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Em Minas, Químicos integram setores e obtém alinhamento à CNTQ
segunda-feira, 2 de junho de 2014
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LAGOA SANTA/MG – Destacando a crescente contribuição do setor na Força Sindical, o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores no Ramos Químico (CNTQ), afirmou a validade na promoção do Encontro Nacional dos Setores Químicos da Central, realizado dias 29 e 30 de maio, no auditório do Ramada Airport Hotel, na cidade de Lagoa Santa, Região Metropolitana de Belo Horizonte.
O sindicalista elogiou o trabalho desempenhado pelo Sindicato dos Químicos, e Plásticos e Farmacêuticos de Belo Horizonte e Região (SindLuta) no avanço da organização do setor em Minas, acentuado pela criação de novas entidades em áreas descobertas de representação e a criação da Federação Democrática dos Trabalhadores nas Indústrias Químicas, Plásticas e Farmacêuticas de Minas Gerais, presidida por Carlos Cassiano, secretário geral do SindLuta e secretário regional da CNTQ, pela região sudeste.
Na visão de Sivan, o fortalecimento segmento em Minas reflete no progresso do setor no Brasil, lembrando a consolidação do que vem sendo feito nos estados de São Paulo, Goiás, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, assim como no Rio de Janeiro e Espírito Santo. Para ele, a caminhada da CNTQ, iniciada há sete anos, foi diagnosticada no encontro de Lagoa Santa, “de maneira favorável e promissora”. Saudando o papel organizador da Secretaria Nacional do Setor e da Força Sindical, o presidente da Confederação manifestou apoio à posse de Vandeir Messias na presidência da Força mineira, “até o final do mandato”.
Larri dos Santos, presidente da Federação dos Trabalhadores nas Indústrias Químicas e Farmacêuticas do Rio Grande do Sul (Fequimfars), lembrou que quando se ouve falar em confederação e central sindical, surge o receio de invasão do espaço, especialmente quando não há clareza sobre o movimento. Resgatou o receio ao ser convidado para compor a CNTQ, temendo ingerência sobre as instituições. “Hoje, depois de ajudarmos a fundar a Confederação, estamos satisfeitos com o papel que está sendo desempenhado pela entidade e passamos a debater a validade de filiação a uma central, propiciando a participação que temos na Secretaria Nacional do Setor Químico (SNQ), que nos tornaram outras pessoas e nos transmitiram novos conhecimentos”, declarou.
Assim como Antonio Silvam Oliveira, presidente da CNTQ, que convidou os Químicos de São Paulo a ingressar nas fileiras da entidade, Vandeir Messias, segundo vice-presidente da Confederação, estendeu o convite para que o presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Artefatos de Borracha de Minas Gerais (Sintibor/MG), Paulo Antonio da Silva, viesse a participar do grupo. Ele parabenizou os componentes do ramo químico pela atuação em nível nacional, enfatizando que os problemas devem ser resolvidos pelos próprios integrantes do setor.
Último a se pronunciar no encontro, Herbert Passos Filho, Secretário Nacional do Setor Químico, destacou o caráter dinâmico do sindicalismo, “de sempre reiniciar processos de luta e resolver problemas”. O dirigente qualificou como positiva a ideia de integrar os setores diferenciados como Papel, Borracha, Brinquedo, Alcool e outros, para obter alinhamento e fortalecer a Confederação.
Em dois dias, o Encontro Nacional dos Setores Químicos da Força Sindical se voltou para o tema da organização setorial, em painéis intitulados “Panorama da Cadeia Produtiva do Setor Químico na Brasil”, “Formação Profissional Frente às Inovações da Cadeia Produtiva do Setor”, “Políticas da Central para Organização e Fortalecimento dos Sindicatos Filiados”, “Programa Nacional de Organização da Cadeia Produtiva do Setor”, e “Ampliação das Conquistas dos Trabalhadores e Compromisso da CNTQ”.
Químicos dão um passo importante na organização do setor
LAGOA SANTA/MG – A expressão do Encontro Nacional dos Setores Químicos da Central, realizado dias 29 e 30 de maio, no auditório do Ramada Airport Hotel, na cidade de Lagoa Santa, Região Metropolitana de Belo Horizonte, foi ressaltada por Herbert Passos Filho, Secretário Nacional dos Químicos e diretor da Força Sindical de São Paulo. Entre as normas gerais definidas, destaque para o tema da organização sindical e o combate às práticas antissindicais, que se manifestam toda a vez que o movimento sindical se fortalece. Como metas básicas, a organização global do sindicalismo e o foco na questão da medicina e segurança no trabalho.
Ao fazer referência à forma como os Químicos vão se organizar dentro da Força Sindical, Passos fez menção à posição ocupada por Danilo Pereira da Silva, presidente da Força Sindical de São Paulo e vice-presidente da Federação dos Químicos e Farmacêuticos do mesmo estado (Fequimfar) e à presidência da Força Sindical de Minas Gerais, que será assumida por Vandeir Messias no começo de junho. “Dentro da Central, o setor é o segundo em organização”, ratificou.
