Menu

Mapa do site

Emissão de boleto

Nacional São Paulo

Emissão de boleto

Nacional São Paulo
8 OUT 2025

Imagem do dia

Seminário Pré-COP30; FOTOS

Imagem do dia - Força Sindical

Enviar link da notícia por e-mail

Artigos

Qual reforma sindical queremos?

sexta-feira, 23 de agosto de 2019

Artigos

Qual reforma sindical queremos?

Por: Sérgio Luiz Leite, Serginho

Certamente não há uma fórmula mágica ou uma reforma ideal, mas podemos e devemos discutir quais devem ser os princípios norteadores da representação trabalhista. Apesar do amplo debate acumulado pelo Fórum Nacional do Trabalho (FNT), perdemos a oportunidade de avançar na reforma sindical durante um governo progressista de frente popular. Infelizmente, na ocasião do FNT, o debate e resultado final se resumiram na manutenção do imposto sindical, incluído as Centrais Sindicais com seu positivo reconhecimento. Agora nos vemos obrigados a construir uma reforma sindical em um governo de direita e ultraliberal, que declaradamente abomina sindicatos.

Talvez a unicidade sindical não mais atenda as exigências de um contemporâneo mercado de trabalho em profunda transformação. A atual forma de representação sindical não consegue abranger com qualidade as novas formas de contratação, tais como, teletrabalhadores, intermitentes, terceirizados, temporários, tempo parcial, “pejotizados”, “uberizados”, dentre outros. Entretanto, estas mutações – em regra precarizantes – suscitam também questões sobre o futuro da estrutura sindical brasileira. Uma nova ordem nas relações de trabalho parece impor um novo modelo de organização sindical e de sistema negocial.

Por um lado, a liberdade sindical pressupõe a existência de organizações trabalhistas e patronais livres do reconhecimento e da tutela estatal. Por outro lado, a liberdade sindical requer regras e critérios que prezem pela representatividade e exclusividade. Portanto, deveria competir aos próprios interessados, através de um órgão autônomo, bipartite e paritário, a definição dos critérios de representação, as regras gerais de democracia e transparência sindical, as fontes de custeio, dentre outras questões. Se historicamente buscamos a liberdade sindical, que ela seja ampla nos novos tempos que se avizinham.

A liberdade sindical com regras e critérios poderia assim conceber a existência de mais de um sindicato representando determinado conjunto de trabalhadores, mas poderia também, na ausência de múltiplas entidades, autorizar o sindicato existente respaldado pela categoria a estabelecer negociações coletivas custeadas por todos os beneficiários. Chegamos então a um ponto delicado. O que seria um sindicato representativo? Um determinado percentual de sindicalização caracterizaria de fato tal representatividade? Deveria a sindicalização ser um critério único? As conquistas e os direitos já convencionados não seriam outro importante critério de representatividade?

A taxa de sindicalização média no Brasil foi de 14,4% em 2017, variando substancialmente conforme o setor de atividade econômica considerado. A rotina de trabalho na indústria favorece a sindicalização, enquanto a pulverização dos postos de trabalho no comércio a dificultam. Contudo, observando os índices de outros países do mundo, notamos que a taxa de sindicalização caiu significativamente durante as últimas décadas. Em 2016, a sindicalização na Alemanha, onde rege a pluralidade sindical, chegou a 17%, na Holanda e no Japão esta taxa foi de 17,3%. Mesmo os países nórdicos que possuem historicamente altas taxas de sindicalização, em grande parte decorrente do grau de formalização do mercado de trabalho, apresentaram quedas superiores a 10 pontos percentuais.

Neste contexto, cabe o questionamento: por que no Brasil seria diferente? Qual mágica teríamos para sindicalizar tanto? A definição de níveis de sindicalização determinando o “grau de representatividade” das entidades sindicais desconsidera o cenário mundial e a realidade do mercado de trabalho brasileiro – profundamente marcado pela rotatividade de mão de obra. Precisamos encontrar critérios que caracterizem a representatividade para além das taxas de sindicalização, como por exemplo, os direitos e as conquistas convencionadas pelas respectivas categorias. Portanto, o mencionado órgão autônomo, bipartite e paritário, livre da influência estatal, teria de regulamentar os critérios de representação com base na realidade brasileira, bem como considerar um projeto de transição para os sindicatos atuantes e combativos já existentes.

