Menu

Mapa do site

Emissão de boleto

Nacional São Paulo

Emissão de boleto

Nacional São Paulo
8 OUT 2025

Imagem do dia

Seminário Pré-COP30; FOTOS

Imagem do dia - Força Sindical

Enviar link da notícia por e-mail

Educação

Uma em cada cinco crianças de oito anos não sabe ler frases, diz MEC

quinta-feira, 26 de outubro de 2017

Educação

Uma em cada cinco crianças de oito anos não sabe ler frases, diz MEC

Governo divulgou os dados da Avaliação Nacional de Alfabetização 2014. Exame mede proficiência em leitura, escrita e matemática.
Uma em cada cinco crianças de oito anos não sabe ler frases, diz MECCrédito: Divulgação

A maioria dos estudantes do 3º ano do ensino fundamental – a idade em que termina o ciclo de alfabetização nas escolas – só consegue localizar informações "explícitas" em textos curtos. Mas uma em cada cinco crianças (22,21%) tem déficit ainda maior: elas só desenvolveram a capacidade de ler palavras isoladas, segundo dados da Avaliação Nacional de Alfabetização (ANA) de 2014, divulgados pelo Ministério da Educação (MEC) na quinta-feira (17).

De acordo com o resultado da avaliação, 56,17% dos alunos só conseguem, no máximo, localizar uma informação explícita em textos mais compridos se ela estiver na primeira linha.

A avaliação do MEC mede o conhecimento destes estudantes em diferentes níveis de três áreas: leitura, escrita e matemática. A divulgação dos resultados é feita de acordo com o número de crianças em cada um desses níveis.

Em entrevista coletiva na tarde desta quinta, o ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro, afirmou que o MEC trabalha com níveis de aprendizado adequado ou inadequado de maneira distinta em cada uma das três escalas. Segundo ele, na escala de leitura, é considerado inadequado apenas o nível 1, onde estão 22,21% das crianças. Em escrita, do nível 1 ao 3 os estudantes demonstram que não aprenderam o esperado. É o caso de 34,46% das crianças. Já em matemática, são considerados níveis insuficientes de aprendizado o 1 e o 2, onde estão 57,07% dos alunos avaliados na ANA.

Edição de 2015 cancelada
O ministro minimizou o fato de o governo federal ter cancelado, em julho, a edição deste ano da avaliação. Ele negou que o cancelamento tenha sido motivado por falta de recursos. "Foi dada muita importância ao fato de cancelarmos a avaliação de 2015", afirmou ele. "A questão não é economia de recursos, mas que os dados só estariam disponíveis nessa época. A avaliação de 2015 seria feita sem a divulgação de 2014, então não daria tempo para formular as políticas públicas", explicou.

"Quando fizermos, no ano que vem, a avaliação de 2016, teremos condições de extrair novas lições ao divulgá-la, em 2017. Na educação, mudanças de um ano para outro são, com frequência, pouco significativas. Teremos condições de identificar se há tendência sólida, e não soluço."

Na terça-feira (15), em palestra em São Paulo, o ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro, comentou os dados da ANA. "Vamos ter a condição de comparar com o anterior e vamos dizer que os dados não são uma história de sucesso", disse ele.
Entenda o exame

Em 2012, o governo criou o Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa (Pnaic), um compromisso dos governos federal, estaduais e municipais para garantir que todas as crianças estejam alfabetizadas quando concluírem o 3º ano do fundamental. A ANA, que começou a ser realizada em 2013, é feita com os estudantes em duas provas: na de língua portuguesa, há 17 questões de múltipla escolha e três de produção escrita. Na prova de matemática, são 20 questões de múltipla escolha.

Na divulgação dos dados da ANA de 2014, a primeira vez que o resultado do Brasil foi divulgado publicamente, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) não indicou quais níveis de cada escala representam aprendizado adequado.

