Imagem do dia
[caption id="attachment_69212" align="aligncenter" width="1024"] Veja fotos da Plenária e Caminhada da Classe Trabalhadora[/caption]
Enviar link da notícia por e-mail
Força
Itajai (SC) : Ano será de negociações pelo emprego
quarta-feira, 14 de janeiro de 2009
Força
Com ganhos reais em 2008, desafio será em manter os empregos em época de crise
Com até três pontos percentuais de ganho real nas negociações priimeiro semestre ano passado, dirigentes sindicais entram 2009 com a difícil tarefa de encarar a crise, que tem previsões de chegar com força total no primeiro trimestre e deverá, pela primeira vez, ser sentida diretamente no mercado de trabalho.
Para estancar uma possível perda em massa de empregos, empresários e sindicalistas deverão sentar e negociações para evitar que o trabalhador seja prejudicado, após as férias coletivas concedidas no final de 2008, como primeira medida para evitar demissões.
Após um ano de aumentos reais, com índices acima dos 9% em alguns casos, o céu de brigadeiro em que vinha as negociações de 2008 nublou após a crise mundial, e a garoa que ameaçava o Brasil no final do ano passado, está se transformando em um ciclone extra tropical, sem previsões reais e definidas do estrago que pode fazer a Santa Catarina no primeiro trimestre do ano, de acordo com especialistas, deverá ser o pior momento com reflexos fortes no mercado de trabalho. "Podemos esperar para 2009, um ano muito difícil para o sindicalismo e para os trabalhadores", declarou Osvaldo Mafra, presidente da Força Sindical de SC.
Para Mafra, a situação do reflexo da crise já começou a ser sentida em diversos setores da economia catarinense, com demissão em massa na metalurgia e com a previsão de redução em 20% do quadro de trabalho no agronegócio. "A prioridade agora será em manter os postos de trabalho e evitar maiores prejuízos ao trabalhador", revelou. A exemplo das medidas adotadas entre empresários e sindicalistas ao redor do mundo, em Santa Catarina deverá haver um pacto em prol do emprego. "A Força Sindical e os seus filiados estarão recorrendo ao diálogo com empresários para reverter ou postergar demissões", finalizou Mafra.
Negociações devem ser urgentes
Segundo Osvaldo Mafra, a previsão de demissões já foi anunciada pelas empresas, o que deverá antecipar rodadas de negociações com o setor patronal. "Quando nós falamos em perder emprego, temos que ser incisivo e contundentes em defesa dos trabalhadores. O contato com empresários tem que iniciar imediatamente e com urgência. Há empresa de telecomunicações e tecnologia quer demitir 600 trabalhadores no momento. O setor da agroindústria constatou que precisa reduzir 20% do seu quadro funcional. Nós temos que achar medidas cabíveis para evitar que essas demissões ocorram em Santa Catarina.