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Fetiaesc negocia aumento salarial para 70 mil trabalhadores de SC
terça-feira, 1 de julho de 2008
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Chapecó (1/672008) – O setor de carnes - integrante do Grupo da Alimentação - emprega cerca de 70 mil trabalhadores em Santa Catarina. Esse conjunto de profissionais viabiliza, através de sua produção, os mais expressivos dados econômicos para o Estado. O salário da categoria está sendo definido pelos sindicatos, com decisiva participação da Federação dos Trabalhadores nas Indústrias de Carnes e Alimentação de Santa Catarina – Fetiaesc. No total a entidade representa 150 mil profissionais de todo o grupo.
O presidente da Federação, (também do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Carnes de Chapecó (SC) – Sitracarnes) Miguel Padilha, cumpre frenético roteiro pelo estado para atender as exigências provocadas pelas negociações. Os índices de reajuste que vem sendo fechados "estão dentro das expectativas", explica o dirigente sindical. "O importante é que estamos conseguindo ganhos reais melhorando o poder aquisitivo dos trabalhadores", comemora. Os percentuais influenciam diretamente não apenas no salário, mas em todos os demais benefícios a curto e longo prazo como, por exemplo, na aposentadoria.
A Fetiaesc e os respectivos sindicatos negociam com as principais agroindústrias do país, como os grupos: Sadia, Perdigão, Cargil e Aurora. O consenso só não foi alcançado ainda com o complexo Perdigão, "mas deveremos fechar o acordo nos próximos dias", prevê Padilha. O presidente da Federação acredita que o entendimento mantido com as demais empresas servirá de embasamento "e vai influenciar nesta específica negociação ainda pendente".
Desconhecimento – Os trabalhadores não vendem, mas produzem unidades que formam a relação das principais exportações catarinenses, compostas por produtos carneos. Isso significa que a categoria, "mesmo com a sociedade não tendo noção disso, também é responsável pelo bom desempenho da balança comercial brasileira". Mostra que o trabalhador da agroindústria "é um empreendedor braçal por excelência" devido à atividade que desenvolve.
O aumento salarial influencia diretamente no desempenho de vários outros setores por que o trabalhador, na condição de consumidor, "vai comprar mais". Miguel Padilha mostra que existe automático aquecimento da economia e o comércio lojista é um dos maiores beneficiados com a entrada de mais dinheiro no mercado. Ele não tem valor quantitativo ou absoluto, mas argumentos suficientes para acreditar que a majoração salarial "joga" milhares de reais na economia do Estado.