Menu

Mapa do site

Emissão de boleto

Nacional São Paulo

Emissão de boleto

Nacional São Paulo
29 ABR 2025

Imagem do dia

[caption id="attachment_69212" align="aligncenter" width="1024"]Veja fotos da Plenária e Caminhada da Classe Trabalhadora Veja fotos da Plenária e Caminhada da Classe Trabalhadora[/caption]

Imagem do dia - Força Sindical

Enviar link da notícia por e-mail

Artigos

Reforma trabalhista: é urgente um outro caminho

terça-feira, 20 de junho de 2017

Artigos

Reforma trabalhista: é urgente um outro caminho

Por: Clemente Ganz Lúcio

O projeto de reforma trabalhista avança no Congresso Nacional com a aprovação, na CAE (Comissão de Assuntos Econômicos do Senado), do relatório do senador Ricardo Ferraço, que acatou, na íntegra, o projeto elaborado pela Câmara dos Deputados, apenas com recomendações para que o presidente da República vete ou altere alguns pontos por medida provisória.

O projeto é a maior e mais ampla reforma da legislação trabalhista e do sistema de relações de trabalho realizada no país. Ao todo são alterados mais de 110 artigos da legislação e outros 200 dispositivos. Estima-se que 90% desses mecanismos são nefastos, reduzirão direitos, fragilizarão a proteção laboral, diminuirão o poder dos sindicatos. Trata-se de uma poderosa iniciativa de proteção às empresas, pois legalizará muitas formas de precarização do trabalho. Diminuirão, com isso, os passivos trabalhistas, o poder das entidades sindicais e da Justiça do Trabalho.

O projeto e os que o defendem são ardilosos. Argumentam e propalam as vantagens de 10% dos aspectos que podem ser considerados positivos e, com esse cobertor curto, procuram esconder as maldades contidas nos 90% “restantes”.

Os condutores desse processo foram astutos na estratégia legislativa, diante da oportunidade única de aprovação de uma deformação dessa envergadura, que não seria autorizada se passasse por debate público. O governo enviou um projeto com meia dúzia de mudanças, a Câmara dos Deputados o colocou em debate e, enquanto isso, o deputado relator, Rogério Marinho, reelaborou o texto, com apoio do setor empresarial e de membros do Judiciário, e apresentou uma proposta que promove a devastação dos direitos trabalhistas. Em menos de três semanas, foi apresentado e votado um novo projeto, sem nenhum debate.

Agora, no Senado, a pressão governamental e empresarial busca, de todas as formas, aprovar o projeto da maneira que veio da Câmara. Mesmo que muitos senadores considerem que há problemas, em alguns ou muitos aspectos, ou mesmo em todo o projeto, a depender de quem o analisa, a CAE, do Senado, validou o texto com todos os problemas identificados. O relator apontou apenas seis itens, que, na avaliação dele, envolvem questões polêmicas e merecem, por isso, mais debates e estudos. Ainda que sejam vetadas na presidência da República, as questões podem ser analisadas novamente, por meio de projetos de lei ou de medidas provisórias editadas pelo Executivo.

Há consenso de que é preciso adequar o atual sistema de relações de trabalho às profundas transformações do mundo do trabalho, mas o projeto proposto nem tangencia um campo de entendimento entre capital e trabalho. Muito pelo contrário, a pressa parlamentar para aprovar o projeto evidencia a oportunidade única de impor um golpe do capital, que produzirá uma deformação ainda maior no sistema de relações de trabalho.

É preciso ter claro que o sistema de relações de trabalho e de direito laboral normatiza e regula a relação entre trabalhador e empregador, trata conflitos, define direitos trabalhistas, tem impacto decisivo sobre a produtividade, além de determinar a partilha dos resultados da produção. Assim, pode alavancar processos civilizatórios que redefinirão o papel do Estado e da economia e trarão impactos à sociedade como um todo. Trata-se de uma construção social e histórica que, ao organizar as relações de trabalho, é responsável, em grande medida, pela coesão da sociedade.

Transformar um sistema de relações de trabalho exige um compromisso coletivo sobre os objetivos e resultados esperados com a mudança, bem como com o processo de transição para o novo. A avaliação dos múltiplos impactos sociais e trabalhistas é fundamental, assim como monitorar os resultados e corrigir desvios.

Um sistema de relações de trabalho organizado a partir da negociação coletiva requer sujeitos coletivos que efetivamente representem os interesses das partes. No centro da concepção desse sistema estão a criação e a manutenção desses sujeitos e instituições, que atuarão sobre um conflito permanente pela repartição da renda e da riqueza geradas pela produção e pelo trabalho, e darão soluções, sempre parciais e provisórias, que terão impactos sobre todo o regime democrático.

No estado democrático e de direito, o sujeito coletivo que representa os trabalhadores são os sindicatos, que precisam ter os instrumentos adequados para conduzir a negociação em condições de equilíbrio de forças com o poder econômico. Estrutura, organização, financiamento, acesso à informação, incentivo ao diálogo, mecanismos de solução voluntária e ágil de conflitos, instrumentos de pactuação do acordado, bem como garantia do cumprimento do acordo, são algumas das condições que favorecem o sistema de relações de trabalho baseado na negociação.

