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São Paulo (SP): Força Sindical, CUT e Fiesp iniciam pacto para indústria voltar a crescer

sexta-feira, 27 de maio de 2011

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São Paulo (SP): Força Sindical, CUT e Fiesp iniciam pacto para indústria voltar a crescer

Trabalhadores, empresários, economistas e ministros debateram durante nove horas ontem (dia 26) a crise que a indústria de transformação  enfrenta e as alternativas para que o setor volte a crescer.  As medidas  fazem parte do documento “Acordo pela Produção e Emprego”, entregue ao vice-presidente da República, Michel Temer, que prometeu ser “um advogado desta causa, que ele chamou de o início de um pacto”.

O debate ocorreu no Seminário “Brasil do Diálogo, da Produção e do Emprego”, realizado no Moinho Santo Antonio, em São Paulo. Ao ouvir as reivindicações feitas pelos organizadores do encontro Paulo Pereira da Silva, presidente da Força Sindical; Artur Henrique, presidente da CUT e Paulo Skaf, presidente da Fiesp, que intercedesse junto à presidente Dilma Rousseff para  se reunir com eles e ouvir suas reivindicações, o vice-presidente Temer se comprometeu a solicitar uma reunião para a próxima semana.

A crise vivida ela indústria de transformação, que enfrenta a concorrência de produtos importados no mercado interno e no exterior foi amplamente debatidas pelos palestrantes, que exibiram vários números para demonstrar a gravidade da situação.  Em 1985, a participação do setor no PIB (Produto Interno Bruto) era de 27% e no ano passado caiu para 16%. “A indústria teve déficit de US$ 100 bilhões”, disse Paulinho, preocupado com os empregos do setor.

“O grande fato desse encontro”, disse Paulinho, “é a unidade dos sindicatos dos metalúrgicos de São Paulo e São Bernardo, da Força Sindical e CUT e a Fiesp”. “Por quê nos unimos? Além do déficit, ‘8 estados brasileiros subsidiam as importações. E os bons empregos estão fora. Não queremos ser apertadores de parafusos. Mas, os trabalhadores não vão apenas carregar o piano.

 Queremos representação no local de trabalho e que não mexam nos salários senão vão comprar uma briga feia conosco. É preciso que o governo analise as cadeias produtivas e adote rapidamente as medidas necessárias para a indústria voltar a crescer. As câmara setoriais que reivindicamos são um passo a mais para a modernidade das relações entre trabalhadores, empresários e governo”, observou.

Estudos feitos pelo Dieese mostram que é na indústria que se concentram o maior número de empregos com carteiras assinadas.  Dados da Fiesp mostram que o setor emprega 10 milhões de trabalhadores no Brasil, dos quais 3 milhões no Estado de São Paulo.  Segundo o empresário Paulo Francini, diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, “não existe projeto de país sem o revigoramento da indústria de transformação. O futuro do País não existem sem ela.  Não existe indústria rica com trabalhadores bem pagos em países pobres”.

Importados

Os números mostram a invasão dos importados. De acordo com Mario Marconi,diretor de Relações Internacionais e Comércio Exterior da Fiesp, devido a sobrevalorização do real,  em 2003, as importações brasileiras chegavam a 12,5% e neste ano atinge 22%, dos quais 7% da China. Já José Ricardo Roriz Coelho, diretor do Departamento de Competitividade e Tecnologia da Fiesp, com  o aumento das importações o País deixou de gerar 3, 5 milhões de empregos.

Os palestrantes criticaram a taxa de câmbio e os juros altos. O ex-ministro da Fazenda, Bresser Pereira, afirmou que o câmbio sempre foi administrado e que o real está totalmente fora de lugar, jogando contra uma estratégia de desenvolvimento nacional”. Mas o ministro Fernando Pimentel, do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, declarou que “o problema do câmbio valorizado, que afeta de maneira aguda a economia, especialmente a indústria não tem solução. Particularmente preferia que a taxa  estivesse mais desvalorizada, mas não adianta. Não há nada que possa ser feito.

 O empresário precisa conviver com isso e se modernizar”, destacou o ministro ao enfatizar que “nossa indústria é do século XX. Se os empresários não forem rápidos, perderemos a competição com a Ásia, que já está muito à frente”.  Segundo o ministro Pimentel até o final de junho, o governo lançará a nova política industrial porque até agora “estávamos concentrados em debelar a inflação”.

Tecnologia

O ministro Aloizio Mercadante, da Ciência e Tecnologia, expôs os planos de sua pasta para a modernização da indústria, como mais investimentos em pesquisa e desenvolvimento e inovação tecnológica. Para o ministro é preciso organizar a demanda da indústria, articular as instituições de pesquisa, garantir recursos, com o do pré-sal para investimentos no setor, ou seja preparar o ambiente  para o País dar um salto na agenda. “Não podemos nos acomodar e importar automóveis prontos”.

Depois de ouvir a fala do ministro Mercadante, Monica Veloso, presidente da CNTM (Confederação Nacional dos Trabalhadores da Indústria Metalúrgica), afirmou que, além da tecnologia, o governo também deve olhar para a educação porque “é impossível olhar para isso sem observar que o filho do trabalhador está longe de aprender sobre todo este avanço tecnológico já que grande parte sai da escola semianalfabeto”, ressaltou.  João Guilherme Sabino Ometto, vice-presidente da Fiesp, lembrou que “muitas vezes nossos trabalhadores lêem mas não sabem interpretar o texto”.

 
Durante o seminário, o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo, Sergio Nobre, mostrou exemplos de peças importadas para montar os carros no país e como esta decisão das montadoras prejudica a geração de empregos no Brasil.

Miguel Torres, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, observou que uma montadora traz os carros prontos que custam menos de R$ 10 mil e vende o produto no Brasil por R$ 100 mil. “Precisamos de medidas rápidas e contundentes. Não queremos ser apertadores de parafusos. A mão de obra é o nosso futuro”, declarou.

Pacto

O ex-ministro da Fazenda,  Bresser Pereira, que se manifestou favorável ao pacto, lembrou que ele (pacto) também implica em perdas. Na sua visão, uma das conseqüências para administrar o câmbio   seria a depreciação de 30% sobre o salário real.

  Paulinho reagiu e disse que “ainda bem que o Bresser não é ministro. Não mexam nos salários se não vão comprar briga conosco”, disse.
Para o economista Amir Khair, ex-secretário de Finanças da prefeitura de São Paulo, o Brasil desperdiça dinheiro, “causa que nos amarra há mais de 15 anos. Jogamos 7,5% do PIB no pagamento de juros, enquanto os países ricos gastam 1,7% e a América Latina também”.

Ao ser indagado pelo moderador jornalista Willian Wack sobre que pacto seria esse da indústria, trabalhadores e governo, Danilo Pereira da Silva, presidente da Força Sindical São Paulo, observou que a aproximação com o governo Lula não foi só de ganhos. “Sabemos que no pacto precisamos também ver nossas diferenças”.

No período da manhã, João Carlos Gonçalves, Juruna, secretário-geral da Força Sindical, também lembrou que capital e trabalho tem diferenças que são negociadas, mas também têm convergências, como a redução da taxa de juros, qualificação profissional e acabar com a rotatividade.

Confira a íntegra do acordo firmado entre trabalhadores e empresários pelo futuro da produção e emprego
 

Fonte: Assessoria de Imprensa da Força Sindical

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