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Campanhas salariais neste segundo ano de reforma trabalhista
quinta-feira, 19 de julho de 2018
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Dirigentes dos setores metalúrgico, da alimentação, borracha, químico e têxtil, com datas bases neste segundo semestre, estiveram reunidos com o presidente em exercício da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), José Ricardo Roriz Coelho, na sede da entidade, na Avenida Paulista, para debater a conjuntura e as campanhas salariais.
Participaram da reunião Marcos Araújo (alimentação), Sérgio Leite e Antonio Silvan (químicos), Sergio Marques (têxteis), Márcio Ferreira (borracheiros), Danilo Pereira (presidente Força-SP) e Miguel Torres (presidente interino da Força Sindical).
Marcos Araújo, presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Alimentação de Campinas e diretor da Federação da categoria (Fetiasp), fala sobre o encontro.
Força Sindical – Qual foi o objetivo da reunião?
Marcos Araújo – A reunião com o presidente interino da Fiesp, José Ricardo Roriz Coelho, foi de grande valia. Pudemos nos apresentar e também expor alguns pontos importantes para os trabalhadores. Discutimos com ele as questões que enfrentamos, como contribuição e representatividade, e ele foi sensível a tudo isso. Claro que dentro das limitações, porque está interino. Mas a reunião foi proveitosa. Discutimos com ele vários assuntos. Ele tem amplo conhecimento e enumerou posicionamentos sobre todas as categorias. Agora teremos de aguardar.
Pode citar algumas dificuldades que enfrentam nas campanhas salariais?
Os índices inflacionários divulgados são baixos, na nossa avaliação, porque provocam no trabalhador uma sensação de que aquilo que é feito é muito pouco. Isto dificulta para a gente ir à base exigir do trabalhador que contribuía com a entidade para fazer a manutenção daquilo que é de direito. É muito temerário. Talvez, neste momento, não é de letargia. Mas as ações devem ser desenvolvidas com passos calmos, pequenos e em conjunto. A classe trabalhadora tem de se unir sem levar em conta a ideologia. O ponto comum deve ser o trabalhador. Se, por algum motivo, eu disser que tenho uma ideia e vou implementá-la sozinho, talvez lá na frente eu tenha dificuldade. E, juntos, a gente pode ter um bloco que pode avançar.
E a mobilização dos trabalhadores continua?
A mobilização continua. Vamos muito às portas de fábrica, e em nenhum momento a gente sente repulsa por parte do trabalhador. Pelo contrário: quando você pede a ele que continue contribuindo para manter a entidade, não há problema. Mas existe, dentro deste espaço, uma expectativa. Foi criado para o patronal, um avanço para destruir tudo o que foi construído ao longo do tempo. E isto nós, enquanto sindicato, temos duas vezes no ano para ter esse contato direto com o trabalhador. A empresa tem todos os dias. É ela que contrata. É ela que demite. Esta ciranda, que a gente já tinha dificuldade, aumentou. Mas a gente vai vencer. Tenho certeza que vamos triunfar.