Mas, segundo Janine, apenas os estudantes que não passaram do nível 1 preocupam o governo. "O nível 1 é francamente inadequado, a pessoa não consegue ler mais que uma palavra. Isso a gente não pode aceitar, tem que zerar. É um avanço modesto, estamos falando só de escola pública. É claro que será desejado que todos cheguem ao nível 4. Mas, a partir do 2, temos uma pessoa que está lendo e compreendendo o que lê", explicou ele.

De acordo com o governo federal, em 2014 o Brasil tinha 3.294.729 estudantes matriculados no 3º ano do fundamental, considerando as redes pública e privadas, na zona urbana e em escolas do campo.

Leitura
No caso da leitura, os níveis vão de 1 a 4, e só 11,20% dos estudantes atingiram o nível mais alto (o 4). Mais de um quinto deles (22,21%) não passaram do nível 1, onde, segundo o Inep, as crianças são capazes apenas de ler palavras com sílabas canônicas (compostas de uma vogal e uma consoante) e não canônicas.

Outros 33,96% ficaram no nível 2 e, de acordo com a escala, conseguir, por exemplo, achar informações explícitas apenas em textos curtos, ou se elas estiverem na primeira linha de um texto mais comprido. O MEC considera como exemplos de textos curtos piadas, poemas e quadrinhos, entre outros. Segundo a avaliação, textos mais extensos podem ser trechos de literatura, lendas, cantigas folclóricas ou poemas.

No nível 2, as crianças sabem reconhecer a finalidade de diferentes tipos de texto, como convite, receita, anúncio ou um bilhete, e entendem o sentido de piadas ou de histórias em quadrinhos que misturam a linguagem verbal e a não verbal.
No nível 3 estão 32,63% das crianças, diz a ANA. Nesse nível, o estudante é capaz de localizar informações explícitas no meio ou ao final de textos mais extensos, identificar onde está o pronome pessoal do caso reto em alguns textos, e fazer a relação entre causa e consequência de textos verbais ou de textos que usam linguagem verbal e não verbal.

Já no nível 4, o mais alto, onde está a menor porcentagem das crianças avaliadas, o estudante já deve ser capaz de reconhecer a relação de tempo em texto verbal e os participantes de um diálogo em uma entrevista ficcional, identificam outras estruturas sintáticas em textos curtos, como o pronome possessivo, o advérbio de lugar e o pronome demonstrativo, entendem o sentido de trechos de contos e o sentido de palavras em meio a texto mais compridos.

Escrita
A escala de escrita na ANA tem cinco níveis e, segundo o ministro, os níveis 1, 2 e 3 são considerados de aprendizado inadequado. Nele estão 34,46% dos estudantes avaliados. No nível 1 estão 11,64% dos estudantes. Isso significa, segundo o Inep, que elas "ainda não escrevem palavras alfabeticamente" e "provavelmente não escrevem o texto ou produzem textos ilegíveis".
No nível 2, em que os alunos "provavelmente escrevem alfabeticamente palavras com trocas ou omissão de letras, alterações na ordem das letras e outros desvios ortográficos", estão 15,03% dos estudantes.

Segundo a ANA 2014, 7,79% dos estudantes estão no nível 3 de escrita. Nele, a criança deve ser capaz de escrever "palavras com estrutura silábica consoante-vogal, apresentando alguns desvios ortográficos em palavras com estruturas silábicas mais complexas", e "escrevem de forma incipiente ou inadequada ao que foi proposto", ou escrevem frases, mas ainda sem conectivos, e "apresentam ainda grande quantidade de desvios ortográficos".

A maioria das crianças de oito anos avaliadas (55,66%) se encontram no nível 4 de escrita, diz o Inep. Nele, elas podem escrever com diferentes estruturas silábicas, dão continuidade a uma narrativa, mesmo que não consigam contar todas as partes da história, ou incluir todos os elementos da narrativa. Elas já usam conectivos no texto. Além disso, segundo o Inep, "o texto pode apresentar alguns desvios ortográficos e de segmentação que não comprometem a compreensão".

