
A política econômica implementada pelo governo Lula no terceiro mandato teve um impacto significativo no combate ao retrocesso, promovendo o bem-estar e a redução das desigualdades sociais. A taxa de pobreza entre os brasileiros diminuiu 21% desde 2022, enquanto cerca de 15 milhões de brasileiros atingiram a ascensão social e passaram a pertencer às classes ABC.
A melhoria da qualidade de vida não está relacionada aos benefícios sociais. A taxa de desemprego diminuiu entre os mais desfavorecidos economicamente. O mercado de trabalho foi o principal fator que contribuiu para o crescimento econômico e para a redução da desigualdade social. A renda geral da população cresceu 4,7%, enquanto a do trabalho aumentou 7,1%. A valorização do salário mínimo, que tem um impacto direto nas negociações salariais de diversas categorias, permitiu que mais pessoas ingressassem no mercado consumidor.
No entanto, o empoderamento social da classe operária é refutado pelos empresários que obtêm lucros com a exploração do trabalho assalariado. A fim de interromper este ciclo, o mercado financeiro tem usado artifícios para elevar a taxa de juros. Os argumentos apresentados pelos especuladores são a incerteza da economia global e a inflação no Brasil. Ao ceder à pressão e elevar a taxa de juros em 14,75%, o maior nível dos últimos 20 anos, o Banco Central comprometeu o crescimento econômico e a geração de empregos.
A alta taxa de juros tem um impacto significativo nos bolsos das pessoas de baixa renda. As chances de obter financiamento para moradia, educação ou negócios pequenos tendem a diminuir. Enquanto isso, bancos e investidores têm ganhos ainda maiores, o que aumenta a desigualdade social no país.
Lula ainda enfrenta a sabotagem dos veículos de comunicação, que ignoram o bom desempenho da economia do país. Em abril, a balança comercial apresentou superavit de mais de R$ 46 bilhões. A produção industrial está superando as expectativas e cresce em ritmo forte. Há uma escassez significativa de mão de obra em diversos setores da economia. Os preços dos alimentos e combustíveis estão em queda, o que tende a reduzir a taxa de inflação nos próximos meses.
O Índice de Desenvolvimento Humano, que mede a qualidade de vida em um país, divulgado pela Organização das Nações Unidas na semana passada, revelou que o Brasil apresentou um nível superior à média global em 2023. Esse avanço é atribuído, sobretudo, ao aumento da renda nacional. Apesar das armadilhas impostas pelo mercado financeiro, reitero que, como um bom capitão de navio, Lula consegue atravessar o mar turbulento e repleto de tubarões.
Eusébio Pinto Neto,
Presidente do Sinpospetro-RJ e da Fenepospetro