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Osasco (SP): Metalúrgicos da região de Osasco participam de passeata pela queda dos juros
quarta-feira, 21 de janeiro de 2009
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O metalúrgicos de Osasco e região somaram forças aos trabalhadores de outras categorias de todo o Estado de São Paulo, no dia de luta pela redução da taxa básica de juros. Cerca de 10 mil trabalhadores fizeram passeata pelas ruas de São Paulo na manhã desta quarta-feira, 21, até a sede paulista do Banco Central, na Av. Paulista, 1804, para cobrar do Comitê de Política Monetária (Copom) a redução dos juros, no dia em que o comitê anunciará sua decisão sobre a taxa, que hoje está em 13,75%.
O movimento foi organizado pelas principais centrais sindicais brasileiras, incluindo a Força Sindical, que reivindicam que o Copom reduça os juros em dois pontos percentuais, como uma forma de permitir o crescimento econômico e combater as demissões que acontecem em diversos setores devido à crise financeira internacional.
Trabalhadores de diversas categorias também engrossaram o movimento, incluindo construção civil, alimentação, texteis, bancários, comerciários, quimícos, gráficos, entre outros.
Para o Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco e Região, a manifestação mostrou a força e unidade dos trabalhadores no enfrentamento à crise financeira. "Temos como estratégia a luta nas fábricas e também reivindicamos medidas governamentais mais amplas. É assim que os metalúrgicos de Osasco e região e o conjunto dos trabalhadores mostram sua disposição de luta", afirmou Mônica Veloso, secretária-geral da entidade. Isso porque, além do corte nos juros, as centrais reivindicam a redução do spread bancário, elevação do prazo do seguro desemprego para dez parcelas e que financiamentos com recursos públicos somente sejam concedidos mediante garantia de empregos.
A região também foi representada pelo deputado federal (PPS-SP) e presidente da Federação dos Metalúrgicos do Estado de São Paulo, Claudio Magrão, que convocou os trabalhadores a intensificar a mobilização. "Temos que nos organizar. O importante é a defesa dos interesses dos trabalhadores", enfatizou.
A decisão sobre os juros deve ser anunciada no final da tarde de hoje, mas o presidente da Força Sindical e deputado federal (PDT-SP), Paulo Pereira da Silva, adiantou que os trabalhadores podem adotar outras medidas caso não sejam atendidos. "Se os juros não cairem, na próxima vez, vamos invadir o Banco Central", disse. Paulinho também prometeu reação frente às demissões. "Temos que parar a empresa que demitir e ir para a Justiça [do Trabalho], como fizeram os companheiros da Amsted, em Osasco", orientou dando como exemplo a vitória conquistada pelo Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco e Região na Amsted-Maxion.
Em dezembro passado a Amsted tentou demitir mais de 600 pessoas em Osasco sem negociação com o Sindicato, mas o TRT-SP (Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região) determinou que a empresa revogasse as demissões e negociasse com o Sindicato. Isso aconteceu após paralisação entre os dias 16 e 19 de dezembro.