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Os trabalhadores e o Dia Mundial de Alimentação
quarta-feira, 16 de outubro de 2013
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16 de outubro é o Dia Mundial de Alimentação. A data foi instituída em 1981, para conscientizar a opinião pública sobre a importância da nutrição e da alimentação. O tema ‘Sistemas alimentares sustentáveis para a Segurança Alimentar e Nutricional’ anunciado pela Organização de Alimentação e Agricultura das Nações Unidas (FAO) para 2013 – dá foco para observâncias e ajuda a aumentar a compreensão dos problemas e soluções para acabar com a fome.
Atualmente, cerca de 842 milhões de pessoas estão cronicamente subnutridas em todo o mundo. Especialistas defendem mudanças profundas na agricultura no mundo alegando que alguns países adotam modelos insustentáveis de desenvolvimento que degradam o meio ambiente natural, ameaçam os ecossistemas e a biodiversidade, que serão necessários para o fornecimento de alimentos.
A cada ano a FAO define um tema sobre segurança alimentar. Os mais recentes foram: O Milênio sem Fome (ano 2000); Combater a Fome para Reduzir a Pobreza (2001); Água: Fonte de Segurança Alimentar (2002); Trabalhar em Conjunto por uma Aliança Internacional contra a Fome (2003); Biodiversidade para a Segurança Alimentar (2004) e Agricultura e Diálogo Inter Cultural (2005).
No Brasil, a maior dificuldade das pessoas é ter acesso ao alimento devido ao baixo poder aquisitivo de parte da população para comprar os alimentos que precisa e por não ter acesso a água, esgoto, educação e saúde, além da falta de acesso à informação, instrumento básico para aqueles mais vulneráveis à fome e desnutrição.
No Brasil, o número daqueles que passam fome caiu de 22, 8 milhões em 1992 para 13,6 milhões em 2013, conforme relatório sobre segurança alimentar divulgado pela FAO. O documento da entidade mostra que uma em cada oito pessoas sofre de fome crônica no mundo.
De acordo com a FAO, o crescimento contínuo dos países em desenvolvimento e a melhora na renda e na oferta de alimentos tem facilitado o acesso à comida.A maioria das pessoas que sofre de fome crônica, ou seja, que não têm alimentos suficientes para uma vida saudável e ativa, está nos países em desenvolvimento, mas há 15,7 milhões que vivem em países desenvolvidos.
Conhecedores do assunto, os trabalhadores da área da alimentação devem debater o tema e ajudar seus países a promover modelos sustentáveis que garantam a alimentação e nutrição eficaz às pessoas hoje e no futuro.
Melquíades de Araújo, presidente da Fetiasp (Federação dos Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação do ESP)