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Curitiba (PR): Sem proposta, metalúrgicos da Volkswagen entram no 35º dia de greve
quarta-feira, 8 de junho de 2011
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Empresa não apresentou nova proposta, mas, pela primeira vez, demonstrou disposição em negociar e se reúne novamente amanhã pela manhã com o Sindicato
Os 3.100 metalúrgicos da Volkswagen, em São José dos Pinhais (PR), decidiram hoje (8) à tarde (08), durante assembleia, em porta de fábrica, manter a greve pela Participação nos Lucros e Resultados 2011 (PLR 2011). A decisão foi definida logo após o Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba passar aos trabalhadores o resultado das reuniões com a montadora: a empresa não apresentou nenhum avanço nas negociações e pediu um prazo até amanhã para apresentar uma proposta. Dessa forma a greve chega ao 35º dia. Na manhã desta quinta-feira (09), a Volkswagen se reúne novamente com o Sindicato. Uma nova assembleia ocorrerá na amanhã às 14h na porta de fábrica da empresa.
Durante a reunião com a Volks, o Sindicato apresentou duas alternativas de negociação para a Volks: A primeira seria discutir o valor da PLR atrelado com a discussão dos dias parados. A segunda opção seria negociar com a empresa um “Pacotão”, que incluiria PLR, data-base, abono salarial e tabela salarial. De acordo com o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba, Sérgio Butka, não é mais possível discutir PLR sem discutir os dias parados. Segundo ele, a única outra opção é a negociação do “Pacotão”, que inclua outros benefícios além da PLR.
Butka também afirmou que durante a reunião, a empresa demonstrou que quer negociar. “Nestes 35 dias, pela primeira vez sentimos disposição por parte da empresa em discutir uma proposta. Esperamos que até o final de semana seja possível fechar um bom acordo para os trabalhadores”, afirmou.
Prejuízo chega a R$ 1 bilhão
Segundo a própria Volkswagen, o prejuízo da montadora já chega a R$ 1,1 bilhão. Nesses 35 dias, 21.310 carros dos modelos Fox, Crossfox, Golf e Fox Europa, deixaram de ser produzidos.
23 mil trabalhadores afetados
A greve já afeta 23 mil trabalhadores, entre diretos, tercerizados, fornecedores e distribuidores. Algumas empresas já deram férias coletivas aos seus trabalhadores.
Concessionárias sentem o efeito da paralisação
Nas concessionárias o efeito da greve já é sentido. Só a Corujão, do Paraná, diz que deixou de faturar 12% devido a falta de carros, principalmente da marca Fox.
Reivindicação dos trabalhadores
Os trabalhadores querem uma PLR de R$ 12 mil com valor mínimo de R$ 6 mil para a 1º parcela. Além disso, a empresa deve assumir os dias parados.