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Chapecó (SC): Sindicato promete “medidas de último estágio” em caso de frustração negocial
segunda-feira, 25 de março de 2013
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Greve na construção civil não está descartada se negociação não evoluir com rapidez
Arquivo: Siticom
Aprovada por unanimidade, a proposta está sendo encaminhada à negociação
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Está decidido: sem êxito na segunda rodada de negociação, os trabalhadores da construção e do mobiliário de Chapecó decretarão greve geral. A posição foi adotada na assembleia do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e do Mobiliário de Chapecó, filiado na Força Sindical Nacional e de Santa Catarina.
Os trabalhadores aprovaram, por unanimidade, a proposta a ser encaminha imediatamente à classe patronal. A data base profissional é 1º de maio e até lá a presidente do Siticom Izelda Oro quer ver “tudo definido”. A negociação envolve dezenas de categorias dos setores das indústrias da construção civil, moveleiro, cerâmica, olaria, marcenaria e do granito.
O sentimento da classe “está muito bem determinado”, diz a dirigente sindical. Izelda antecipou que o sindicato não vai esperar “mais que duas reuniões com os patrões” para chegar ao consenso. Caso a Convenção Coletiva de Trabalho – CCT não seja fechada neste prazo a greve será iminente. Lembra que mesmo com dissídio ajuizado, os direitos dos trabalhadores “estão garantidos” conforme prevê a Súmula 277 do Tribunal Superior do Trabalho – TST.
A sindicalista explica que não se trata de “radicalismo exacerbado”, mas apenas de uma constatação. Por isso não está disposta a admitir intolerância. Ela mostra que o reajuste e os pisos estão sendo propostos “diante da realidade de 2012 e baseados naquilo que os trabalhadores já estão ganhando”.
Neste ano a CCT deve ser integralmente renovada. Entrando em vigor, as questões econômicas terão validade para um ano e as sociais, saúde e segurança do trabalhador, prazo de 24 meses. Para a construção civil 56 cláusulas foram redigidas. Algumas delas são inéditas “e muito importantes”. Uma, por exemplo, não permite que sentenciados trabalhem na iniciativa privada.
A proposta – Os trabalhadores aprovaram pedido de 15% de aumento para todos os salários a partir de 1º de maio. Alguns normativos chegam a superar a casa dos 100% de reajuste. Os pisos possuem valores progressivos com variação entre R$ 1.000 a R$ 3.000. Neste patamar é possível recuperar “um pouco” as perdas acumuladas ao longo dos anos.
Em todos os setores a produção “está acelerada como nunca”, mas a mão de obra continua “com salário de fome e amarrados às peias do capitalismo”, protesta a líder sindical. Acrescenta que o Siticom será rigoroso e não abrirá mão de bom percentual de aumento, por que precisa melhorar “a qualquer custo” o salário dos trabalhadores.