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Força
Arnaldo Gonçalves um lutador das causas dos trabalhadores
quarta-feira, 31 de julho de 2024
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Arnaldo Gonçalves, importante dirigente do movimento sindical, metalúrgico aposentado, recebeu homenagem do Sindicato Nacional dos Aposentados no dia 14 de junho, no ato de aniversário do Sindicato.
Natural de Santos (SP), nascido em 7 de setembro de 1937, Arnaldo começou no movimento sindical na década de 1960, quando era operário da Cosipa (Companhia Siderúrgica Paulista).Entrou para a direção do Sindicato dos Metalúrgicos de Santos em uma vaga do Conselho Fiscal e chegou a presidente na década de 1970. Como presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Santos, exerceu grande influência em diversas entidades de trabalhadores, ajudando a organizar a unidade sindical da baixada santista. Foi um dos organizadores da Conclat de 1981, um dos fundadores da Força Sindical em 1991, entidade da qual foi secretário de Saúde e Segurança, e também fundador do Sindicato Nacional dos Aposentados, sendo Secretário Geral e depois Secretário Internacional da entidade.
No vídeo em homenagem a ele, vários dirigentes e personalidades do movimento falam sobre a trajetória de lutas e sobre como Arnaldo foi essencial para manter a unidade do movimento na transição democrática da década de 1980 e no pós ditadura militar.
Homenagens de dirigentes
O vídeo conta com depoimentos de Milton Cavalo, presidente do Sindicato Nacional dos Aposentados e o idealizador da homenagem, Ruth Coelho Monteiro, Secretária dos Direitos Humanos da Força Sindical e esposa de Arnaldo, Miguel Torres, presidente da Força Sindical, João Carlos Juruna, Secretário Geral da Força Sindical, Frei Chico, metalúrgico e diretor do Sindicato Nacional dos Aposentados, Enílson Simões de Moura, Sindicato dos Empregados em Centrais de Abastecimento de Alimentos do estado de São Paulo, da UGT, Aparecido Tenório (Cidão), vice-presidente do Sindiapi e Andrea Angerami, diretora do Sindicato Nacional dos Aposentados.
São depoimentos que ressaltam o protagonismo de Arnaldo Gonçalves no período dos anos de 1970 e 80 e sua militância no antigo Partidão, o PCB. Lembram dos bons acordos salariais que o sindicato conseguia na sua gestão (Cidão lembra que, como presidente do Sindicato de Santos, ele conseguiu um dos melhores acordos salariais para os trabalhadores da Cosipa. E que, além disso, ele conseguiu instituir o adicional noturno). Enfatizam também sua liderança na grande greve da Cosipa no fim da década de 1970. Lembram que ele esteve na UIL, junto com Juruna e João Inocentini, para conhecer a entidade sindical para os aposentados italiana.
Os dirigentes apontam também sua capacidade de articulação, algo essencial para organização dos trabalhadores. Segundo Miguel Torres, ele sempre ajudou diversos líderes e diversas categorias, com ideias, com participação efetiva e valorizando a unidade sindical.
Milton Cavalo lembra que conheceu o Arnaldo na época da fundação da Força Sindical, em 1991. Disse que, por sua experiência sindical e política, foi pessoa essencial na criação da central. E que ele contribuiu para que o Sindnapi se tornasse o maior sindicato de aposentados na América Latina. Por isso, é fundamental “que ele seja reconhecido como uma grande liderança”, disse justificando a merecida homenagem.
Sobre a criação do Sindicato Nacional dos Aposentados, Arnaldo, em seu depoimento para o Centro de Memória Sindical, fala:
“Começamos a perceber que o pessoal, quando aposentava, ficava abandonado. Não tinha ninguém que defendesse seus direitos. Fomos organizando nos Estados e criamos o Sindicato Nacional dos Aposentados. O pessoal da ativa simplesmente abandonava quem aposentava. Começamos pequeno e crescemos aos poucos, até ter presença em todos os Estados. A grande discussão era o reajuste dos aposentados. Porque o governo não dava reajuste. Fomos pleiteando o reajuste de acordo com a inflação do ano. Conseguimos avançar nisso. Obrigamos o governo a reajustar com a inflação e alguma coisa a mais”.
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