liberdade

Os atos que melhor ilustraram a insatisfação da elite conservadora foram as "Marchas da Família, com Deus, pela Liberdade", mobilizando setores das classes médias e da burguesia, sob a bandeira do anticomunismo e da defesa da propriedade.

A primeira delas ocorreu em São Paulo, em 19 de março, e contou com a participação de cerca de trezentas mil pessoas, entre as quais Auro de Moura Andrade, presidente do Senado, e Carlos Lacerda. As marchas se replicaram pelas principais capitais, estendendo-se até depois do golpe, quando passaram a ser chamadas de “Marchas da vitória”.

Revolta dos marinheiros

No dia 25 de março de 1964, a resistência dos marinheiros, reunidos na sede do Sindicato dos Metalúrgicos do Rio de Janeiro, intensificou a disputa que dividia o país. Embora a entidade fosse considerada ilegal, dois mil marinheiros e fuzileiros navais liderados por José Anselmo dos Santos, o "cabo" Anselmo, transformaram a comemoração do segundo aniversário Associação dos Marinheiros e Fuzileiros Navais em um ato político. Os marinheiros reivindicavam a legalização da Associação, a melhoria da alimentação a bordo dos navios e dos quartéis, a reformulação do regulamento disciplinar da Marinha e que nenhuma medida punitiva fosse tomada contra os manifestantes.

Em um discurso inflamado, o cabo Anselmo afirmou a disposição da Associação de lutar pelas Reformas de Base. O ato contou ainda com a presença de sindicalistas e líderes estudantis, e além do deputado Leonel Brizola e do marinheiro João Cândido, líder da Revolta dos Marinheiros de 1910.

Aquele evento deflagraria uma série de consequências. Provocado pela ousadia dos oficiais, o ministro da Marinha Sílvio Mota emitiu ordem de prisão contra seus principais organizadores e enviou um destacamento de fuzileiros navais ao local da reunião. Entretanto, segundo o historiador Augusto Buonicore “Os fuzileiros enviados se recusaram a prender os seus companheiros de farda e aderiram ao protesto”. A saída encontrada, três dias após o início da resistência, foi que os marinheiros seriam presos e logo em seguida anistiados pelo presidente. Isso agravou a animosidade que já existia entre a cúpula militar e o governo Jango: “os atos foram considerados humilhantes pela oficialidade, que reagiu com a demissão de Silvio Mota, logo substituído, por ordem de Jango, por um almirante próximo do PCB, Paulo Mário Rodrigues”.

Naquele contexto, Goulart foi convidado para a cerimônia de posse da Associação dos Sargentos na sede do Automóvel Clube, centro do Rio de Janeiro, no dia 30 de março. E ele não só compareceu ao evento como discursou voltando a defender as Reformas de Base. Aquele foi seu último discurso.

Sobre aquele evento vale ressaltar que há quem defenda que a Revolta dos Marinheiros foi inflada, na figura do Cabo Anselmo, por agentes da direita infiltrados para apressar a queda de Jango. 

O fato é que àquela altura o golpe já estava em curso.

Operação Brother Sam

Horas antes da fala presidencial, a Casa Branca recebera um telegrama do consulado americano em São Paulo, que informava: "Duas fontes ativas do movimento contra Goulart dizem que o golpe contra o governo do Brasil deverá vir nas próximas 48 horas".

Documentos já em domínio público (e o próprio embaixador Lincoln Gordon admitiu mais tarde) revelam que o governo americano orientou militares brasileiros a, caso houvesse resistência, promoverem uma intervenção. E, para isso, os EUA já haviam preparado o envio de esquadrilha de aviões, navio de transporte de helicópteros, armamentos e todo arsenal bélico em uma operação chamada Brother Sam.

De Juiz de Fora para o Rio de Janeiro

Em 31 de março de 1964 o general Olímpio Mourão Filho, Comandante do IV Exército, resolveu intempestivamente se antecipar ao golpe, marcado para quatro de abril, partindo com suas tropas de Juiz de Fora (MG) para o Rio de Janeiro às três horas da manhã.

Dada aquela precipitação, em 1º de abril de 1964 uma reunião entre Armando de Moraes Ancora, Comandante do I Exército e Amauri Kruel, Comandante do II Exército, com a presença do general de Emílio Garrastazu Médici, decidiu pela união das tropas na deflagração do golpe.

