Imagem do dia
Enviar link da notícia por e-mail
Artigos
Não vamos pagar a conta do ajuste fiscal
segunda-feira, 29 de junho de 2015
Artigos
A política de juros altos e o desequilíbrio das contas do governo começam a provocar recessão, corroer os rendimentos do trabalho, elevar o desemprego e reduzir a produção e as vendas da indústria de transformação e do comércio.
Para combater este cenário, a área econômica do governo lançou mão do ajuste fiscal, com o qual pretende diminuir gastos de custeio e investimentos para sobrar recursos necessários a fechar suas contas.
Ao invés de arrumar mais dinheiro taxando as grandes fortunas, criando impostos para remessas de lucros e dividendos ao exterior, o governo preferiu resguardar os privilégios dos ricos e atacar os direitos dos trabalhadores. Na visão da presidenta Dilma Rousseff e de sua equipe são os assalariados e os mais pobres que devem pagar a conta da crise.
E isto não vamos admitir. Nós, os frentistas da cidade de São Paulo, estamos juntos com a Força Sindical e com as demais Centrais na luta pela preservação dos direitos trabalhistas e previdenciários, e pela derrubada da legislação que amplia a terceirização nas empresas, atingindo inclusive as atividades-fim.
Unidade na luta
Os trabalhadores não são os responsáveis pelo desequilíbrio das contas públicas. Para combater o assalto aos bolsos dos empregados, as Centrais Sindicais e seus sindicatos filiados reafirmam a importância da unidade de ação dos trabalhadores e defendem a elaboração de uma pauta mais ampla que inclua a defesa do emprego e a redução dos juros.
Defendemos, ainda, a fórmula de aposentadoria 85/95 sem progressividade e o reajuste de todas as aposentadorias pela lei do salário mínimo. A fórmula 85/95, a ser aplicada sobre as aposentadorias por tempo de contribuição, representa uma grande vitória da luta sindical, pois os trabalhadores e trabalhadoras terão direito ao salário-benefício integral.
Infelizmente, ao vetar a fórmula 85/95 sem progressividade, o governo federal deu uma grande demonstração de insensibilidade social e demonstrou não ter qualquer interesse em atender às reivindicações dos trabalhadores.
Desde 1998, o Fator Previdenciário tem reduzido significativamente o valor das aposentadorias de milhares de trabalhadores.
Assim, precisamos nos empenhar para intensificar a negociação da MP 676/15 e de tratamento do veto presidencial da MP 664/14, junto ao Congresso Nacional e ao governo, para garantir a aplicação da fórmula 85/95 sem progressividade.
Rivaldo Morais da Silva, presidente do Sindicato dos Frentistas de São Paulo (Sinpospetro-SP) e 1º vice-presidente da Federação Nacional dos Frentistas (Fenepospetro)