Menu

Mapa do site

Emissão de boleto

Nacional São Paulo

Emissão de boleto

Nacional São Paulo
29 ABR 2025

Imagem do dia

[caption id="attachment_69212" align="aligncenter" width="1024"]Veja fotos da Plenária e Caminhada da Classe Trabalhadora Veja fotos da Plenária e Caminhada da Classe Trabalhadora[/caption]

Imagem do dia - Força Sindical

Enviar link da notícia por e-mail

Força

Bicentenário da Independência: resgatar nossas lutas e nossas referências

segunda-feira, 27 de dezembro de 2021

Força

Bicentenário da Independência: resgatar nossas lutas e nossas referências

Bicentenário da Independência: resgatar nossas lutas e nossas referências
O Brasil completará em 7 de setembro de 2022 duzentos anos como nação independente. A comemoração da data nos enseja, como representantes dos trabalhadores, ressaltar o protagonismo da nossa classe e a evolução dos nossos direitos.
 
A concepção elitista da história esconde as lutas populares nos processos de emancipação e de construção nacional. Nosso desafio é, ao contrário, valorizá-las e reforçar a autoestima do povo brasileiro.
 
Embora a classe dominante tenha desde sempre manobrado para defender seus interesses, os trabalhadores, os negros e os oprimidos em geral, trilharam paralelamente uma trajetória de resistência. O choque entre as diferentes visões e os diferentes grupos sociais aqueceu o debate político nesses 200 anos e marcou a evolução do país.
 
Para começar, a independência foi proclamada em 1822 pela própria monarquia portuguesa, por Dom Pedro 1º, com a permanência do comando do Imperador e, portanto, sem a instauração de uma República. Nesse período as relações de trabalho eram as piores: trabalho escravo em larga escala nas extensas monoculturas comandadas por coronéis e barões.
 
Os escravizados e os abolicionistas protagonizaram grandes manifestações de revolta contra esse sistema, mas a abolição e o advento da República só ocorreram 66 anos depois, em 1888 e 1889, para atender a demanda capitalista por um novo modo de produção. Entre a abolição e as primeiras três décadas do século 20, mesmo com a expansão do trabalho assalariado, a mentalidade e práticas escravistas ainda prevaleciam. Tanto nas lavouras do café como nas incipientes indústrias, os trabalhadores eram explorados até o limite da sobrevivência, nos moldes das relações dominantes nos primórdios da Revolução Industrial.
 
Grandes movimentos ocorreram neste período, como a criação da Confederação Operária Brasileira (COB), em 1908, e a importante Greve Geral de 1917. O país construía sua identidade cultural, sendo a criação da Academia brasileira de letras em 1897, com Machado de Assis como um de seus fundadores e a Semana de Arte Moderna de 1922 dois grandes marcos deste processo. Amadurecia, também, politicamente, sacudido por eventos como a Coluna Prestes de 1925, que contestava a oligarquia da República Velha, e a fundação do Partido Comunista do Brasil em 1922, berço de diversos militantes e partidos de esquerda criados neste século. 
 
As mudanças que transformavam o Brasil deram base para que em 1930 o país rompesse com a velha oligarquia e entrasse de fato em uma nova fase. O governo de Getúlio Vargas criou as bases estruturais para a expansão da indústria, oficializou sindicatos e criou diversas leis de proteção ao trabalhador. Leis que, em 1943, formaram a CLT – Consolidação das Leis Trabalhistas, um marco na história do Brasil a partir do qual se constituiu a demanda para um mercado interno e os trabalhadores passaram progressivamente a serem vistos como cidadãos e não como escravos.
 
Seu governo, no entanto, não ficou livre de manifestações. Na década de 1950 o alto custo de vida que afligia o povo motivou diversas greves. A maior delas foi a Greve dos 300 mil em 1953, que uniu diversas categorias e foi base para a criação de um órgão para a produção de índices econômicos no qual os trabalhadores podiam confiar: o Dieese, criado em 1955.
 
Por sua política econômica, social e trabalhista Getúlio foi intensamente perseguido pelos grupos que descendiam dos coronéis do açúcar e dos barões do café, organizados na UDN. As pressões políticas o levaram ao suicídio, mas seu legado permanece até hoje.
 