Apesar da ostensiva pressão do Exército, foi no Congresso Nacional que o golpe se efetivou. Auro Soares de Moura Andrade, presidente do Senado, apesar de João Goulart estar no país em plena vigência do mandato, declarou vaga a presidência do Brasil, empossando novamente o presidente da Câmara dos Deputados, Ranieri Mazzilli , como presidente provisório.

No dia 9 de abril de 1964 o Ato Institucional Número Um, ou AI-1, suspendeu por dez anos os direitos políticos de todos aqueles que poderiam ser contrários ao regime, ameaçando com cassações, prisões, enquadramentos como subversivos e expulsões do país. Entre os opositores encontravam-se políticos, sindicalistas, jornalistas, intelectuais, estudantes etc.

O golpe militar impôs um regime alinhado politicamente aos Estados Unidos acarretando uma situação de atraso político, desigualdade social, censura aos meios de comunicação e de violenta repressão que duraria duas décadas.

Duro aprendizado de 20 anos de ditadura

Este é o horizonte de Jair Bolsonaro e contra isso precisamos usar o duro aprendizado de 20 anos de ditadura. Em 30 de março de 2020 o presidente ressuscitou a guerra fria alardeando sobre uma suposta "ameaça comunista”. Mais uma vez ele flertou com o golpe. Sua perspectiva é a de adquirir plenos poderes nacionalmente e subordinar o país aos EUA. E nesta projeção estão guardados aos brasileiros democratas a perseguição política, a censura, o arrocho salarial, o pau-de-arara, o choque elétrico, o afogamento, cadeira do dragão, os desaparecimentos inexplicados, os corpos desaparecidos.

Mas, embora o governo Bolsonaro seja um desastre para o país, a tendência de março de 2020 não foi a mesma de 1964. Hoje, quase um ano e meio depois, vemos que a eleição de outubro de 2018 não se traduz na defesa da ditadura militar e que aquele grupo de manifestantes que pede uma nova intervenção militar não deixou de ser uma macabra excentricidade. Bolsonaro encerra o mês com saldo político no vermelho.

Carolina Maria Ruy é jornalista e coordenadora do Centro de Memória Sindical

 

Liberdade de expressão não é liberdade de agressão
Eusébio Pinto Neto

Liberdade de expressão não é liberdade de agressão

O esquenta do 1º de Maio
João Guilherme Vargas Netto

O esquenta do 1º de Maio

Um inovador primeiro passo
Clemente Ganz Lúcio

Um inovador primeiro passo

Pela manutenção da Democracia e sem anistia
Milton Cavalo

Pela manutenção da Democracia e sem anistia

“Combustível do Futuro” e o futuro do trabalho
Sérgio Luiz Leite, Serginho

“Combustível do Futuro” e o futuro do trabalho

Dia Internacional da Mulher: Desafios e compromissos pela igualdade
Maria Auxiliadora

Dia Internacional da Mulher: Desafios e compromissos pela igualdade

Uma questão de gênero
Aparecida Evaristo

Uma questão de gênero

Avanços reais
João Passos

Avanços reais

Dia dos trabalhadores em edifícios
Paulo Ferrari

Dia dos trabalhadores em edifícios

Comerciário sindicalizado só tem a ganhar
Milton de Araújo

Comerciário sindicalizado só tem a ganhar

Mensagem a Marinho
Josinaldo José de Barros (Cabeça)

Mensagem a Marinho

Apagão de responsabilidade
Nilton Souza da Silva, o Neco

Apagão de responsabilidade

Viva a república
Zoel Garcia Siqueira

Viva a república

19° CONGRESSO – ‘Democracia, sindicalismo e direitos trabalhistas’
Luiz Guedes da Conceição Aparecida

19° CONGRESSO – ‘Democracia, sindicalismo e direitos trabalhistas’

A contribuição assistencial e os oportunistas de plantão
César Augusto de Mello

A contribuição assistencial e os oportunistas de plantão

Sindnapi participa da 16ª edição da Rio Artes
Força 24 ABR 2024

Sindnapi participa da 16ª edição da Rio Artes

Ato e Canto pela Vida, Praça Vladimir Herzog, domingo 28 de Abril, 11h
Força 24 ABR 2024

Ato e Canto pela Vida, Praça Vladimir Herzog, domingo 28 de Abril, 11h

Trabalhadores querem mais atenção ao calendário agrícola
Força 24 ABR 2024

Trabalhadores querem mais atenção ao calendário agrícola

Parabéns Fequimfar pelos 66 anos de lutas e conquistas
Força 24 ABR 2024

Parabéns Fequimfar pelos 66 anos de lutas e conquistas

FEQUIMFAR comemora 66 anos
Artigos 24 ABR 2024

FEQUIMFAR comemora 66 anos

1º de Maio das Centrais será no Estacionamento do Estádio do Corinthians
Força 24 ABR 2024

1º de Maio das Centrais será no Estacionamento do Estádio do Corinthians

Renda média familiar cresceu quase 12%; por quê?
Palavra do Presidente 24 ABR 2024

Renda média familiar cresceu quase 12%; por quê?

