
Negociação dos frentistas do RJ segue sem acordo salarial
Sete mil trabalhadores de postos e lojas de conveniência do Rio de Janeiro discutiram em assembleia, no dia 31 de agosto, os rumos da negociação salarial.
A assembleia ocorreu um dia antes da nova rodada de negociação, marcada para 1º de setembro, reforçando a expectativa da categoria por avanços concretos.
A comissão de negociação do Sinpospetro-RJ reivindicou 7,5% de aumento salarial, vale-alimentação de R$ 613,12, abono salarial e gratuidade no vale-transporte.
Em contrapartida, o Sindicato Patronal ofereceu 5,7% de reajuste sobre as cláusulas econômicas e a ampliação da pré-aposentadoria de 12 para 18 meses.
No entanto, os patrões rejeitaram a criação da função “frentista-caixa”, ponto considerado essencial pelo sindicato para garantir direitos trabalhistas da categoria.
Declarações do sindicato
O presidente Eusébio Pinto Neto afirmou que esteve disposto a negociar, mas ressaltou que não abriu mão de buscar avanços para os frentistas.
De acordo ele, o cenário de pleno emprego no país não permitia aceitar aumento inferior ao proposto, sob risco de reduzir o piso salarial no futuro.
O dirigente destacou que a política de valorização do salário mínimo, aplicada pelo governo Lula, reforçava a necessidade de um reajuste digno.
Indicadores econômicos
Um estudo do DIEESE revelou que o consumo de gasolina subiu 6% entre janeiro e junho, enquanto o número de postos cresceu desde 2020.
O sindicato realizou a assembleia no sítio Mazaropi, em Duque de Caxias, e transmitiu o encontro ao vivo pelo Instagram para ampliar a participação.
Eusébio convocou diretamente os trabalhadores da região e destacou que a união com o sindicato fortalecia a luta por salários e benefícios melhores.
Ele garantiu que a data-base estava preservada e assegurou o pagamento retroativo a 1º de junho de tudo que a negociação coletiva definisse.
Leia também: Força Sindical amplia mobilização para ato de 7 de setembro