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Catanduva (SP): Negociação de Açúcar avança e patronal sinaliza aplicação da inflação
quinta-feira, 13 de maio de 2010
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Os sindicalistas esperavam mais, porém, ainda não foi na segunda rodada de negociação do setor de Açúcar que o acordo salarial foi firmado.
A reunião foi realizada na última terça-feira, dia 11 de maio, na Federação dos Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação do Estado de São Paulo (Fetiasp).
O presidente do Sindicato da Alimentação (Sinal) de Catanduva e região, João Agostinho Pereira, conta que a bancada patronal do setor, representada pelo Sindicato da Indústria do Açúcar no Estado de São Paulo, propôs reajuste de 5,49% nos salários, o que corresponde à aplicação integral do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). Além disso, decidiram manter cláusulas da convenção coletiva 2009/2010, como adicional noturno, hora extra e vale.
“Como não querem dar aumento real aos trabalhadores – que ficaram sem esse reajuste em 2009, devido à crise –, além de serem necessárias discussões em torno do PLR e outros benefícios sociais, a bancada profissional decidiu rejeitar a proposta”, comenta Pereira, que acreditava que as negociações seriam encerradas ainda nesta semana.
Ele considera que a reunião da última terça-feira obteve um avanço, já que o sindicato patronal optou pela aplicação da inflação.
“Era o esperado, o que estava no script; todos os anos é a mesma coisa. Eu acredito que em mais uma, no máximo, duas reuniões, teremos definições. Regionalmente, precisaremos discutir com as usinas da nossa base algumas reivindicações especificas, como a questão do tíquete, por exemplo”, afirma o presidente do Sinal.
A próxima reunião ficou agendada para a próxima terça-feira, dia 18 de maio, às 14 horas, na Fetiasp.
Campanha unificada
Em paralelo às negociações realizadas na Fetiasp, os sindicatos dos trabalhadores na alimentação, dos químicos, dos motoristas e dos trabalhadores rurais, que unificaram as campanhas pelo reajuste salarial com o setor sucroalcooleiro, estão realizando assembleias em todo o Estado de São Paulo.
Só na região de São José do Rio Preto, a estimativa é da mobilização de 200 mil trabalhadores nas quatro categorias.
De acordo com Almir Aparecido Fagundes, presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Fabricação de Álcool, Químicas e Farmacêuticas de Rio Preto e Região (Sindalquim), em entrevista ao jornal Diário da Região, os representantes das quatro categorias decidiram que nenhum dos sindicatos vai fechar acordo com índice de reajuste inferior a 10% antes do dia 30 de maio.
“Com a união, o objetivo é ganhar mais força para negociar com o patrão, que é o mesmo”, cita.
Neste mês, serão realizadas assembleias e rodadas de negociações de cada categoria no Estado. Uma delas está prevista para o próximo dia 18, na Usina Cerradinho, em Catanduva.
Segundo Fagundes, o sindicato reivindica reposição da inflação do período de maio de 2009 a abril de 2010, entre 5,5% e 6%, medida pelo INPC, mais aumento real de 6%. Também buscam pagamento da hora extra em 100% e adicional noturno em 50%, além da redução das 40 horas de trabalho semanais.
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação de Rio Preto e Região, Eurides Silva, acredita que o trabalho em conjunto fortalece as categorias. A entidade reivindica pelo menos 10% de reajuste, além de melhorias nas condições de trabalho.
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Icém, Carlos Alberto Fernandes, também diz que a negociação em conjunto é boa para os trabalhadores. Como as negociações estão começando agora, ainda não tem os índices.