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O presidente da Força Sindical, Miguel Torres, reuniu-se com o Ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Marcio Macêdo, nesta terça-feira (4), debater propostas para o Brasil.
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13-04-10 São Paulo (SP): Centrais intensificam luta pelas 40 horas
terça-feira, 13 de abril de 2010
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Unidas, as centrais – Força Sindical, CGTB (Central Geral dos Trabalhadores do Brasil) e CTB (Central dos Trabalhadores do Brasil) – realizaram hoje (dia 13), uma grande manifestação a favor da redução da jornada semanal de trabalho para 40 horas semanais.
Os trabalhadores saíram em passeata de três pontos diferentes da cidade: estação Paraíso do Metrô, Pacaembu e Assembléia Legislativa e se encontraram em frente a Fiesp. Metalúrgicos, costureiras, químicos, têxteis, construção civil, gráficos, frentistas, telefônicos e trabalhadores de outras categorias gritavam palavras de ordens, como ‘um, dois, três, quatro, cinco, mil ou reduz a jornada ou paramos o Brasil’.
‘Estamos intensificando nossa luta pela redução da jornada de trabalho’, disse o presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho. ‘Faz um mês que entregamos aqui na Fiesp a pauta reivindicando a diminuição das horas trabalhadas, mas os empresários não querem negociar’, declarou.
Segundo Paulinho, os empresários vêm pressionando os parlamentares para não votarem a PEC 231/95, que estabelece a jornada menor, no Congresso Nacional, alegando que esta é uma matéria que deve ser negociada entre capital e trabalho e jamais regulamentada por lei.
No entanto, ‘nós trabalhadores – de diferentes categorias – entregamos a pauta em meados de março e os patrões não marcaram as negociações’, criticou.
Após o ato, os trabalhadores decidiram acampar em frente a Fiesp. ‘Este não é nem o primeiro, nem o último ato que faremos em frente a Fiesp’, destacou Danilo Pereira da Silva, presidente da Força Sindical de São Paulo, que defendeu a mobilização dos trabalhadores para pressionar os patrões a atenderem as reivindicações dos trabalhadores.
Para Miguel Torres, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, ‘os empresários e alguns deputados se fazem de surdos, mas devemos manter a pressão para abertura de negociações’. João Carlos Gonçalves, Juruna, secretário-geral da Força Sindical, observou que sem luta ‘não conquistamos nossos direitos’.
Elza Costa Pereira, diretora financeira do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, lembrou o papel importante que Paulinho teve e tem na luta pelas 40 horas.
A tônica dos discursos dos sindicalistas foi a de que todos setores da sociedade sairão ganhando com a redução da jornada que vai gerar mais empregos. Alguns sindicalistas defenderam greve geral.
Estiveram presentes, entre outros, Cláudio Crê, presidente da Federação dos Metalúrgicos;Francisco Sales, vice-presidente da Federação dos Metalúrgicos; Jorge Nazareno, presidente dos metalúrgicos de Osasco; José Pereira, presidente dos Metalúrgicos de Guarulhos; Paulo Ferrari, presidente do Sindifícios; Luiz Carlos Anastácio , Paçoca), presidente do Sind. Dos Trabalhadores na Indústria da Alimentação de Barretos; Antonio de Sousa Ramalho, presidente do Sindicato da Construção Civil de São Paulo;
Vanderlei Roberto dos Santos, secretário-geral do Sindicato dos Frentistas; Maria Auxiliadora dos Santos, presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Brinquedos; Eunice Cabral, presidente do Sindicato das Costureiras de São Paulo e Osasco.
Vale destacar que a redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais irá gerar 2 milhões de novos postos de trabalho, segundo o Dieese.