
Exploração de petróleo na Margem Equatorial pode gerar empregos no Pará
Autoridades destacam o impacto positivo da exploração de petróleo na região, com foco na geração de empregos, qualificação profissional e benefícios para a economia local – Foto: Wagner Santana
Na manhã desta segunda-feira (24/03), o SENAI Getúlio Vargas, em Belém, sediou o seminário “Amazônia em Debate – A Exploração do Petróleo e a Urgência do Desenvolvimento Local”.
O evento, realizado pela Força Sindical do Pará e apoiado pela Federação das Indústrias do Estado do Pará (FIEPA), reuniu autoridades, especialistas e lideranças políticas para discutir os desafios e as oportunidades de desenvolvimento econômico e geração de empregos trazidos pela exploração do petróleo na Margem Equatorial da Amazônia.
Oportunidade de desenvolvimento econômico
José Maria Mendonça, presidente do Conselho Temático de Infraestrutura da FIEPA (Federação das Indústrias do Estado do Pará), destacou o enorme impacto que a exploração de petróleo pode ter na economia do Pará.
De acordo com ele, além dos benefícios diretos para o estado, o Amapá também se beneficiará significativamente com novos investimentos e oportunidades de negócios.
“O impacto para o Pará é fantástico, mas o Amapá verá um avanço ainda maior. Esse projeto pode ser a chave para romper com o paradoxo de um estado rico com uma população em grande parte empobrecida”, afirmou Mendonça.
A exploração de petróleo na região, para ele, pode atrair novas empresas, criar uma rede de negócios e trazer investimentos essenciais para o desenvolvimento local, conforme ressaltou.
“Onde há dinheiro, há empresários. E com os investimentos, surgem empregos e oportunidades para todos”, completou.
Geração de empregos e qualificação profissional
A exploração de petróleo não só trará recursos financeiros, mas também será um motor para a criação de milhares de empregos na região.
Zequinha Marinho (Podemos), senador paraense, ressaltou que o processo de exploração exigirá uma qualificação profissional significativa, criando uma demanda por trabalhadores capacitados para atuar nas novas indústrias e empresas que surgirão.
“Com a operação da Petrobras, certamente haverá uma grande necessidade de qualificação profissional para as funções específicas dessa indústria, e os governos do Pará, Amapá e Maranhão estarão prontos para atender essa demanda”, afirmou Marinho.
Além disso, João Carlos Gonçalves, mais conhecido como Juruna, secretário geral da Força Sindical do Brasil, frisou a importância de preparar os trabalhadores locais para as novas oportunidades.
Ele destacou que o seminário tem o objetivo de capacitar a força de trabalho para que possa participar ativamente da implementação dos novos projetos e da COP 30, abordando a importância de integrar a exploração sustentável com o desenvolvimento social e econômico.
“A questão da exploração do petróleo traz, por exemplo, a possibilidade de termos aqui na região vários profissionais para esse trabalho – a possibilidade de trabalhadores com mais qualificação profissional, engenharia, geógrafos, todo tipo de trabalho especializado poderia ser atraído para essa região”, defendeu Gonçalves.
Sustentabilidade e benefícios sociais
Apesar das preocupações ambientais, as lideranças políticas e empresariais presentes no seminário demonstraram confiança de que a exploração do petróleo poderá ser realizada de maneira sustentável.
O senador Lucas Barreto (PSD), do Amapá, lembrou que a Petrobras possui um histórico de responsabilidade ambiental, com mais de 1.100 poços perfurados sem incidentes, o que garante um alto nível de segurança na operação.
“A Petrobras é uma das empresas mais qualificadas em sustentabilidade no mundo. Podemos confiar na expertise da companhia”, afirmou.
O impacto positivo será visível, também, em áreas como educação e saúde, com recursos provenientes dos royalties gerados pela exploração do petróleo. Segundo Barreto, o Amapá criará um fundo que financiará a educação e a formação tecnológica, fortalecendo as universidades estaduais e garantindo mais autonomia para a região.
Desafio da integração entre meio ambiente e desenvolvimento
Os participantes do seminário concordaram que o debate sobre a exploração de petróleo na região amazônica precisa ser equilibrado, levando em conta tanto as necessidades ambientais quanto às oportunidades de desenvolvimento econômico.
Para Allan Kardec Duailibe, presidente da Companhia Maranhense de Gás (GASMAR), é essencial que o Brasil defina claramente os objetivos com relação à exploração dos recursos da Margem Equatorial, aproveitando a experiência de outros países que souberam integrar a exploração de petróleo ao desenvolvimento sustentável.
Mendonça, por sua vez, reforçou que os benefícios sociais e econômicos são fundamentais para garantir que a exploração do petróleo não seja vista como uma ameaça ao meio ambiente, mas como uma oportunidade de transformar a vida dos paraenses e amapaenses, garantindo uma melhora nos índices de qualidade de vida e uma economia local aquecida.
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