A abrangência dos acordos, ou seja, quais trabalhadores serão beneficiados pela negociação, é uma escolha fundamental, pois terá repercussão sobre a gestão das empresas, as formas de contratação e definição salarial, assim como sobre a organização e o financiamento sindical. Um sistema baseado na negociação coletiva deve garantir processos negociais do local de trabalho até o nível nacional (empresa, categoria, setor).

A relação complementar e harmônica entre a legislação trabalhista e o negociado e o papel da Justiça do Trabalho para mediação, arbitragem e solução de conflito também são partes essenciais do novo sistema.

No caso brasileiro, o sistema deve ainda considerar as profundas desigualdades de condições entre trabalhadores e empresas, o que tem impactos sobre as condições de trabalho e a capacidade real para gerar proteção laboral. A informalidade é a situação limite que expressa essa desigualdade e precisa ser enfrentada e superada.

O combate às práticas de precarização das condições de trabalho, de jornadas excessivas, de atitudes antissindicais, entre outros aspectos, deve fazer parte do desenho de um sistema de relações de trabalho que valorize a negociação.

O sistema deve também gerar compromissos com o desenvolvimento econômico das empresas e a repartição de resultados. Desenvolvimento é sinônimo de incremento/repartição da produtividade, que é fruto da complexa combinação entre o investimento na qualificação do trabalhador, a qualidade das condições dos postos de trabalho, a tecnologia empregada no processo de produção, entre outros fatores internos e externos à empresa ou organização. Para que seja efetivo, é preciso que haja instrumentos que atuem na perspectiva da pactuação de longos processos de mudança produtiva e de distribuição equitativa dos resultados.

Essas são algumas questões a serem consideradas no desenho das mudanças do sistema de relações de trabalho. Tudo isso evidencia a complexidade e repercussão econômica, política, social e cultural que as alterações podem e devem provocar. Por isso mesmo, o desenho normativo do novo sistema precisa ser resultado de cuidadoso processo de reflexão e de amplo diálogo social.

Vale insistir: uma reforma deve buscar construir uma nova cultura política nas relações laborais e, por isso mesmo, ser construída no espaço indelegável do diálogo social e de ampla negociação que inclua todos os agentes econômicos e políticos. Essa construção deve garantir compromissos com o novo modelo, capazes de conduzir a transição e gerar confiança para enfrentar as incertezas geradas pela mudança. O atual projeto destrói todas as pontes do diálogo e dos compromissos.
 
Clemente Ganz Lucio
Diretor técnico do DIEESE

Emprego formal cresce no Brasil: Setor Elétrico precisa acompanhar
Eduardo Annunciato, Chicão

Emprego formal cresce no Brasil: Setor Elétrico precisa acompanhar

Dois anos sem João Inocentini
Milton Cavalo

Dois anos sem João Inocentini

Mais empregos, melhores salários e uma produtividade virtuosa; Por Clemente Ganz Lucio
Clemente Ganz Lúcio

Mais empregos, melhores salários e uma produtividade virtuosa; Por Clemente Ganz Lucio

Mesa farta: mais direitos e dignidade
Eusébio Pinto Neto

Mesa farta: mais direitos e dignidade

Mulheres por igualdade, democracia e trabalho decente
Maria Auxiliadora

Mulheres por igualdade, democracia e trabalho decente

Metalúrgicos em Ação
Josinaldo José de Barros (Cabeça)

Metalúrgicos em Ação

Mercado de Trabalho: Avanços e Persistências; por Marilane Teixeira
Marilane Oliveira Teixeira

Mercado de Trabalho: Avanços e Persistências; por Marilane Teixeira

Indústria forte é Brasil forte!
Cristina Helena Silva Gomes

Indústria forte é Brasil forte!

Carta de Trump
João Guilherme Vargas Netto

Carta de Trump

Se está na convenção, é lei
Paulo Ferrari

Se está na convenção, é lei

O lado positivo das homologações sindicais; por César Augusto
César Augusto de Mello

O lado positivo das homologações sindicais; por César Augusto

Resistir pelos interesses dos trabalhadores!
Cláudio Magrão

Resistir pelos interesses dos trabalhadores!

