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São Paulo (SP): Trabalhadores da construção protestam contra acidente de trabalho
quinta-feira, 4 de abril de 2013
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Arquivo: Sintracon-SP
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Mais de 1.500 operários cruzaram os braços na manhã do último dia 3 de abril para protestar contra o acidente de trabalho ocorrido dia 27 de março, quando uma viga caiu de uma altura de 30 metros, atingiu um balancim e fez de Rodrigo da Silva Ribeiro, de apenas 20 anos, vítima fatal.
Além de Rodrigo, o companheiro Patrique Cruz Sampaio (27 anos) teve as duas mãos decepadas e Julio Herculano da Silva (29 anos) continua internado em estado grave na Santa Casa de Misericórdia.
“Paralisamos os canteiros de obras desta região do bairro da Liberdade em repúdio ao alto índice de doenças ocupacionais, mortes e mutilações existentes no seio de nossa categoria”, disse Antonio de Sousa Ramalho, presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil de São Paulo e deputado estadual pelo PSDB.
“A política do nosso Sindicato é a de tolerância zero para com ocorrências do gênero. A indiferença patronal perante a observância de Normas Regulamentadoras de Segurança é alarmante. E isso vale para a empresa responsável e para os gatos por ela contratados. Hoje, estamos parando uma região. Amanhã, faremos o mesmo com os canteiros de toda São Paulo, pois exigimos respeito”, continuou o sindicalista.
Em seu discurso, feito em frente ao número 110 da Rua Vergueiro, bairro paulistano da Liberdade, Ramalho salientou:
“Antes de ser sindicalista, trabalhei em mais de 700 canteiros de obras. Testemunhei muita tristeza. E minha experiência diz que acidente não existe. O que existe, sim, é falha na gestão do meio ambiente de trabalho, que expõe o trabalhador a situações de grave e iminente risco”.
A obra onde houve a ocorrência é de responsabilidade da Construtora Santa Luisa e os três vitimados ligados à empreiteira Esquadra de Ferro, que presta serviço para a Lux Salum.
Um ato ecumênico encerrou a manifestação com a participação do padre Paulo, da Comunidade Missão Mensagem de Paz (Pirituba) e do pastor João Rodrigues, da Igreja Evangélica Assembleia de Deus (Jardim Comercial), também diretor do Sindicato.