A eleição de Luiz Inácio Lula da Silva, o presidente que realmente representa o povo brasileiro, traz alívio para os trabalhadores, que sofreram com os ataques e a retirada de direitos nos últimos cinco anos. As conquistas obtidas pela classe operária nos governos do PT, incomodaram, e muito, as oligarquias, que querem manter o sistema escravocrata. Felizmente conseguimos quebrar as correntes e vencer o avanço do fascismo.
O trabalhador que fomenta a economia volta ao protagonismo do país. Essa é a hora de fazer valer a nossa força e melhorar as condições de salários e trabalho. As conquistas não são favor dos patrões e nem da legislação, mas de muita luta, que obriga a classe dominante a reconhecer os direitos dos trabalhadores.
Temos que retomar a luta pela valorização do salário mínimo. Entre 2003 e 2015, o piso nacional teve aumento de 76,67% acima da inflação, e isso refletiu nas negociações salariais das categorias. No próximo ano, teremos pela frente as negociações das cláusulas sociais e econômicas dos frentistas do Rio de Janeiro.
É preciso ficar alerta, pois a Reforma Trabalhista do governo Temer encurralou os trabalhadores. Ela impõe o “negociado sobre o legislado”, ou seja, o que for firmado entre patrões e empregados vale como lei, prevalecendo algumas ressalvas. Isso garante aos patrões o direito de retirar da convenção ou do acordo coletivo conquistas da categoria. A nova legislação trabalhista também acabou com a ultratividade, que permite as empresas suspenderem os benefícios, enquanto a negociação não for fechada.
Precisamos aproveitar esse novo cenário político, onde os trabalhadores participam efetivamente do governo, para avançar nas conquistas. Não existe vitória sem luta, sentado na cadeira sem participar das assembleias não vamos conseguir nada. É preciso consciência de classe para despertar da manipulação capitalista que joga o trabalhador contra o sindicato. As entidades de classes são fundamentais para enfrentar as desigualdades e os problemas imediatos causados pelo capitalismo.
Sozinho o empregado não avança, prova disso são os trabalhadores de aplicativos. Eles não têm nenhum direito e são chamados de empreendedores. Felizmente, a equipe de transição de Lula já estuda medidas para regulamentar e proteger esses trabalhadores, lançados à margem da classe operária. O novo governo também pretende rever questões das Reformas Trabalhistas de Temer e Bolsonaro que precarizaram a mão de obra, encolheram os salários, aumentaram as desigualdades sociais e a fome e deterioraram a economia do país. O dinheiro precisa circular companheiros para que o Brasil volte a ser uma nação próspera. Vamos à Luta!
Eusébio Pinto Neto
Presidente do SINPOSPETRO-RJ