Menu

Mapa do site

Emissão de boleto

Nacional São Paulo

Emissão de boleto

Nacional São Paulo
29 ABR 2025

Imagem do dia

[caption id="attachment_69212" align="aligncenter" width="1024"]Veja fotos da Plenária e Caminhada da Classe Trabalhadora Veja fotos da Plenária e Caminhada da Classe Trabalhadora[/caption]

Imagem do dia - Força Sindical

Enviar link da notícia por e-mail

Educação

Escola gratuita é mais eficaz contra desigualdade que Bolsa Família, mostra estudo

segunda-feira, 2 de outubro de 2017

Educação

Escola gratuita é mais eficaz contra desigualdade que Bolsa Família, mostra estudo

Ensino público injeta R$ 106 por aluno no orçamento das famílias
Só 31 escolas públicas com alunos de baixa renda mantêm excelência no ensino desde 2011, diz pesquisaCrédito: Divulgação

Em um dos países mais desiguais do mundo, estudo inédito do economista Sergei Soares, ex-presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), mostra que a educação pública universal é ainda mais eficiente do que se imaginava para distribuir melhor a renda no Brasil. Além do efeito a longo prazo de melhorar a distribuição de renda no mercado de trabalho, aumentando o capital humano e encurtando a distância salarial, a escola pública gratuita representa injeção direta de recursos de R$ 106 por aluno no orçamento das famílias, nas contas do economista. Como a educação básica (fundamental e média) é quase totalmente pública, acaba favorecendo as famílias que estão na base da pirâmide de renda.

É a política mais importante para reduzir a desigualdade. Mesmo com todos os problemas de qualidade da educação pública, ela é altamente pró-pobre.

Soares imputou um valor para educação pública. Ou seja, mediu o quanto a educação gratuita vale em reais. Assim, levando em conta este valor, o Índice de Gini, que mede o grau de desigualdade de uma sociedade e quanto mais próximo de um, maior a concentração de renda, cairia 6,5%.

Em outras palavras: se nas contas do Gini fosse atribuído o valor monetário da educação pública, o índice cairia de 0,592 para 0,553. É uma queda equivalente à metade do recuo na desigualdade registrada no país desde 2001. Foi nesse período que a distribuição de renda no Brasil começou a melhorar. O programa Bolsa Família, política focalizada nos mais pobres, respondeu por um quarto da queda, diz Soares.

“Se o ensino primário fosse monetizado, seria mais progressivo (mais distributivo) do que qualquer fonte de renda. O ensino público pode se constituir em uma contribuição relevante do Estado para as famílias nos três ou quatro quintos inferiores da distribuição de renda”, afirma o estudo.

O economista usou as notas da Prova Brasil e do Enem para atribuir valor à escola pública. Encontrou alunos da rede pública que tinham as mesmas notas de alunos da rede privada e verificou quanto era a mensalidade nas escolas particulares correspondentes às notas dos alunos.

— A educação pública é universal, mas é mais dirigida às crianças que estão avassaladoramente entre os mais pobres. O ensino privado é um fardo financeiro substantivo apenas para os que se encontram nos dois quintos superiores da distribuição de renda, principalmente o quinto superior — diz Soares.

O economista Naércio Menezes Filho, professor do Insper, estuda esse papel da educação na melhoria da distribuição de renda. Conforme a instrução avança, diminui a diferença salarial pela formação, e a desigualdade cai. Nas suas pesquisas, constatou que, em 1995, quem tinha cursado a primeira fase do fundamental ganhava 53% a mais do que quem era analfabeto. Em 2012, essa distância caíra para 27,7%. Em 2015, já estava em 19%, com o aumento da população mais escolarizada no mercado:

— Quando o diferencial de salário é alto para aquela escolaridade, a população enxerga isso e vai estudando mais. Parte importante da queda da desigualdade tem a ver com a redução do diferencial de salário de ensino médio.

Quem tinha ensino médio completo em 1995 ganhava 64,4% a mais do que quem tinha fundamental. Essa distância baixou para 41% em 2012 e para 19,1% em 2017.

A recessão obrigou a contadora Hortência Anastácia a trocar a filha Anna Letícia, de 12 anos, de uma escola particular para uma pública. O marido, engenheiro e também contador, perdeu o emprego. Vindo de escola pública e com a filha mais velha e o enteado também na rede bancada pelo Estado, Hortência vê o ensino público como um direito a ser defendido:

— A escola pública é essencial, como diz a Constituição. É obrigação do Estado e, se ele não oferecer, muita gente, como eu, não teria como colocar os filhos na escola. No país com uma situação econômica tão difícil, com tanta gente lutando para pagar aluguel, comida, como ficaríamos sem escola pública? Ela é a base para que a sociedade fique melhor.

GARGALO NO ENSINO SUPERIOR

O gargalo ainda está nas universidades. Nessa etapa da escolaridade, Soares constatou que o ensino superior gratuito aumenta a desigualdade, por ser “um benefício massivo para a metade superior da distribuição de renda e um dos componentes mais regressivos (menos distributivos) da renda familiar”.

A faculdade é restrita no Brasil. Os ganhos dos trabalhadores que têm esse nível de instrução mostram isso. São 180% superiores aos que conseguiram concluir o ensino médio, se mantendo nesse patamar desde 2012, mostram os estudos de Naércio Menezes Filho.

Rafael Georges, coordenador de campanhas da Oxfam Brasil, ONG que lançou semana passada relatório sobre o tamanho do fosso social no Brasil, afirma que os gastos sociais são tão importantes para a redução da desigualdade quanto os programas sociais.

— Temos dois desafios importantes nessa área: reduzir a evasão escolar, principalmente no ensino médio, e aumentar o acesso à universidade.

