Menu

Mapa do site

Emissão de boleto

Nacional São Paulo

Emissão de boleto

Nacional São Paulo
8 OUT 2025

Imagem do dia

Seminário Pré-COP30; FOTOS

Imagem do dia - Força Sindical

Enviar link da notícia por e-mail

Artigos

Sobre os regimes previdenciários e a reforma de Bolsonaro

quarta-feira, 22 de maio de 2019

Artigos

Sobre os regimes previdenciários e a reforma de Bolsonaro

Por: Antônio Augusto de Queiroz

O Sistema Brasileiro de Previdência é formado por três tipos de regimes previdenciários, sendo dois que adotam o regime financeiro de repartição (sem formação de reservas), conhecidos como o Regime Geral de Previdência Social (RGPS) e Regimes Próprios de Previdência Social (RPPS), e um que adota o regime de capitalização, conhecido como Regime de Previdência Complementar (RPC). Há ainda um quarto regime, que tem natureza previdenciária, ou seja, assegurar a renda nos casos de doença, invalidez, morte e idade avançada, que é o regime dos militares das Forças Armadas e das Polícias Militares e Corpos de Bombeiros Militares, mas para o qual, em alguns casos, não há contribuição do militar ativo para custeio de proventos de inatividade, mas somente da pensão militar.

O Regime Geral de Previdência Social (RGPS), administrado pelo INSS, é público e de caráter obrigatório para todos os trabalhadores do setor privado, empregados ou autônomos, os empregados públicos de empresas estatais, os servidores públicos ocupantes, exclusivamente, de cargo em comissão de livre nomeação e exoneração ou cargo temporário, e ainda os servidores ocupantes de emprego público. De amplitude nacional e caráter contributivo, possui teto de contribuição e de benefício, atualmente de R$ 5.839,45 (até janeiro de 2020) e opera exclusivamente com plano na modalidade de benefício definido.

Já os Regimes Próprios de Previdência Social (RPPS), de responsabilidade dos respectivos Tesouros (União, Distrito Federal, Estados e Municípios), são públicos e de caráter obrigatório para os servidores civis, detentores de cargo efetivo, de todos os entes federativos. Em alguns Estados, estão incluídos nesses regimes os policiais e bombeiros militares, mas, na União, não são nele considerados os militares das Forças Armadas. Os regimes próprios operam exclusivamente com plano na modalidade de benefício definido e, para os civis, cobrem os benefícios até o teto de remuneração do respectivo ente (que pode ser a remuneração de Ministro do STF, Desembargador, Governador ou Prefeito, dependendo do ente federativo). Para os servidores que ingressaram no serviço público após a instituição da Previdência Complementar, ou que aderiram a esse regime, como previsto na Constituição Federal, a cobertura é limitada ao teto do RGPS.

A União, o Distrito Federal, a maioria dos Estados e poucos municípios (muitos Munícipios optaram pelo RGPS e não adotam o RPPS), que já instituíram a Previdência Complementar, praticam o teto do RGPS como limite de contribuições e benefícios previdenciários, tanto para quem ingressou após criação, quanto para quem já era servidor antes e fez a opção pelo regime complementar. Nos Regimes Próprios de Previdência Social, até que venham a se aposentar, os servidores civis que ingressaram antes da criação do fundo de pensão e não fizeram opção pela previdência complementar, vão continuar contribuindo e recebendo benefícios com base na totalidade da remuneração, dependendo da data de ingresso no serviço púbico ou da opção pela previdência complementar. Para os militares das Forças Armadas, por não estarem sujeitos a essas regras, a União não instituiu e nem deve instituir teto, mas, segundo projeto de lei já em tramitação no Congresso, deverão passar a contribuir para os proventos de inatividade (“reforma”), já que atualmente não contribuem para esse fim, mas somente para a pensão de seus dependentes, sobre a totalidade da remuneração. Diferentemente dos civis, continuarão a se aposentar com paridade e integralidade e a deixar pensões integrais para seus dependentes em caso de morte.