MISSÃO SINDICAL – Na opinião de Herberto Passos Júnior é expressiva a missão de Vandeir Messias, que presidente o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Químicas, Plásticas e Farmacêuticas de Belo Horizonte e Região (SindLuta) é o primeiro vice-presidente da Federação Democrática dos Trabalhadores nas Indústrias Químicas, Plásticas e Farmacêuticas de Minas Gerais e o segundo vice-presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores no Ramo Químico (CNTQ). Carlos Cassiano, secretário geral do SindLuta e presidente da Federação, ocupa o cargo de secretário regional da CNTQ, pela região sudeste.
Passos classificou Minas Gerias como “o estado mais político do Brasil” e como tal “o local apropriado para desenvolver ações avançadas em termos de política sindical, para interferir no futuro do País”. Para ele, o movimento sindical deve se organizar com a mesma rapidez com que o capital se organiza, especialmente em um momento no qual o Brasil já vive o clima eleitoral, o que cobra do movimento sindical um grau de organização que possibilite expressar a vontade dos trabalhadores do setor, quanto à aposentadoria – praticamente perdida – a questão da insalubridade nos locais de trabalho e o tempo perdido na locomoção entre a casa do empregado e a empresa, e vice-versa. “São questões cidadãs que o movimento trabalhista deve abordar no âmbito da sociedade e daqueles que desejam brigar por nossos votos”, concluiu.
SINDICALISMO DE BASE – Anfitrião do evento, Vandeir Messias destacou o papel da CNTQ, presidida por Antonio Silvan Oliveira, que faz parte da estrutura vertical do sindicalismo no Brasil, mas cuja atuação é diferenciada, atuando no campo horizontal, desde os sindicatos de base e as federações.
“Não pretendemos estar instalados em palácios ou castelos para receber os trabalhadores e aqueles que os representam”, afirmou, dizendo que “a nossa representação é direta e a representação que fazemos parte dos sindicatos, federações e ambientes comuns em que o todos podem ser recebidos e em tratados”. Para Messias, “devemos sair deste encontro mais comprometidos com a luta empreendida pela CNTQ, o Setor Químico da Força e das demais centrais que acompanham o grupo do qual participamos”.
O segundo vice-presidente da Confederação reafirmou o papel de vanguarda dos sindicatos, ratificando a função de estar presente nas ações diárias na base, junto ao trabalhador. “Será preciso resgatar os trabalhadores para dentro dos sindicatos e superar o distanciamento ainda existente”, disse, concluindo que “tal realidade tem facilitado a ação de órgãos, como o Ministério Público, que se julgam competentes para interferir, desrespeitando a Constituição Federal, que veda tais atitudes”.
O sindicalista reforçou o apelo para a consciência que motivou um encontro daquela proporção, apontando o grupo como um ponto de referência para todos os setores e centrais sindicais. “Quanto mais abertos e mais relacionados uns com os outros, será melhor para todos”, considerou Vandeir Messias.
COPA CARA – Maria Auxiliadora dos Santos é Secretária Nacional da Mulher da Força Sindical e considerou a promoção do evento importante não apenas para os Químicos, mas também para os Papeleiros, Borracheiros e os Vidreiros, pois reúne e conscientiza os dirigentes para a verdadeira representação dos trabalhadores. Ela identificou a perda de identificação de alguns sindicalistas com a base, fato que enfraquece a luta geral da população.
Quanto à expectativa popular para o segundo semestre, a sindicalista externou a esperança por melhorias após a Copa do Mundo de Futebol, que é um momento especial para o Brasil, que sedia um evento observado por todo o planeta. “No entanto – enfatizou Maria Auxiliadora – somos contra os gastos exorbitantes feitos na instalação da infraestrutura, que consumiu recursos que fazem falta nas áreas da saúde, educação e transporte”.
PAPEL DA FORMAÇÃO – A importância de formar os dirigentes sindicais que representam os trabalhadores, no contexto de transformação em que se encontra o movimento sindical, cobra a presença constante de sindicalistas competentes e conhecedores das obrigações e direitos. Com tais palavras, Cesar Augusto de Melo, consultor Jurídico da Confederação Nacional do Ramos Químico (CNTQ), resumiu a intensão do Secretariado Nacional dos Setores Químicos da Força Sindical (SMQ) em reunir lideranças de todo o país.
No entendimento do presidente da Comissão Especial de Direito Sindical da Ordem dos Advogados do Brasil, de São Paulo (OAB/SP), para que o sindicalista possa desempenhar tal representação, de forma ampla, é preciso que esteja ciente dos fatos e acontecimentos da economia, política e direito. “Um evento como este – disse – traz ao debate temas que estão em pauta, como terceirização e o procedimento adotado pelo Ministério Público em relação aos sindicatos”, considerando que o sindicalismo se prepara para representar melhor os trabalhadores.
Precisamos estar atentos para ingressar na Justiça como Amigos da Corte no processo, para que possamos defender os trabalhadores e evitar que o Supremo Tribunal Federal (STF) venha a dar uma interpretação ampla à terceirização e, eventualmente, admitir que haja um processo de terceirização de uma forma geral, na qual tenhamos duas categorias: os trabalhadores terceirizados e os tomadores de serviços terceirizados. È necessário que o movimento sindical se organizem e vão ao STF alertar para o prejuízo que esse processo pode causar a milhões de trabalhadores.