Uma em cada dez crianças (9,88%) atingiu o nível mais alto de escrita no fim do ciclo de alfabetização. Isso quer dizer que elas provavelmente sabem continuar uma narrativa, com uma situação central e final, articulam as partes do texto com conectivos, separam e escrevem as palavras corretamente, mas ainda podem apresentar "alguns desvios ortográficos e de pontuação que não comprometem a compreensão".
 
Matemática
Praticamente um quarto das crianças avaliadas em 2014 (24,29%) atingiram o nível 1 na escala de alfabetização em matemática, e 32,78% delas ficaram no nível 2. Ambos os níveis são considerados inadequados pelo ministro Janine Ribeiro.
Segundo o presidente do Inep, Chico Soares, há uma explicação mais complexa por trás dos resultados da prova de matemática. O desempenho dos estudantes, de acordo com ele, é impactado pelo nível de conhecimento do português, "porque os estudantes precisam interpretar aquele problema para transformá-lo em um cálculo, em um resultado".

No primeiro nível, espera-se que as crianças saibam contar até 20, ler as horas e minutos em relógio digital e comparem objetos pelo seu comprimento, entre outras habilidades. No segundo, elas também reconhecem o valor monetário de cédulos e de grupos de cédulas e moedas, identificam o registro do tempo em um calendário, completam sequências numéricas crescentes e escrevem números de dois algarismos na ordem, além de somar até três algarismos e subtrair até dois algarismos.

Já no nível 3, onde o aluno provavelmente é capaz de resolver problemas com números maiores de 20 e calcular divisões entre partes iguais, com apoio de imagem, estão 17,78% dos estudantes.

No nível 4, o mais alto da escala de matemática, estão 25,15% dos estudantes brasileiros que concluíram o ciclo de alfabetização em 2014, segundo o Inep. Neste nível, eles devem ser capazes de ler as horas e minutos em relógios analógicos, sabem ler alguns elementos de gráficos de barra, fazem operação de subtração com até três algaritmos e divisão em partes iguais ou em proporcionalidade sem auxílio de imagens.

 

Fonte: G1

Últimas de Educação

Todas de Educação
Assembleias Sintepav-BA: diálogo, negociações, PLR e mais
Força 24 OUT 2025

Assembleias Sintepav-BA: diálogo, negociações, PLR e mais

Eletricitários SP iniciam negociação com a CBA Usinas
Força 24 OUT 2025

Eletricitários SP iniciam negociação com a CBA Usinas

Força Sindical participa de intercâmbio sindical do BRICS na China
Força 24 OUT 2025

Força Sindical participa de intercâmbio sindical do BRICS na China

Trabalhadores definem pautas rumo à COP30 em Belém
Força 24 OUT 2025

Trabalhadores definem pautas rumo à COP30 em Belém

NOTA DAS CENTRAIS SINDICAIS DE APOIO E SOLIDARIEDADE AOS TRABALHADORES E AO POVO ARGENTINO
Força 24 OUT 2025

NOTA DAS CENTRAIS SINDICAIS DE APOIO E SOLIDARIEDADE AOS TRABALHADORES E AO POVO ARGENTINO

Metalúrgicos SP decidem o futuro da Campanha Salarial 2025 nesta sexta
Força 24 OUT 2025

Metalúrgicos SP decidem o futuro da Campanha Salarial 2025 nesta sexta

FEQUIMFAR reforça compromisso com sustentabilidade e inclusão social
Força 24 OUT 2025

FEQUIMFAR reforça compromisso com sustentabilidade e inclusão social

Força Sindical Bahia realiza reunião da direção nos dias 24 e 25
Força 24 OUT 2025

