Menu

Mapa do site

Emissão de boleto

Nacional São Paulo

Emissão de boleto

Nacional São Paulo
8 OUT 2025

Imagem do dia

Seminário Pré-COP30; FOTOS

Imagem do dia - Força Sindical

Enviar link da notícia por e-mail

Artigos

O que está em jogo na Reforma da Previdência?

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

Artigos

O que está em jogo na Reforma da Previdência?

Por: Carlos Ortiz e João Inocentini

O governo mobilizou toda sua estrutura para realizar, mesmo que à força, a Reforma da Previdência. Sob a falsa premissa de que se não alteradas as regras das aposentadorias, nas próximas décadas, o país terá de lidar com um imenso rombo orçamentário, seguem os governistas em busca de negociar a reforma como meio para atrair investidores em uma economia estagnada e, ao mesmo tempo, serve para costurar a aprovação da CPMF no Congresso, que seria outra fonte de dinheiro para injetar na economia.

O governo esconde outros interesses que estão muito além da necessidade de manter a sustentabilidade do sistema previdenciário que, ao contrário do que é divulgado, é superavitário. Cortes de gastos determinados pelo ajuste fiscal são para tentar manter o superávit primário e a reforma da previdência, iniciada com supressões no final de 2014, refere-se é moeda de troca para aprovação da CPMF e demonstração para o mercado financeiro para atrair investimentos. Não se busca salvar a Previdência, busca-se, sim, salvar um mandato político às custas de transferências dos erros de gestão para o povo.

Mesmo com a ampliação do número de cidadãos com cobertura da Previdência Social, entre 2003 e 2014, os impactos dos benefícios no PIB (Produto Interno Bruto) subiram de 6% para 7,4%, o que desmonta a tese governamental de que em algumas décadas a Previdência Social comprometerá e consumirá o orçamento do país. Analisada de forma isolada, é evidente que há a necessidade de ajustar o sistema previdenciário, considerando o aumento da expectativa de vida dos brasileiros. Os brasileiros estão vivendo mais e a taxa de natalidade diminuindo, o que significa a ampliação do tempo de cobertura da Previdência e a diminuição do número de trabalhadores para manter o sistema equilibrado. Essa equação precisa ser debatida com a sociedade, no sentido de assegurar a renda dos trabalhadores ao final do seu ciclo laboral e proporcionar benefícios dignos para que os aposentados vivam com dignidade. Mas, não é uma sangria, como propagam os governistas, até mesmo porque os impactos de uma reforma previdenciária só seriam sentidos nas finanças nas próximas décadas. Como dito, tenta-se salvar um mandato e não a sustentabilidade do sistema de benefícios.

Fato é que reformar não necessariamente é sinônimo de retirar ou suprimir, no entanto, a reforma em curso que o governo tenta empurrar à sociedade brasileira escamoteia interesses que mais estão atrelados à salvação do governo, trata-se muito mais de uma questão de equilíbrio fiscal que de fato o bem-estar do cidadão e a sustentabilidade do sistema previdenciário.

Com a economia estagnada, explosão dos índices de desemprego, taxas de juros altíssimas, o crescimento geométrico das dívidas públicas e a necessidade premente de fazer o país voltar a crescer, o governo busca dinheiro para injetar na economia. Diante da escassez de recursos, o governo busca uma possível fonte de investimento por meio do dinheiro que seria arrecadado com a recriação da  CPMF –  Contribuição Provisória sobre Movimentações Financeiras (CPMF).

Para driblar os desajustes das contas públicas, a falta de dinheiro para investimentos e evitar o desgaste político com a recriação de impostos, o governo criou um sofisma, argumentando que a recriação da CMPF é imprescindível para a manutenção da Previdência.

A recriação da CPMF foi enviada ao Congresso em setembro de 2015 (PEC 140/15) e precisa ser aprovada até maio, situação que acelera as decisões do governo durante o Fórum da Previdência. A urgência é explícita, tanto que durante a última reunião o governo apresentou sete propostas para a reforma: 1) criação de idade mínima para as aposentadorias; 2) Diferença de regras para homens e mulheres; 3) Pensão por morte; 4) Fontes de financiamento para a Previdência; 5) Previdência Rural; 6) Regras idênticas para os regimes de previdência e, 7) Previdência do Setor Público.

O jogo político do governo esconde a realidade de que nunca houve um debate consistente e participativo com a sociedade e os movimentos sindicais. Com a Reforma em andamento, o Fórum tornou-se mero instrumento para amenizar as possíveis críticas por uma decisão arbitrária.

