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Força Minas denuncia intenção da reforma e cobra fim das isenções fiscais
segunda-feira, 27 de junho de 2016
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Liderados pelo presidente Vandeir Messias, sindicalistas da Força Minas compareceram em número expressivo na audiência pública, convocada para debater alterações nas regras da seguridade e previdência social, reuniu parlamentares, sindicalistas e representantes do movimento social na condenação à tentativa de reforma, em evento concorrido, que foi realizado no Plenário da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), na tarde de 23/06.
Carlos Cassiano, presidente da Federação Mineira dos Trabalhadores nas Indústrias Químicas, Plásticas, Farmacêuticas e de Fertilizantes (Femquifert) diferenciou reforma previdenciária de reforma dos benefícios e acusou o governo interino de Michel Temer de pretender a segunda opção. O sindicalista frisou que reformar benefícios significa retirar direitos de trabalhadores, aposentados e pensionistas, sem agregar valor ao segmento.
COBRAR SONEGADORES E DAR FIM ÀS ISENÇÕES
Cassiano manifestou concordância com uma reforma de teor previdenciário, em que o governo criasse mecanismos de segurança para cobrar os sonegadores do sistema e desse fim às isenções fiscais de empresas, dizendo que, somente em 2015, o montante de isenções somou R$ 65 bilhões e que está prevista a isenção de mais R$ 56 bilhões. Para ele, assim é formado o chamado “rombo” nas contas da Previdência, que motiva a intensão de descontar tal déficit sobre os trabalhadores.
Propostas como a ampliação a idade mínima para a aposentadoria, inclusive das mulheres; a nivelação entre aposentadorias rurais com urbanas, além do aumento da contribuição previdenciária e a redução do valor dos benefícios para abaixo do salário mínimo, são parte do mesmo raciocínio, repudiado veementemente por sindicalistas e o conjunto do movimento social.
PREVIDÊNCIA NO PROJETO DE “ESTADO MÍNIMO”
A presidente da Central Única dos Trabalhadores de Minas Gerais (CUT–MG), Beatriz Cerqueira, afirmou que especialistas já demonstraram que não há necessidade de promover reforma na Previdência. O que pretende governo de Michel Temer – classificado por ela de “golpista e ilegítimo” é executar um projeto de “estado mínimo”, que visa privatizar a Previdência e o Sistema Único de Saúde (SUS), a educação básica pública e diminuir o tamanho das universidades federais, assim como investimento na área de saúde. Para ela, o tensionamento, que já ocorria, segue com o plano “Ponte para o Futuro”, que é um programa articulado para reduzir o tamanho do estado e retirar direitos, como pretende a reforma trabalhista, na qual o negociado deve prevalecer sobre o legislado, e que a terceirização avance ainda mais.
Dizendo que a venda da Petrobras está em curso, a sindicalista vê o momento como de resistência de denúncia e de diálogo com a população