João Goulart, ministro de Vargas e político próximo ao movimento sindical, tornar-se-ia presidente em 1961, em uma época de grande efervescência social e cultural, mas também em meio a uma grande tensão política. Foi a época do combativo CGT (Comando Geral dos Trabalhadores) que semearia no operariado a aspiração de criar entidades nacionais.
 
Dez anos depois, aquele mesmo setor que fechou o cerco em torno de Vargas deu o golpe civil-militar em março de 1964, atacando prioritariamente os sindicalistas e suas entidades. Foram muitas as ações sindicais nos 21 anos de ditadura. As greves de Contagem e Osasco em 1968, as greves que começaram no ABC em 1978, a Conclat de 1981, a greve geral de 1983, a participação nas campanhas pelas Diretas Já e pela Assembleia Nacional Constituinte. Mesmo sob a ditadura os trabalhadores evoluíram politicamente e quando veio a redemocratização, em 1985, estavam mais maduros para participar e fortalecer suas entidades. As centrais sindicais surgiram nesse processo.
 
Com o avanço da democracia, e mesmo com a perene influência daquela classe que desde o império se renova e reafirma seus interesses, conseguimos eleger em 2002 um líder operário para a presidência. Luiz Inácio Lula da Silva, metalúrgico de São Bernardo, resgatou aspirações de crescimento com participação popular. A exemplo dos golpes contra com Vargas e Jango, entretanto, desde 2016 vivemos em um ambiente em que a classe política entreguista e colonizada trama para permanecer no poder. Tivemos parte substantiva dos nossos direitos destruídos e nossas entidades foram duramente atacadas. Chegamos ao bicentenário com regressões que resgatam a mentalidade escravista, com contingentes crescentes de trabalhadores precarizados, altíssimo desemprego, subocupação, informalidade, rotatividade, pobreza, miséria e muitas formas de desigualdade.
 
Foram muitas as lutas e os eventos que merecem destaque nesses 200 anos. Nas atividades em torno desta efeméride teremos a oportunidade de dimensionar o momento histórico em que vivemos, de discutir o passado e, principalmente, o futuro que queremos para o Brasil.
 
Neste sentido, além de resgatar as lutas populares através de uma série de artigos, atividades e debates, vamos criar uma seleção de 200 nomes de personalidades que nos inspiram e que valorizaram a nossa classe. Serão trabalhadores artistas, políticos, intelectuais, jornalistas, estudantes, religiosos etc, que ajudaram a formar a vocação humanista, solidária, criativa e modernista do povo brasileiro e que representam para nós os imortais na nossa história!
 
Esta seleção deverá reafirmar a identidade de um povo que se formou no amálgama de diversas origens culturais e raciais. Um povo que aqui ressignificou seus costumes e desenvolveu outros, que nas lutas de resistência e avanços construiu parte significativa da nossa nação. O Brasil é maior e tem uma beleza que contrasta com o atraso que se instalou no Palácio do Planalto. 2022 será um ano para uma guinada que terá a contribuição de 200 nomes que fizeram a diferente na nossa história!
 
Miguel Torres, Presidente da Força Sindical
 
Ricardo Patah, Presidente da UGT (União Geral dos Trabalhadores)
 
Adilson Araújo, Presidente da CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil)
 
Oswaldo Augusto de Barros, presidente da CST (Central Sindical de Trabalhadores)

Últimas de Força

Todas de Força
“Mercado de trabalho melhorou ao longo de 2024”, aponta Dieese
Imprensa 9 MAI 2025

“Mercado de trabalho melhorou ao longo de 2024”, aponta Dieese

Frentistas de SP participam de debate sobre redução da jornada de trabalho sem corte de salário
Força 9 MAI 2025

Frentistas de SP participam de debate sobre redução da jornada de trabalho sem corte de salário

Conatenf Itinerante realiza visita técnica ao Piauí
Força 9 MAI 2025

Conatenf Itinerante realiza visita técnica ao Piauí

Saudamos o Papa Leão XIV: pela paz e inclusão social
Força 9 MAI 2025

Saudamos o Papa Leão XIV: pela paz e inclusão social

Comissão aprova projeto que facilita recusa de contribuição sindical
Imprensa 8 MAI 2025