Mínimo RS: Centrais, governo e empresários ainda não chegaram a acordo
Força 23 ABR 2024

Mínimo RS: Centrais, governo e empresários ainda não chegaram a acordo

Metalúrgicos da Força debatem Nova Indústria Brasil
Força 23 ABR 2024

Metalúrgicos da Força debatem Nova Indústria Brasil

Delegação da Fenabor está na China para intercâmbio sindical
Relações Internacionais 23 ABR 2024

Delegação da Fenabor está na China para intercâmbio sindical

Sindicalistas conversam sobre a organização do1º de Maio
Força 23 ABR 2024

Sindicalistas conversam sobre a organização do1º de Maio

SinSaúdeSP lança convocação para Campanha Salarial 2024/2025
Força 23 ABR 2024

SinSaúdeSP lança convocação para Campanha Salarial 2024/2025

Sindicalistas debatem pautas trabalhistas
Força 23 ABR 2024

Sindicalistas debatem pautas trabalhistas

Vídeos 23 ABR 2024

1º de Maio Unitário – Por um Brasil mais justo!

86,1% dos reajuste salarias tiveram ganho real no primeiro trimestre
Força 19 ABR 2024

86,1% dos reajuste salarias tiveram ganho real no primeiro trimestre

Vídeos 19 ABR 2024

Presidente da Força intensifica luta para fortalecer movimento sindical

Em Brasília, sindicalistas debatem necessidades do setor elétrico nacional
Força 19 ABR 2024

Em Brasília, sindicalistas debatem necessidades do setor elétrico nacional

Eusébio Neto representa trabalhadores no Conselho do SENAC
Força 19 ABR 2024

Eusébio Neto representa trabalhadores no Conselho do SENAC

Sintrabor: Prometeon dificulta a antecipação de acordos coletivos
Força 19 ABR 2024

Sintrabor: Prometeon dificulta a antecipação de acordos coletivos

Projeção de AFT para SP é reduzida; “não vamos abrir mão do contingente”, diz Cissor
Força 19 ABR 2024

Projeção de AFT para SP é reduzida; “não vamos abrir mão do contingente”, diz Cissor

Sindsaúde na posse do Conselho Federal de Enfermagem
Força 19 ABR 2024

Sindsaúde na posse do Conselho Federal de Enfermagem

Frentistas do Rio conquistam aumento de 7,3%
Força 18 ABR 2024

Frentistas do Rio conquistam aumento de 7,3%

Servidores públicos debatem financiamento sindical
Força 18 ABR 2024

Servidores públicos debatem financiamento sindical

Mobilização dos Portuários de Santos nesta quinta-feira (18)
Força 18 ABR 2024

Mobilização dos Portuários de Santos nesta quinta-feira (18)

Seminário promove debate sobre o combate ao assédio eleitoral no trabalho
Força 18 ABR 2024

Seminário promove debate sobre o combate ao assédio eleitoral no trabalho

Miguel e Chicão debatem fortalecimento da negociação coletiva
Força 18 ABR 2024

Miguel e Chicão debatem fortalecimento da negociação coletiva

Prevenção de Acidentes do Trabalho: lançada a CANPAT 2024
Saúde e Segurança 18 ABR 2024

Prevenção de Acidentes do Trabalho: lançada a CANPAT 2024

Luiz Marinho e deputado Gastão recebem centrais sindicais
Força 18 ABR 2024

Luiz Marinho e deputado Gastão recebem centrais sindicais

Articulação para atualização do movimento sindical segue em Brasília
Força 18 ABR 2024

Articulação para atualização do movimento sindical segue em Brasília

Dia do Motociclista Profissional em debate no Senado Federal
Força 17 ABR 2024

Dia do Motociclista Profissional em debate no Senado Federal

Aguarde! Carregando mais artigos...