O Regime de Previdência Complementar (RPC), por sua vez, é privado, possui caráter facultativo (voluntário), se organiza sob a forma de entidade aberta (bancos e seguradoras) ou entidade fechada (fundo de pensão). É autônomo em relação à Previdência Social oficial e se baseia na constituição de reservas (poupança). Seu regime financeiro, portanto, é o de capitalização. Opera com planos mistos, de contribuição definida, de contribuição variável ou de benefício definido. Nas entidades abertas, não existe a modalidade de benefício definido; no máximo, há planos que cobrem os benefícios de risco. Já nas entidades fechadas ou fundos de pensão, ainda existem planos de benefício definido, embora a maioria esteja migrando para contribuição definida. A regra, na previdência complementar, é plano de contribuição definida para a aposentadoria e, quando existir, plano misto para benefício de risco, como pensão por morte. No caso de servidores titulares de cargo efetivo, o regime complementar deve ser obrigatoriamente gerido por entidade fechada de previdência complementar de natureza pública, ou seja, não é permitida a operação por entidade privada.

A PEC 6/2019, a proposta de reforma do governo Bolsonaro, pretende modificar profundamente o sistema previdenciário brasileiro, adotando o regime de capitalização individual, sem contrapartida do empregador e da sociedade, em substituição ao regime de repartição, tanto no RGPS quanto para os servidores públicos, eliminando o caráter solidário e criando as condições para privatizar a previdência pública do País. Se prevalecer o desenho proposto, até as entidades fechadas de previdência complementar, os fundos de pensão, correm risco, porque não faz sentido existir previdência complementar num sistema em que a própria previdência básica opera em regime de capitalização em contas individuais, como é o caso da previdência complementar. Mais ainda, a PEC prevê que haverá ampla portabilidade entre a previdência fechada ou aberta, ou seja, o segurado poderá a qualquer momento mudar de uma operadora de plano de previdência para outra, segundo suas conveniências.

Antônio Augusto de Queiroz jornalista, analista político e diretor licenciado do Diap

A permanente luta contra a desigualdade no Brasil
Eusébio Pinto Neto

A permanente luta contra a desigualdade no Brasil

Energia, Trabalho e Soberania: o Brasil que queremos construir
Eduardo Annunciato, Chicão

Energia, Trabalho e Soberania: o Brasil que queremos construir

Tarifaço, Empregos e a Resposta das Centrais Sindicais no Brasil; por Clemente Ganz
Clemente Ganz Lúcio

Tarifaço, Empregos e a Resposta das Centrais Sindicais no Brasil; por Clemente Ganz

Diretores e dirigentes sindicais
João Guilherme Vargas Netto

Diretores e dirigentes sindicais

Dois anos sem João Inocentini
Milton Cavalo

Dois anos sem João Inocentini

Mulheres por igualdade, democracia e trabalho decente
Maria Auxiliadora

Mulheres por igualdade, democracia e trabalho decente

Metalúrgicos em Ação
Josinaldo José de Barros (Cabeça)

Metalúrgicos em Ação

Mercado de Trabalho: Avanços e Persistências; por Marilane Teixeira
Marilane Oliveira Teixeira

Mercado de Trabalho: Avanços e Persistências; por Marilane Teixeira

Indústria forte é Brasil forte!
Cristina Helena Silva Gomes

Indústria forte é Brasil forte!

Se está na convenção, é lei
Paulo Ferrari

Se está na convenção, é lei

O lado positivo das homologações sindicais; por César Augusto
César Augusto de Mello

O lado positivo das homologações sindicais; por César Augusto

Resistir pelos interesses dos trabalhadores!
Cláudio Magrão

Resistir pelos interesses dos trabalhadores!

PL da Devastação é carta branca para o desmatamento sem limites
Márcio Ferreira

PL da Devastação é carta branca para o desmatamento sem limites

Pelo trabalhador
Lineu Mazano

Pelo trabalhador

Uma Análise da Retórica Populista à Luz do Pensamento Marxista
Diógenes Sandim Martins

Uma Análise da Retórica Populista à Luz do Pensamento Marxista

Força Sindical integra 4º Congresso da IndustriALL em Sydney
Força 7 NOV 2025

Força Sindical integra 4º Congresso da IndustriALL em Sydney

Centrais sindicais reúnem-se para falar sobre COP 30
Força 7 NOV 2025

Centrais sindicais reúnem-se para falar sobre COP 30

COP30 e o desafio de proteger os trabalhadores diante das mudanças climáticas
Artigos 7 NOV 2025

COP30 e o desafio de proteger os trabalhadores diante das mudanças climáticas

Sindicalismo leva trabalho decente e transição justa à COP30
COP-30 7 NOV 2025

Sindicalismo leva trabalho decente e transição justa à COP30

Chicão ministra curso de negociação e fortalece formação sindical
Força 7 NOV 2025

