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O dia em que a 25 de Março parou!
sexta-feira, 12 de julho de 2013
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O Dia Nacional de Luta, 11 de Julho, fechou as lojas do maior centro de comércio popular do Brasil. A Rua 25 de Março (Capital paulista), e arredores, mantiveram suas portas fechadas em apoio aos mais de dois mil manifestantes ligados ao movimento sindical comerciário do Estado. O ato unitário contou com as presenças dos Sindicatos dos Empregados no Comércio de São Paulo, Bragança Paulista, Cotia e Mogi das Cruzes e dos Práticos de Farmácia de São Paulo.
Este fato inédito no movimento comerciário compôs um protesto idealizado pelas Centrais Sindicais que reverberou em todo o Brasil. Os Sindicatos dos Comerciários e dos Práticos de Farmácia da Grande São Paulo, Interior e Baixada Santista também aderiram aos protestos em suas regiões.
“Unidos Somos Mais Fortes”
Confesso que foi emocionante ver os funcionários diante das lojas com as portas baixadas, batendo palmas, recebendo e lendo nas calçadas os panfletos intitulados “Unidos Somos Mais Fortes”. O que se viu na pacífica passeata que percorreu 4,2 quilômetros (da 25 de Março até o Masp, na Paulista), foi a demonstração do forte poder de mobilização e de organização dos trabalhadores liderados pelo presidente Ricardo Patah e diretoria, bem como dos dirigentes da nossa Federação.
Em meio à multidão, que caminhava atrás da faixa abre alas do movimento, e ao ouvir palavras de ordem vindas do caminhão de som (repetidas em coro pelas pessoas), tivemos a certeza que a partir deste 11 de Julho de 2013 a 25 de Março não seria mais a mesma. E não será!
Para o sindicalismo comerciário, as manifestações do 11 de Julho também reiteram as reivindicações comerciárias, principalmente diante da Campanha Salarial Unificada 2013, por aumento real, reajuste digno, PLR e avanços nas cláusulas sociais.
Diálogo
Não tenho dúvida que o clamor das ruas foi ouvido pelos Poderes Executivo, leia-se presidenta Dilma Rousseff, e Legislativo, entenda-se deputados federais e senadores. Respaldados pelos exemplos de união e de força que colocamos nas ruas nesta decisiva quinta-feira, quero crer que abrimos uma frente de diálogo com o Governo Federal, que ainda não fez cumprir a Agenda da Classe Trabalhadora, constante na Conclat/ 2010 e da 7ª Marcha das Centrais a Brasília, dia 6 de março.
Caso haja intransigência das partes governamentais e patronais diante das nossas reivindicações, agosto, verdadeiramente, poderá ser o mês do desgosto, como dizem, inclusive com greve geral! Parabéns à unidade e à organização do movimento sindical brasileiro por esse histórico 11 de Julho.
Luiz Carlos Motta é presidente da Federação dos Comerciários do Estado de São Paulo (Fecomerciários) e tesoureiro da Força Sindical e da Confederação Nacional dos Trabalhadores no Comércio (CNTC)