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Campinas(SP): Sindicato dos Metalúrgicos de Jundiaí sai vitorioso em greve
quarta-feira, 12 de maio de 2010
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A união dos trabalhadores e o pulso firme do Sindicato dos Metalúrgicos na condução das negociações foram determinantes para que a greve na Compalead, empresa de eletroeletrônicos localizada no Distrito Industrial de Jundiaí, terminasse vitoriosa. Reunidos em assembleia na tarde de sábado (8), eles decidiram encerrar a paralisação iniciada às 18 horas de quarta-feira, já que a empresa quitou o pagamento do salário para a grande maioria dos cerca de 1,3 mil empregados.
Segundo o presidente do sindicato, Eliseu Silva Costa, o depósito dos pagamentos foi feito na sexta-feira à noite e alguns poucos trabalhadores que ainda não tinham recebido o salário receberam, em dinheiro, na manhã de sábado, o que motivou, na assembleia realizada às 6 horas, a decisão de retornar ao trabalho, o que foi referendado na assembleia com o pessoal do período da tarde. ‘Há ainda pequenas pendências, mas que serão sanadas já nesta segunda-feira’, afirmou, elogiando a atuação dos trabalhadores e dos dirigentes do sindicato durante o movimento. ‘Os trabalhadores mostraram uma grande capacidade de mobilização por seus direitos e nós da diretoria do Sindicato estivemos o tempo todo o lado deles, apoiando, pressionando a empresa, negociando e, ao final, todos saíram ganhando.
Com os salários pagos, os trabalhadores ainda recebem outras garantias da empresa: pagamento dos dias parados; estabilidade para todos os trabalhadores por 30 dias; formação de uma comissão de seis trabalhadores, com estabilidade de seis meses, para apuração e discussão de todos os problemas detectados na empresa; compromisso de apurar todos os débitos referentes a horas extras e adicional noturno devidos desde janeiro para pagamento em 20 de maio.
O caso
A mobilização foi contra um erro no processamento da folha de pagamento, que fez com que cerca de 50% dos empregados recebessem apenas valores ‘simbólicos’ a título de pagamento.
De acordo com o diretor do sindicato Célio Guimarães, alguns trabalhadores chegaram a ter em seus holerites salário de R$ 9,00 a receber. ‘Houve casos de R$ 20,00, R$ 38,00, e assim por diante’, observou. Esse fato revoltou os trabalhadores, que decidiram cruzar os braços até que essa situação fosse resolvida