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O presidente da Força Sindical, Miguel Torres, reuniu-se com o Ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Marcio Macêdo, nesta terça-feira (4), debater propostas para o Brasil.
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Mais de mil na assembléia da Perdigão
segunda-feira, 28 de abril de 2008
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Existiu um tempo em que as grandes massas de trabalhadores reunidos para ouvir os sindicatos eram privilégio dos grandes centros, como São Paulo e ABC Paulista. Em Videira, cidade de Santa Catarina com cerca de 50 mil habitantes, o Sintricavi (Sindicato dos Trabalhadores de Carnes e Derivados de Videira, recebeu mais de mil trabalhadores para discutir as propostas de reajuste para o ano de 2008. Reunidos no Centro Recreativo Grêmio Esportivo Floresta, os funcionários da Perdigão aprovaram por unanimidade as propostas apresentadas pelo dirigente do sindicato, Francisco Tomazzoni e pelo presidente da Força Sindical de SC, Osvaldo Olávio Mafra.
A assembléia aconteceu às 9h do último domingo, 27, e lotou o salão de festa do centro recreativo da cidade. Sem mais cadeiras para sentar, muitos dos trabalhadores acompanharam em pé, o rol de negociações que será apresentado à direção da Perdigão de Videira. “Não é fácil parar a empresa. Muitos saíram (da Perdigão) e vieram direto para cá”, disse Tomazzoni. Com vários benefícios conquistados nos últimos anos pela direção, como cesta básica, o presidente do sindicato focou, neste ano, o aumento do salário. “Nós precisamos é de salários para o trabalhador. Nós precisamos empurrar nosso piso, porque o salário tem muito desconto e ninguém quer ver funcionário insatisfeito”.
Com uma projeção da inflação em torno dos 6% até o mês de junho, data base da alimentação, a percentual inicial que será discutido com a empresa será um reajuste de 10% nos salários, além da elevação dos pisos para R$ 525 o inicial e R$ 600 reais para quem for efetivo. “Precisamos fazer em SC uma padronização do piso da agroindústria. Vamos pedir um reajuste e vamos brigar por isso. O trabalhador daqui é o que mais gera produtividade. Por que o salário não pode seguir o mesmo patamar?” questionou Mafra que apontou. “Vamos precisar da paciência de todos, porque não sabemos até quando vamos negociar para melhorar o salário”.