TABULEIRO POLÍTICO – A Reforma da Previdência agrada industriais, que podem ampliar os lucros e diminuir os encargos; o mercado financeiro, com o fortalecimento das adesões aos planos de previdências privadas e setores neoliberais, que defendem o Estado Mínimo.

As divergências concentram-se dentro do partido governista. Líderes do Partido dos Trabalhadores rechaçam a ideia da Reforma. Também no sentido contrário está o movimento sindical, que não aceita a Reforma proposta pelo governo da forma como está sendo configurada, como moeda de troca para recriação da CPMF no sentido de buscar um ajuste das contas públicas e, ao mesmo tempo, melhorar a posição do Brasil no ranking de investidores, assim como representantes do governo visitaram a China para atrair investimentos mediante a apresentação das reformas fiscal e previdenciária.

Representantes sindicais defendem o amplo debate, que analise o tema Previdência como parte da Seguridade Social, regulamentada na Constituição Federal de 1988. Outro ponto que o movimento sindical discute são as isenções tributárias concedidos a diversos setores da economia, que fizeram com a Previdência deixasse de arrecadar cerca de R$ 40 bilhões.

As desonerações, que visavam estimular o crescimento econômico, não deram efeito. O país continua em estado de inanição. Pior, onerou os cofres da Previdência e, ao final da desoneração, as empresas demitiram em massa, ficando mais uma vez a conta para os trabalhadores e para os beneficiários do sistema previdenciário.

A Reforma da Previdência Social no Brasil é uma questão que envolve diretamente o futuro dos trabalhadores que estão em atividade. No entanto, o Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos da Força Sindical, constituído por cidadãos que já encerraram seu ciclo laboral, ainda assim não foge à luta e participa deste enfrentamento em defesa dos direitos dos trabalhadores brasileiros e pela manutenção de um dos maiores patrimônios de amparo social.

Carlos Ortiz é presidente do Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos da Força Sindical

João Inocentini é presidente licenciado do Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos da Força Sindical
 

A permanente luta contra a desigualdade no Brasil
Eusébio Pinto Neto

A permanente luta contra a desigualdade no Brasil

Energia, Trabalho e Soberania: o Brasil que queremos construir
Eduardo Annunciato, Chicão

Energia, Trabalho e Soberania: o Brasil que queremos construir

Tarifaço, Empregos e a Resposta das Centrais Sindicais no Brasil; por Clemente Ganz
Clemente Ganz Lúcio

Tarifaço, Empregos e a Resposta das Centrais Sindicais no Brasil; por Clemente Ganz

Diretores e dirigentes sindicais
João Guilherme Vargas Netto

Diretores e dirigentes sindicais

Dois anos sem João Inocentini
Milton Cavalo

Dois anos sem João Inocentini

Mulheres por igualdade, democracia e trabalho decente
Maria Auxiliadora

Mulheres por igualdade, democracia e trabalho decente

Metalúrgicos em Ação
Josinaldo José de Barros (Cabeça)

Metalúrgicos em Ação

Mercado de Trabalho: Avanços e Persistências; por Marilane Teixeira
Marilane Oliveira Teixeira

Mercado de Trabalho: Avanços e Persistências; por Marilane Teixeira

Indústria forte é Brasil forte!
Cristina Helena Silva Gomes

Indústria forte é Brasil forte!

Se está na convenção, é lei
Paulo Ferrari

Se está na convenção, é lei

O lado positivo das homologações sindicais; por César Augusto
César Augusto de Mello

O lado positivo das homologações sindicais; por César Augusto

Resistir pelos interesses dos trabalhadores!
Cláudio Magrão

Resistir pelos interesses dos trabalhadores!

PL da Devastação é carta branca para o desmatamento sem limites
Márcio Ferreira

PL da Devastação é carta branca para o desmatamento sem limites

Pelo trabalhador
Lineu Mazano

Pelo trabalhador

Uma Análise da Retórica Populista à Luz do Pensamento Marxista
Diógenes Sandim Martins

Uma Análise da Retórica Populista à Luz do Pensamento Marxista

NOTA – Sindicato e Sindicalização no Brasil: reencontros de classe
Força 19 NOV 2025

NOTA – Sindicato e Sindicalização no Brasil: reencontros de classe

Sindicalistas reforçam importância da COP30 nos debates globais
COP-30 19 NOV 2025