Além disso, baseado nos princípios fundamentais de justiça e razoabilidade, faz-se fundamental que o custeio sindical alcance todos os trabalhadores beneficiados pelos acordos. O discurso de que o movimento sindical deva representar somente seus associados é uma armadilha! Verdadeiro tiro no pé. Se considerarmos simultaneamente os baixos índices de sindicalização mundial, a ausência de mecanismos efetivos para combate às práticas antissindicais e as especulações retrógradas de instalação do “sindicato por empresa”, a representação limitada aos filiados poderá significar o começo do fim da luta sindical no Brasil.

Fato é que novos tempos chegaram e mudanças estão ocorrendo em diversos setores e instituições, o movimento sindical precisa se adaptar ao novo mundo pós-indústria 4.0 para que consiga representar os trabalhadores de forma a corresponder às necessidades que o momento apresenta. Independente de uma reforma sindical, devemos adotar como estratégia de curto prazo a organização dos representantes sindicais nas empresas, potencializando suas atuações, solucionando conflitos e realizando negociações locais junto ao sindicato. Trata-se de compartilhar responsabilidades e “dividir poderes”, ou melhor dizendo, significa empoderar lideranças para enfrentar os novos desafios postos à classe trabalhadora.

Sergio Luiz Leite, Serginho é Presidente da FEQUIMFAR e 1º secretário da Força Sindical

A força do voto e a participação cidadã na construção de um futuro mais justo
Eusébio Pinto Neto

A força do voto e a participação cidadã na construção de um futuro mais justo

Energia, Trabalho e Soberania: o Brasil que queremos construir
Eduardo Annunciato, Chicão

Energia, Trabalho e Soberania: o Brasil que queremos construir

Tarifaço, Empregos e a Resposta das Centrais Sindicais no Brasil; por Clemente Ganz
Clemente Ganz Lúcio

Tarifaço, Empregos e a Resposta das Centrais Sindicais no Brasil; por Clemente Ganz

Diretores e dirigentes sindicais
João Guilherme Vargas Netto

Diretores e dirigentes sindicais

Dois anos sem João Inocentini
Milton Cavalo

Dois anos sem João Inocentini

Mulheres por igualdade, democracia e trabalho decente
Maria Auxiliadora

Mulheres por igualdade, democracia e trabalho decente

Metalúrgicos em Ação
Josinaldo José de Barros (Cabeça)

Metalúrgicos em Ação

Mercado de Trabalho: Avanços e Persistências; por Marilane Teixeira
Marilane Oliveira Teixeira

Mercado de Trabalho: Avanços e Persistências; por Marilane Teixeira

Indústria forte é Brasil forte!
Cristina Helena Silva Gomes

Indústria forte é Brasil forte!

Se está na convenção, é lei
Paulo Ferrari

Se está na convenção, é lei

O lado positivo das homologações sindicais; por César Augusto
César Augusto de Mello

O lado positivo das homologações sindicais; por César Augusto

Resistir pelos interesses dos trabalhadores!
Cláudio Magrão

Resistir pelos interesses dos trabalhadores!

PL da Devastação é carta branca para o desmatamento sem limites
Márcio Ferreira

PL da Devastação é carta branca para o desmatamento sem limites

Pelo trabalhador
Lineu Mazano

Pelo trabalhador

Uma Análise da Retórica Populista à Luz do Pensamento Marxista
Diógenes Sandim Martins

Uma Análise da Retórica Populista à Luz do Pensamento Marxista

PEC 8/2025 reacende debate sobre jornada e fim da escala 6×1
Imprensa 8 DEZ 2025

PEC 8/2025 reacende debate sobre jornada e fim da escala 6×1

Centrais sindicais farão ato contra juros altos na terça (9)
Força 8 DEZ 2025

Centrais sindicais farão ato contra juros altos na terça (9)

Escola Sinthoresp oferece cursos de garçom, garçonete e recepção
Força 8 DEZ 2025

Escola Sinthoresp oferece cursos de garçom, garçonete e recepção

Força Sindical debate ações para 2026 em defesa dos direitos trabalhistas
Força 5 DEZ 2025

Força Sindical debate ações para 2026 em defesa dos direitos trabalhistas

Aeroviários protestam em Congonhas e cobram retomada das negociações
Força 5 DEZ 2025

Aeroviários protestam em Congonhas e cobram retomada das negociações

Marinho pede debate sobre escala 6×1 e financiamento de sindicatos
Imprensa 5 DEZ 2025