Comissão aprova projeto que facilita recusa de contribuição sindical

Neco participa de evento sobre a experiência espanhola na contrarreforma trabalhista
Força 8 MAI 2025

Neco participa de evento sobre a experiência espanhola na contrarreforma trabalhista

9º Congresso Internacional de Direito Sindical
Força 8 MAI 2025

9º Congresso Internacional de Direito Sindical

Metalúrgicos da Top Diesel aprovam PLR e garantem grana extra
Força 8 MAI 2025

Metalúrgicos da Top Diesel aprovam PLR e garantem grana extra

Borracheiros solidarizam-se aos trabalhadores espanhóis da Bridgestone
Força 8 MAI 2025

Borracheiros solidarizam-se aos trabalhadores espanhóis da Bridgestone

Governo Federal promove seminário sobre igualdade e responsabilidade corporativa
Imprensa 8 MAI 2025

Governo Federal promove seminário sobre igualdade e responsabilidade corporativa

Irresponsabilidade social; nota sobre taxa Selic
Força 7 MAI 2025

Irresponsabilidade social; nota sobre taxa Selic

“Economia está madura para acabar com a escala 6×1”, diz Marinho
Imprensa 7 MAI 2025

“Economia está madura para acabar com a escala 6×1”, diz Marinho

Mobilização Nacional em Defesa da Competência da Justiça do Trabalho
Força 7 MAI 2025

Mobilização Nacional em Defesa da Competência da Justiça do Trabalho

Eusébio Neto defende a criação do Dia do Frentista no Congresso
Força 7 MAI 2025

Eusébio Neto defende a criação do Dia do Frentista no Congresso

Um documento histórico
Palavra do Presidente 7 MAI 2025

Um documento histórico

Químicos de Baixada Santista empossam diretoria eleita
Força 6 MAI 2025

Químicos de Baixada Santista empossam diretoria eleita

Centrais distribuem pipoca para ironizar “pipoqueiros” do BC
Força 6 MAI 2025

Centrais distribuem pipoca para ironizar “pipoqueiros” do BC

Audiência pública debate criação do Dia Nacional do Frentista
Força 6 MAI 2025

Audiência pública debate criação do Dia Nacional do Frentista

Prioridades das Centrais Sindicais em 2025: Pauta da Classe Trabalhadora, Agendas Legislativa e Jurídica
Força 6 MAI 2025

Prioridades das Centrais Sindicais em 2025: Pauta da Classe Trabalhadora, Agendas Legislativa e Jurídica

Centrais sindicais sobem o tom contra presidente do BC
Força 6 MAI 2025

Centrais sindicais sobem o tom contra presidente do BC

Mais de 32 milhões são autônomos informais ou trabalham sem carteira
Imprensa 6 MAI 2025

Mais de 32 milhões são autônomos informais ou trabalham sem carteira

Metalúrgicos de Guarulhos fazem homenagem no dia das mães
Força 6 MAI 2025

Metalúrgicos de Guarulhos fazem homenagem no dia das mães

Centrais sindicais realizam ato contra juros altos, nesta terça (6)
Força 6 MAI 2025

Centrais sindicais realizam ato contra juros altos, nesta terça (6)

Trabalhadores celebram e reforçam luta por direitos em Porto Alegre
Força 5 MAI 2025

Trabalhadores celebram e reforçam luta por direitos em Porto Alegre

Impasse na negociação; Sinpospetro-RJ cobra mais direitos para os frentistas do Rio
Força 5 MAI 2025

Impasse na negociação; Sinpospetro-RJ cobra mais direitos para os frentistas do Rio

Trabalhadores receberam homenagem em Rondônia
1º de Maio 5 MAI 2025

Trabalhadores receberam homenagem em Rondônia

CLT: quem conhece, defende
Força 5 MAI 2025

CLT: quem conhece, defende

Nota de pesar
Força 3 MAI 2025

Nota de pesar

Confira os ganhadores do 1º de Maio Unificado
1º de Maio 1 MAI 2025

Confira os ganhadores do 1º de Maio Unificado

1º de Maio Unificado 2025; AO VIVO
1º de Maio 1 MAI 2025

1º de Maio Unificado 2025; AO VIVO

Aguarde! Carregando mais artigos...