PL da Devastação é carta branca para o desmatamento sem limites
Márcio Ferreira

PL da Devastação é carta branca para o desmatamento sem limites

Pelo trabalhador
Lineu Mazano

Pelo trabalhador

Uma Análise da Retórica Populista à Luz do Pensamento Marxista
Diógenes Sandim Martins

Uma Análise da Retórica Populista à Luz do Pensamento Marxista

A realidade e o retrocesso no comércio mundial proposto por Trump
Eliseu Silva Costa

A realidade e o retrocesso no comércio mundial proposto por Trump

Governo anuncia medidas para defender empresas de tarifaço dos EUA
Força 13 AGO 2025

Governo anuncia medidas para defender empresas de tarifaço dos EUA

Em plenária intersindical, Feessemg inaugura sede moderna em Contagem
Imprensa 13 AGO 2025

Em plenária intersindical, Feessemg inaugura sede moderna em Contagem

Centrais se organizam para as campanhas e mantutenção dos empregos
Força 13 AGO 2025

Centrais se organizam para as campanhas e mantutenção dos empregos

3ª Conferência Nacional Da Mulher Metalúrgica – Metalmulheres
Mulher 12 AGO 2025

3ª Conferência Nacional Da Mulher Metalúrgica – Metalmulheres

Viva a Marcha das Margaridas
Mulher 12 AGO 2025

Viva a Marcha das Margaridas

Dirigentes retomam estratégias de luta com retorno do Congresso
Força 12 AGO 2025

Dirigentes retomam estratégias de luta com retorno do Congresso

Brasil amenizará efeitos do tarifaço com novos mercados, diz ministro
Imprensa 11 AGO 2025

Brasil amenizará efeitos do tarifaço com novos mercados, diz ministro

Sindicalistas iniciam Jornada Nacional sobre reforma do IR
Força 8 AGO 2025

Sindicalistas iniciam Jornada Nacional sobre reforma do IR

Centrais sindicais SP e Dieese se reúnem para alinhar agenda legislativa
Força 8 AGO 2025

Centrais sindicais SP e Dieese se reúnem para alinhar agenda legislativa

Entidades gaúchas defendem empregos frente ao tarifaço dos EUA
Força 8 AGO 2025

Entidades gaúchas defendem empregos frente ao tarifaço dos EUA

Alerj cria grupo para debater segurança nos postos de combustíveis
Força 8 AGO 2025

Alerj cria grupo para debater segurança nos postos de combustíveis

Encontro Regional fortalece inclusão de pessoas com deficiência
Força 8 AGO 2025

Encontro Regional fortalece inclusão de pessoas com deficiência

Sindicalistas debatem desafios do setor papeleiro
Força 7 AGO 2025

Sindicalistas debatem desafios do setor papeleiro

Força e ADS pedem justiça por morte de líder da CROC
Força 7 AGO 2025

Força e ADS pedem justiça por morte de líder da CROC

Viva a Lei Maria da Penha!
Força 7 AGO 2025

Viva a Lei Maria da Penha!

Centrais sindicais debatem atuação com deputados do RJ e ES
Força 7 AGO 2025

Centrais sindicais debatem atuação com deputados do RJ e ES

Má postura no home office ainda afeta milhões: ergonomia precisa sair do escritório
Imprensa 7 AGO 2025

Má postura no home office ainda afeta milhões: ergonomia precisa sair do escritório

Frentistas do RJ retomam negociação salarial nesta sexta-feira (8)
Força 7 AGO 2025

Frentistas do RJ retomam negociação salarial nesta sexta-feira (8)

Sindnapi comemora Dia Estadual do Idoso no Espírito Santo
Força 7 AGO 2025

Sindnapi comemora Dia Estadual do Idoso no Espírito Santo

Sindnapi realiza Conferência Livre dos Direitos da Pessoa Idosa
Força 6 AGO 2025

Sindnapi realiza Conferência Livre dos Direitos da Pessoa Idosa

Emprego formal cresce no Brasil: Setor Elétrico precisa acompanhar
Artigos 6 AGO 2025

Emprego formal cresce no Brasil: Setor Elétrico precisa acompanhar

Dois anos sem João Inocentini
Artigos 6 AGO 2025

Dois anos sem João Inocentini

Força Sindical-PR terá representante na Conferência das Mulheres
Força 6 AGO 2025

Força Sindical-PR terá representante na Conferência das Mulheres

Posto é condenado por não pagar feriados a 66 frentistas
Força 6 AGO 2025

Posto é condenado por não pagar feriados a 66 frentistas

Centrais entregam propostas a Lula por soberania e empregos
Força 5 AGO 2025

Centrais entregam propostas a Lula por soberania e empregos

Hoteleiros articulam campanha salarial com apoio da Força
Força 5 AGO 2025

Hoteleiros articulam campanha salarial com apoio da Força

Justiça determina implantação da CIPA na Prefeitura de Valinhos
Força 5 AGO 2025

Justiça determina implantação da CIPA na Prefeitura de Valinhos

Sindicalista alerta sobre riscos do benzeno a frentistas durante Congresso
Força 5 AGO 2025

Sindicalista alerta sobre riscos do benzeno a frentistas durante Congresso

Jovens fortalecem sucessão rural com apoio do Sintraf-Petrolina
Força 5 AGO 2025

Jovens fortalecem sucessão rural com apoio do Sintraf-Petrolina

Mais empregos, melhores salários e uma produtividade virtuosa; Por Clemente Ganz Lucio
Artigos 5 AGO 2025

Mais empregos, melhores salários e uma produtividade virtuosa; Por Clemente Ganz Lucio

Aguarde! Carregando mais artigos...