Segundo o relatório “A distância que nos une”, da Oxfam, apenas 34,6% dos jovens de 18 a 24 anos estão matriculados no ensino superior, e a parcela total dos que efetivamente o concluem é de apenas 18%. Nos países desenvolvidos, a taxa de conclusão é de 36%. Até mesmo nos países em desenvolvimento, como Turquia e China, a parcela da população que conseguiu terminar a faculdade é de 31% e 22%, respectivamente, diz o relatório.

 

Fonte: O Globo

Últimas de Educação

Todas de Educação
Tarifaço dos EUA ameaça setor pneumático, alerta Márcio Ferreira
Força 1 AGO 2025

Tarifaço dos EUA ameaça setor pneumático, alerta Márcio Ferreira

Sindnapi itinerante leva atendimento previdenciário a Tabatinga/AM
Força 1 AGO 2025

Sindnapi itinerante leva atendimento previdenciário a Tabatinga/AM

Posse marca início da gestão 2025/2029 do Sindicato dos Metalúrgicos
Força 1 AGO 2025

Posse marca início da gestão 2025/2029 do Sindicato dos Metalúrgicos

Trabalhadores protestam contra protecionismo de Trump em SP
Força 1 AGO 2025

Trabalhadores protestam contra protecionismo de Trump em SP

Sindicato de Cruzeiro investe em energia solar e reduz custos
Força 1 AGO 2025

Sindicato de Cruzeiro investe em energia solar e reduz custos

Trabalhadores da Schioppa aprovam PLR com reajuste e folgas
Força 1 AGO 2025

Trabalhadores da Schioppa aprovam PLR com reajuste e folgas

Força Sindical realiza conferência por igualdade e democracia
Força 31 JUL 2025

Força Sindical realiza conferência por igualdade e democracia

Veja fotos da Conferência Livre de Mulheres
Força 31 JUL 2025

Veja fotos da Conferência Livre de Mulheres

Mulheres por igualdade, democracia e trabalho decente
Artigos 31 JUL 2025

Mulheres por igualdade, democracia e trabalho decente

Força convoca mulheres para 5ª Conferência por igualdade
Força 31 JUL 2025

Força convoca mulheres para 5ª Conferência por igualdade

Frentistas do RJ reivindicam aumento real nos salários
Força 31 JUL 2025

Frentistas do RJ reivindicam aumento real nos salários

Nota das Centrais Sindicais – Sanções dos EUA a Alexandre de Moraes são ataques unilaterais ao Brasil
Força 31 JUL 2025

Nota das Centrais Sindicais – Sanções dos EUA a Alexandre de Moraes são ataques unilaterais ao Brasil

Nota sobre taxa selic – Depois de Trump, o Tarifaço do Banco Central
Força 30 JUL 2025

Nota sobre taxa selic – Depois de Trump, o Tarifaço do Banco Central

Nota de Solidariedade ao ministro do STF, Alexandre de Moraes
Força 30 JUL 2025

Nota de Solidariedade ao ministro do STF, Alexandre de Moraes

Encontro Nacional reforça compromisso com trabalho seguro e saudável; ao vivo
Força 30 JUL 2025

Encontro Nacional reforça compromisso com trabalho seguro e saudável; ao vivo

Agasalho faz parte do uniforme do frentista da cidade do RJ
Força 30 JUL 2025

Agasalho faz parte do uniforme do frentista da cidade do RJ

Sintraf-Petrolina celebra Dia do Agricultor Familiar com valorização
Força 30 JUL 2025

Sintraf-Petrolina celebra Dia do Agricultor Familiar com valorização

Isalia Damacena é eleita delegada na Conferência das Mulheres
Força 30 JUL 2025

Isalia Damacena é eleita delegada na Conferência das Mulheres

Trabalhadores fazem ato contra o tarifaço de Trump e em defesa da soberania
Força 30 JUL 2025

Trabalhadores fazem ato contra o tarifaço de Trump e em defesa da soberania

Negociação coletiva protege trabalhador diante da inovação tecnológica
Imprensa 29 JUL 2025

Negociação coletiva protege trabalhador diante da inovação tecnológica

Lula sanciona lei que amplia acesso ao Crédito do Trabalhador
Imprensa 29 JUL 2025

Lula sanciona lei que amplia acesso ao Crédito do Trabalhador

Costureiras SP mobilizadas para campanha salarial 2025
Força 29 JUL 2025

Costureiras SP mobilizadas para campanha salarial 2025

Sindnapi celebra o Dia Estadual dos Aposentados no ES
Força 29 JUL 2025

Sindnapi celebra o Dia Estadual dos Aposentados no ES

Educadores protestam em Ibiúna por Piso Nacional da Educação
Força 29 JUL 2025

Educadores protestam em Ibiúna por Piso Nacional da Educação

Trabalhadores na luta
Palavra do Presidente 29 JUL 2025

Trabalhadores na luta

Metalúrgicos de SP avaliam atos pela soberania e debatem direitos
Força 29 JUL 2025

Metalúrgicos de SP avaliam atos pela soberania e debatem direitos

G20 L20 na África do Sul: Brasil destaca trabalhadores nas primeiras mesas
Força 28 JUL 2025

G20 L20 na África do Sul: Brasil destaca trabalhadores nas primeiras mesas

Caproni defende transição climática justa para trabalhadores da saúde
Força 28 JUL 2025

Caproni defende transição climática justa para trabalhadores da saúde

Traidores da pátria não ficarão impunes
Artigos 28 JUL 2025

Traidores da pátria não ficarão impunes

Força Sindical reúne lideranças para preparar II Conferência do Trabalho
Força 28 JUL 2025

Força Sindical reúne lideranças para preparar II Conferência do Trabalho

Aguarde! Carregando mais artigos...