Sindicalistas reforçam importância da COP30 nos debates globais

Movimento sindical realiza panfletagem na Green Zone da COP30
COP-30 19 NOV 2025

Movimento sindical realiza panfletagem na Green Zone da COP30

Festa do Havaí anima Colônia de Férias dos Eletricitários SP
Força 19 NOV 2025

Festa do Havaí anima Colônia de Férias dos Eletricitários SP

Reajuste dos químicos vai injetar R$ 1,2 bi na economia paulista
Força 19 NOV 2025

Reajuste dos químicos vai injetar R$ 1,2 bi na economia paulista

Centrais sindicais alinham ações e atualizam pauta para 2026
Força 19 NOV 2025

Centrais sindicais alinham ações e atualizam pauta para 2026

Eletricitários SP reforçam defesa da segurança em debate da NR10
Força 18 NOV 2025

Eletricitários SP reforçam defesa da segurança em debate da NR10

COP30: trabalhador deve estar no centro das decisões climáticas
Palavra do Presidente 18 NOV 2025

COP30: trabalhador deve estar no centro das decisões climáticas

O Metalúrgico destaca reajuste, IR Zero e mobilização coletiva
Força 18 NOV 2025

O Metalúrgico destaca reajuste, IR Zero e mobilização coletiva

Carta defende trabalho decente e proteção social na Amazônia
COP-30 18 NOV 2025

Carta defende trabalho decente e proteção social na Amazônia

Desafios atuais na defesa da liberdade sindical em debate
Força 17 NOV 2025

Desafios atuais na defesa da liberdade sindical em debate

Reduzir jornada para proteger trabalhadores e o planeta
Imprensa 17 NOV 2025

Reduzir jornada para proteger trabalhadores e o planeta

Sintrabor inicia Campanha Salarial 2026
Força 17 NOV 2025

Sintrabor inicia Campanha Salarial 2026

Sindicato denuncia e justiça proíbe uso de legging e cropped para frentistas mulheres
Força 17 NOV 2025

Sindicato denuncia e justiça proíbe uso de legging e cropped para frentistas mulheres

Especialista alerta associados do Sindnapi sobre golpes digitais
Força 14 NOV 2025

Especialista alerta associados do Sindnapi sobre golpes digitais

Sindec-POA garante aumento real e amplia direitos em 2025
Força 14 NOV 2025

Sindec-POA garante aumento real e amplia direitos em 2025

FEQUIMFAR assina Convenção Coletiva com avanços para 2025/2027
Força 14 NOV 2025

FEQUIMFAR assina Convenção Coletiva com avanços para 2025/2027

Trabalhadores da Simoldes exigem nova proposta em 48 horas
Força 14 NOV 2025

Trabalhadores da Simoldes exigem nova proposta em 48 horas

SinSaúdeSP garante direitos dos trabalhadores da Telemedicina
Força 14 NOV 2025

SinSaúdeSP garante direitos dos trabalhadores da Telemedicina

SinSaúdeSP: INTS admite que não cumpriu reajustes previstos na Convenção
Força 14 NOV 2025

SinSaúdeSP: INTS admite que não cumpriu reajustes previstos na Convenção

Sintepav-BA faz assembleia em Piritiba
Força 14 NOV 2025

Sintepav-BA faz assembleia em Piritiba

Redução da jornada fortalece empregos e qualidade de vida
Imprensa 13 NOV 2025

Redução da jornada fortalece empregos e qualidade de vida

Mulheres exigem voz e igualdade na COP30
COP-30 12 NOV 2025

Mulheres exigem voz e igualdade na COP30

Setores químico, plástico e fertilizantes conquistam aumento real
Força 12 NOV 2025

Setores químico, plástico e fertilizantes conquistam aumento real

Miguel Torres defende unidade e transição justa na COP 30
COP-30 12 NOV 2025

Miguel Torres defende unidade e transição justa na COP 30

SinSaúdeSP convoca nova mobilização para quarta-feira
Força 12 NOV 2025

SinSaúdeSP convoca nova mobilização para quarta-feira

Fim da escala 6×1 é defendida por frentistas em audiência
Imprensa 12 NOV 2025

Fim da escala 6×1 é defendida por frentistas em audiência

Centrais sindicais levam Transição Justa ao centro da COP30
COP-30 11 NOV 2025

Centrais sindicais levam Transição Justa ao centro da COP30

Sindicato mobiliza trabalhadores da AGCO por direitos e salário
Força 11 NOV 2025

Sindicato mobiliza trabalhadores da AGCO por direitos e salário

Trabalhadores da Sky Master rejeitam proposta de PLR em assembleia
Força 10 NOV 2025

Trabalhadores da Sky Master rejeitam proposta de PLR em assembleia

Aguarde! Carregando mais artigos...