Marinho pede debate sobre escala 6×1 e financiamento de sindicatos

Sindicalistas destacam avanços na 6ª reunião do Conselhão
Força 5 DEZ 2025

Sindicalistas destacam avanços na 6ª reunião do Conselhão

Debate sobre jornada expõe disputas entre tempo, trabalho e vida
Imprensa 4 DEZ 2025

Debate sobre jornada expõe disputas entre tempo, trabalho e vida

Sintrabor participa de Congresso dos Trabalhadores Dominicanos
Força 4 DEZ 2025

Sintrabor participa de Congresso dos Trabalhadores Dominicanos

Sinthoresp realiza ações de base
Força 4 DEZ 2025

Sinthoresp realiza ações de base

FAT e Codefat celebram 35 anos e debatem sustentabilidade
Força 3 DEZ 2025

FAT e Codefat celebram 35 anos e debatem sustentabilidade

Sindicatos fortes e democracia: debate destaca desafios urgentes
Imprensa 3 DEZ 2025

Sindicatos fortes e democracia: debate destaca desafios urgentes

Centrais pressionam governo por fim do 6×1 e jornada de 40 horas
Força 3 DEZ 2025

Centrais pressionam governo por fim do 6×1 e jornada de 40 horas

Metalúrgicos de SP e Mogi seguem mobilizados por PLR e mais benefícios
Força 3 DEZ 2025

Metalúrgicos de SP e Mogi seguem mobilizados por PLR e mais benefícios

Sindicalismo protesta contra prisão de José Elías Torres
Força 3 DEZ 2025

Sindicalismo protesta contra prisão de José Elías Torres

A força do voto e a participação cidadã na construção de um futuro mais justo
Artigos 2 DEZ 2025

A força do voto e a participação cidadã na construção de um futuro mais justo

Nota: Prisão de secretário-geral da CTV é anti-democrática                   
Força 2 DEZ 2025

Nota: Prisão de secretário-geral da CTV é anti-democrática                   

Arakém e Miguel Torres recebem certificados de honra ao mérito
Força 2 DEZ 2025

Arakém e Miguel Torres recebem certificados de honra ao mérito

Jefferson Caproni, do SinSaúdeSP, é um dos 100 mais influentes da saúde no ano
Força 2 DEZ 2025

Jefferson Caproni, do SinSaúdeSP, é um dos 100 mais influentes da saúde no ano

Sinthoresp abre inscrições para reservas nas colônias de férias
Força 2 DEZ 2025

Sinthoresp abre inscrições para reservas nas colônias de férias

Borracheiros intensificam mobilização após proposta abusiva da Prometeon
Força 2 DEZ 2025

Borracheiros intensificam mobilização após proposta abusiva da Prometeon

Eletricitários denunciam Enel e cobram manutenção do PSAP/Eletropaulo
Força 2 DEZ 2025

Eletricitários denunciam Enel e cobram manutenção do PSAP/Eletropaulo

Eletricitários SP lançam livro: ’80 anos, a energia que nos move’
Força 2 DEZ 2025

Eletricitários SP lançam livro: ’80 anos, a energia que nos move’

Trabalho, Jornada e Direitos: a luta pela redução do tempo laboral
Imprensa 1 DEZ 2025

Trabalho, Jornada e Direitos: a luta pela redução do tempo laboral

Federação dos Metalúrgicos SP reelege Diretoria com unanimidade
Força 28 NOV 2025

Federação dos Metalúrgicos SP reelege Diretoria com unanimidade

Campanha Salarial 2026 do Sintrabor segue a pleno vapor
Força 28 NOV 2025

Campanha Salarial 2026 do Sintrabor segue a pleno vapor

Reunião da FEQUIMFAR define desafios e prioridades para 2026
Força 28 NOV 2025

Reunião da FEQUIMFAR define desafios e prioridades para 2026

13º salário: direito garantido pela luta sindical
Força 28 NOV 2025

13º salário: direito garantido pela luta sindical

STIEESP contribui para decisões estratégicas e aprovações financeiras da CNTI
Força 28 NOV 2025

STIEESP contribui para decisões estratégicas e aprovações financeiras da CNTI

Químicos tomam posse na nova diretoria do DIESAT 2025–2028
Força 28 NOV 2025

Químicos tomam posse na nova diretoria do DIESAT 2025–2028

Aguarde! Carregando mais artigos...