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Porto Alegre (RS): Unidos, trabalhadores impedem criação de novo sindicato
segunda-feira, 20 de junho de 2011
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‘O Movimento sindical vive um momento histórico, com todas as centrais reunidas para impedir a formação de um sindicato que não representa os trabalhadores”, foi a declaração mais citada na assembleia em Esteio
‘O Movimento sindical vive um momento histórico, com todas as centrais reunidas para impedir a formação de um sindicato que não representa os trabalhadores”. Esta foi a declaração mais ouvida e citada pelos representantes de centrais sindicais do Estado e os sindicalistas presentes na assembleia que tinha por objetivo criar um sindicato de trabalhadores em concessionárias de veículos de abrangência estadual, desconsiderando as bases sindicais já existentes e motivado por representantes de patrões.
A mobilização dos sindicalistas trabalhadores reuniu mais de 600 manifestantes na casa do Gaúcho no Parque de Exposições em Esteio, sexta-feira, 17, após a reunião da Federação dos Trabalhadores do Comércio, de Bens e de Serviços da Força Sindical (Fetracos). Com a presença de um oficial de Justiça os trabalhadores disseram NÃO à formação do novo sindicato, repudiando a divisão e fortalecendo a unidade sindical. A votação foi unânime contra a aprovação de criação de um novo sindicato, que tinha ainda na programação a votação de diretoria e estatuto, mas nenhum dos representantes do que seria a nova entidade compareceram ao ato, que teve chamada pública em edital divulgado na imprensa.
Para o presidente da Fetracos e da Força Sindical, Clàudio Janta, o encontro demonstrou que a classe tem unidade e representa uma busca de união desde o 2º Conclat (Congresso da Classe Trabalhadora). “Vimos que unidos somos mais fortes e não admitimos que o movimento sindical seja enfraquecido na sua base de trabalhadores”, exultou Janta, nomeando a participação dos sindicatos, centrais e federações num momento único de união em prol dos direitos dos trabalhadores.
O diretor da Força Sindical, Luis Carlos Barbosa repudiou a tentativa patronal de criar um sindicato, evidenciado pela forma como foi conduzida a comissão pró-fundação. “Os trabalhadores estão dizendo que querem seu sindicato local”, ressaltou.
Já o vice-presidente da Fetracos, Dionísio Manzuí, entendeu que a ação da pró-criação do sindicato serviu para fortalecer a classe trabalhadora. “A ideia de divisão se tornou uma poderosa ferramenta de articulação para rechaçar toda tentativa de dividir os comerciários”, garantiu.
A presidente do Sindicato dos Comerciários de Guaíba e região, Ivone Simas, destacou a importância da assembleia para a união do movimento sindical e para o fortalecimento da posição dos trabalhadores diante da imposição dos patrões. ‘A criação desta entidade, de forte caráter patronal, foi um atentado contra os trabalhadores’, informou Ivone.
Estiveram presentes trabalhadores de concessionárias de veículos, representantes de sindicato de comerciários de diversos municípios, todas as centrais sindicais e federações unidas pela unidade do movimento sindical.
Além da Força Sindical, o movimento contou com representantes da CGTB, UGT, Nova Central, CTB, CUT e sindicatos filiados de outros municípios como Guaíba e Caxiais do Sul, que apresentaram abaixo assinado contra a fundação de um novo sindicato.