Chicão ministra curso de negociação e fortalece formação sindical

Frentistas fortalecem fórum jurídico em Encontro Nacional
Força 7 NOV 2025

Frentistas fortalecem fórum jurídico em Encontro Nacional

Sintrabor e DIESAT: ações com foco em saúde e segurança
Força 7 NOV 2025

Sintrabor e DIESAT: ações com foco em saúde e segurança

Encontro dos Trabalhadores na COP30 reforça unidade sindical
COP-30 7 NOV 2025

Encontro dos Trabalhadores na COP30 reforça unidade sindical

Sindnapi disputa a eleição para o Conselho Municipal da Pessoa Idosa de SP
Força 7 NOV 2025

Sindnapi disputa a eleição para o Conselho Municipal da Pessoa Idosa de SP

NOTA – Justiça tributária avança: isenção de IR até R$ 5 mil e tributação maior aos super-ricos
Força 6 NOV 2025

NOTA – Justiça tributária avança: isenção de IR até R$ 5 mil e tributação maior aos super-ricos

A luta pelo tempo livre e o fim da escala 6×1
Imprensa 6 NOV 2025

A luta pelo tempo livre e o fim da escala 6×1

Juros altos são uma irresponsabilidade com o Brasil
Palavra do Presidente 6 NOV 2025

Juros altos são uma irresponsabilidade com o Brasil

Vitória da luta e pressão sindical: Senado aprova isenção do IR para R$ 5 mil
Força 6 NOV 2025

Vitória da luta e pressão sindical: Senado aprova isenção do IR para R$ 5 mil

Metalúrgicos da AGCO debatem reajuste e direitos em Mogi
Força 6 NOV 2025

Metalúrgicos da AGCO debatem reajuste e direitos em Mogi

Juros altos é irresponsabilidade com o País
Força 5 NOV 2025

Juros altos é irresponsabilidade com o País

Mulheres sindicalistas fortalecem liderança e negociação com igualdade
Força 5 NOV 2025

Mulheres sindicalistas fortalecem liderança e negociação com igualdade

Regional Guarulhos da Força SP debate sindicalismo e eleições de 2026
Força 5 NOV 2025

Regional Guarulhos da Força SP debate sindicalismo e eleições de 2026

Sintepav realiza assembleias na Bahia: PLR, Cartão Benefício e distribuição de boletins
Força 5 NOV 2025

Sintepav realiza assembleias na Bahia: PLR, Cartão Benefício e distribuição de boletins

SINTRABOR participa do 4º Congresso da IndustriALL Global Union
Força 5 NOV 2025

SINTRABOR participa do 4º Congresso da IndustriALL Global Union

Serginho reforça reindustrialização em encontro com Alckmin e Faber-Castell
Força 5 NOV 2025

Serginho reforça reindustrialização em encontro com Alckmin e Faber-Castell

Força Sindical SP prepara participação na II Conferência Nacional do Trabalho
Força 5 NOV 2025

Força Sindical SP prepara participação na II Conferência Nacional do Trabalho

Frentistas realizam Encontro Nacional e programam ações
Força 4 NOV 2025

Frentistas realizam Encontro Nacional e programam ações

Frentistas ampliam luta por mulheres, jovens e proteção trabalhista
Força 4 NOV 2025

Frentistas ampliam luta por mulheres, jovens e proteção trabalhista

Trabalhadores garantiram CCT e reajuste salarial na Ibratar
Força 4 NOV 2025

Trabalhadores garantiram CCT e reajuste salarial na Ibratar

Centrais pressionam BC por redução urgente dos juros
Força 4 NOV 2025

Centrais pressionam BC por redução urgente dos juros

Sintracon-SP promove Festa do Sócio com prêmios e diversão
Força 4 NOV 2025

Sintracon-SP promove Festa do Sócio com prêmios e diversão

CNTI expande curso e fortalece negociações coletivas no país
Força 4 NOV 2025

CNTI expande curso e fortalece negociações coletivas no país

Ministérios do Trabalho e das Mulheres apresentam 4º Relatório de Transparência Salarial
Força 4 NOV 2025

Ministérios do Trabalho e das Mulheres apresentam 4º Relatório de Transparência Salarial

Trabalhadores do setor químico, plástico e fertilizantes recebem proposta patronal
Força 3 NOV 2025

Trabalhadores do setor químico, plástico e fertilizantes recebem proposta patronal

Trabalhadores em edifícios fortalecem direitos e garante ganho real
Força 3 NOV 2025

Trabalhadores em edifícios fortalecem direitos e garante ganho real

Aguarde! Carregando mais artigos...