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Campanha Salarial: Acordo não sai e metalúrgicos começam greve 2ª feira
sexta-feira, 19 de outubro de 2007
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Diante da falta de um entendimento com os grupos patronais, os metalúrgicos da Força Sindical no Estado de São Paulo entrarão em greve a partir de segunda-feira, para pressionar pelo aumento salarial e garantia das cláusulas sociais da convenção coletiva.
Neste primeiro dia, os trabalhadores vão permanecer parados durante toda a manhã. As greves vão acontecer nas maiores empresas do Grupo 19-3 (máquinas, eletroeletrônicos) em todo o Estado, setor que emprega quase 50% dos 700 mil trabalhadores da categoria. Isso significa que o movimento deve envolver perto de 190 mil trabalhadores em vários municípios, Ribeirão Preto, Osasco, Guarulhos, Mococa, Jundiaí, Piracicaba, Santa Bárbara D´Oeste, Mogi Guaçu, Tupã, Araçatuba, entre outros.
Em São Paulo, o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos, Eleno Bezerra, percorrerá três empresas: 5h30, Lorenzetti (av. Pres. Wilson, 1.230, Mooca), zona leste. Depois, ele seguirá para a Voith Paper Máquinas e Equip., na zona oeste (r. Friedrich Von Voith, 825, Jaraguá), e, em seguida, para a Armco do Brasil, na zona leste (ar. Dr. Francisco Mesquita, 1.575, Vila Prudente).
Miguel Torres, secretário-geral do Sindicato, estará a partir das 5h na Cosinox Eletrodomésticos (av. Henry Ford, 204) e CNS Central (Av. Henry Ford, 1.217), Mooca.
João Carlos Gonçalves, o Juruna, secretário-geral da Força Sindical, estará às 6h na Metalfrio (r. dr. Abraão Gonçalves Braga, 427, vila Liviero), zona sul.
Na segunda-feira à tarde, o comando sindical vai fazer uma avaliação do movimento, e se os grupos patronais não apresentarem uma contraproposta satisfatória, as greves serão intensificadas, segundo Eleno Bezerra.
A categoria já recusou a única proposta salarial de 6%, do Grupo 19-3, que também quer reduzir vários benefícios da convenção coletiva, entre eles, a comissão eleitoral da Cipa (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes) e o item que prevê que apenas empregados próprios, e não terceirizados, podem fazer serviços de manutenção mecânica e elétrica.
Hoje, em mais uma rodada de negociação, com o Grupo 10 (Fiesp), os sindicatos saíram sem nenhuma oferta. Em Mogi das Cruzes, a primeira negociação com o Ciesp (Centro das Indústrias), também não apresentou novidade.
As negociações começaram no dia 25 de setembro. Foram 17 rodadas de negociação com os grupos 3 (autopeças), 19-3, 10 (Fiesp), Sindisider (siderurgia) e fundição, sem resultados positivos até agora.
A campanha salarial envolve 53 sindicatos metalúrgicos no Estado. A data-base é 1º de novembro e a categoria reivindica reajuste salarial de 12%, piso único de R$ 900, fim da terceirização ilegal, obrigatoriedade de negociação da PLR (Participação nos Lucros ou Resultados), entre outras.