
Frentistas do RJ lutam por aumento real nos salários
Para assegurar direitos garantidos na Convenção Coletiva, dirigentes sindicais realizam manifestações há um mês em postos da Baixada Fluminense, Costa Verde e no Sul do Estado.
O presidente Eusébio Pinto Neto esteve em Duque de Caxias, convocou os trabalhadores à união e reforçou que sem luta não há aumento real nos salários.
A mobilização continua nesta terça-feira, com ações na Baixada Fluminense. Eusébio destacou a importância da unidade para pressionar os patrões e fortalecer a campanha salarial.
O dirigente enalteceu a categoria que trabalha exposta a riscos químicos, tóxicos, sol e chuva, garantindo lucros às empresas enquanto luta por melhores condições.
Ele afirmou que oito dias de trabalho mensal garantem salários, enquanto vinte e dois dias restantes geram lucros expressivos, revelando desigualdade entre esforços dos frentistas e ganhos patronais.
Mesmo após flexibilizações, o patronal não cedeu. Na última reunião, ofereceu reajuste de 5,7% e aumento no tíquete-alimentação, condicionando à extinção do abono.
O sindicato rejeitou a proposta, ressaltando que o tíquete digno é um direito básico. Além disso, o aumento salarial oferecido não atende às necessidades da categoria.
O Sinpospetro-RJ reivindica 7,5% de reajuste salarial, 20% no vale-alimentação, 10% no abono e gratuidade no transporte, assegurando conquistas essenciais para os trabalhadores.
Eusébio Neto alertou que, sem aumento real, em menos de dois anos o piso da categoria ficará abaixo do salário mínimo, prejudicando duramente os frentistas.
A data-base da categoria está garantida. Portanto, tudo que for conquistado será pago retroativamente a 1º de junho, reforçando a importância da mobilização permanente.
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