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CNTM debate comunicação sindical
quinta-feira, 19 de junho de 2008
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A CNTM - Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos realizou nos dias 17 e 18 de junho, em São Paulo, o 1º Encontro de Comunicação e Sindicalismo: que reuniu diretores e assessores de comunicação das federações e sindicatos filiados à confederação.
O evento reuniu 81 entidades, de 12 Estados brasileiros. A CNTM representa mais de 1 milhão de trabalhadores.
A abertura do encontro contou com a presença do presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, e do Presidente da CNTM, Eleno Bezerra. Em sua fala, Eleno enfatizou a necessidade de as entidades sindicais melhorarem a comunicação com as bases e com a sociedade. "Precisamos valorizar nossos setores de comunicação e ter uma mídia própria forte para contrapor a mídia tradicional que despreza as conquistas e as ações sindicais em defesa dos trabalhadores. Este encontro é um passo fundamental para encontrarmos novas formas para viabilizar nossos projetos", enfatizou Eleno.
O sociólogo e consultor sindical João Guilherme Vargas Netto, refletiu sobre a ausência do movimento sindical nos meios de comunicação e criticou: "Se os trabalhadores tem presença efetiva em todos os setores da economia nacional, por que não temos participação na mídia?". João Guilherme destacou ainda a necessidade dos jornalistas da área e as entidades sindicais debaterem internamente suas possíveis fragilidades e tomarem medidas para avançar com uma comunicação mais eficiente com as bases dos trabalhadores e com a sociedade brasileira. "É preciso fazer um contraponto à mídia tradicional e valorizar as ações dos metalúrgicos perante a opinião pública", avalia João.
Durante sua exposição, o jornalista e apresentador da TV Record Paulo Henrique Amorim ressaltou a importância de o movimento sindical abrir novas frentes de comunicação e investir, por exemplo, na Internet. Ele lembrou que cresce o número de pessoas com computador em casa e com celular, e que estes novos meios de acessar e gerar notícias estão fomentando o debate sobre a democratização dos meios de comunicação.
Paulo Henrique foi crítico ao analisar a mídia tradicional e condenou o monopólio da informação no País que, segundo ele, está nas mãos de apenas três grupos ou três famílias. "O Brasil tem três grandes jornais, que são a Folha, O Globo e o Estado de S.Paulo. O Brasil possui três agências de notícias, que são a Agência Globo, a Agência Folha e a Agência Estado".
No período da tarde, o evento contou com as palestras da professora Roseli Fígaro, da ECA-USP, e do jornalista Alberto Luccheti, da AllTV. Roseli acredita que para enfrentar o discurso das empresas o movimento sindical deve abrir novos caminhos de comunicação e voltar a interagir de forma pessoal, mais afetiva e permanente com os trabalhadores.
Luccheti, por sua vez, criticou a falta de interatividade na televisão brasileira e defendeu a utilização intensa da Internet pelo movimento sindical, como forma de promover no mundo do trabalho a interatividade entre trabalhadores, sindicatos e a sociedade.
No segundo dia de debates, 18 de junho, o encontro contou com palestras do jornalista João Franzin, da Agência Sindical, e do diretor técnico do DIEESE, Clemente Ganz Lúcio, e com o lançamento do novo site da CNTM, em exposição feita pela equipe da empresa Jaws Digital. O novo site da CNTM proporcionará que as entidades sindicais façam exposição em áudio, vídeo e fotos das atividades locais.
Para finalizar o Encontro, grupos de trabalho formados por diretores e assessores de comunicação debateram diretrizes para a comunicação em âmbito nacional da CNTM. As propostas serão encaminhadas ao Departamento de Comunicação da Confederação para serem colocadas em prática.
"Um sistema dinâmico de profissionais da comunicação é fundamental para que as notícias não fiquem limitadas apenas às entidades sindicais. Queremos que elas tenham projeção nacional, tanto pelo novo portal da CNTM/Força Sindical quanto pelos jornais das federações e sindicatos filiados", argumentou Eleno Bezerra.