Força Sindical Bahia realiza reunião da direção nos dias 24 e 25

Trabalho e Meio Ambiente: DIEESE lança cartilha sobre Transição Justa e COP30
COP-30 23 OUT 2025

Trabalho e Meio Ambiente: DIEESE lança cartilha sobre Transição Justa e COP30

Força Sindical visita projetos de agricultura familiar em Petrolina
Força 23 OUT 2025

Força Sindical visita projetos de agricultura familiar em Petrolina

Sindicalistas reforçam diálogo sobre conjuntura e direitos
Força 23 OUT 2025

Sindicalistas reforçam diálogo sobre conjuntura e direitos

Longas jornadas afetam saúde e vida dos entregadores
Força 23 OUT 2025

Longas jornadas afetam saúde e vida dos entregadores

Sindicalistas da Força debatem com Lupi pautas trabalhistas
Força 23 OUT 2025

Sindicalistas da Força debatem com Lupi pautas trabalhistas

Energia, Trabalho e Soberania: o Brasil que queremos construir
Artigos 22 OUT 2025

Energia, Trabalho e Soberania: o Brasil que queremos construir

MTE cancela registros de sindicatos fora do CNES
Imprensa 22 OUT 2025

MTE cancela registros de sindicatos fora do CNES

Sintepav-BA intensifica mobilização e garante novas conquistas na Bahia
Força 22 OUT 2025

Sintepav-BA intensifica mobilização e garante novas conquistas na Bahia

Miguel Torres e Alckmin debatem Nova Indústria Brasil
Força 22 OUT 2025

Miguel Torres e Alckmin debatem Nova Indústria Brasil

Força Sindical e frentistas defendem fim da escala 6×1 no Senado
Força 21 OUT 2025

Força Sindical e frentistas defendem fim da escala 6×1 no Senado

Força Sindical SP promove reunião sobre desenvolvimento regional em Osasco
Força 21 OUT 2025

Força Sindical SP promove reunião sobre desenvolvimento regional em Osasco

Sindicato lança Plano Verão para proteger a saúde dos Eletricitários
Força 21 OUT 2025

Sindicato lança Plano Verão para proteger a saúde dos Eletricitários

TST mantém cláusula que protege porteiros contra demissões tecnológicas
Força 21 OUT 2025

TST mantém cláusula que protege porteiros contra demissões tecnológicas

Plenária Final define atuação sindical na COP30
COP-30 21 OUT 2025

Plenária Final define atuação sindical na COP30

Nova diretoria do SINDAF-DF se reúne com presidente da Força Sindical
Força 21 OUT 2025

Nova diretoria do SINDAF-DF se reúne com presidente da Força Sindical

FEQUIMFAR participa de rodada do PPR do Grupo ATVOS
Força 20 OUT 2025

FEQUIMFAR participa de rodada do PPR do Grupo ATVOS

Força Sindical do Acre exige revisão urgente nas tarifas de energia
Força 20 OUT 2025

Força Sindical do Acre exige revisão urgente nas tarifas de energia

Trabalhador vai recuperar tempo de viver com redução da jornada
Imprensa 20 OUT 2025

Trabalhador vai recuperar tempo de viver com redução da jornada

Chicão representa a Força Sindical na preparação da COP30 em Brasília
Força 20 OUT 2025

Chicão representa a Força Sindical na preparação da COP30 em Brasília

Frentistas realizam VII Encontro Nacional no Rio de Janeiro
Força 20 OUT 2025

Frentistas realizam VII Encontro Nacional no Rio de Janeiro

Senalba SP aprova pauta de reivindicações em congresso histórico
Força 20 OUT 2025

Senalba SP aprova pauta de reivindicações em congresso histórico

Intercâmbio sindical entre SISPESP e JILAF fortalece cooperação Brasil-Japão
Força 17 OUT 2025

Intercâmbio sindical entre SISPESP e JILAF fortalece cooperação Brasil-Japão

Aguarde! Carregando mais artigos...