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São Paulo (SP):Campanha Salarial do Setor de Fabricação do Álcool 2009/2010
sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009
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TRABALHADORES DA FABRICAÇÃO DO ÁLCOOL REIVINDICAM 7% DE AUMENTO REAL
A Fequimfar (Federação dos Trabalhadores nas Indústrias Químicas e Farmacêuticas do Estado de São Paulo), que é filiada à Força Sindical, reunida com os seus 11 Sindicatos filiados, pertencentes ao setor de fabricação de álcool combustível no Estado de São Paulo, reunidos nos dias 11 e 12 de fevereiro, em São José do Rio Preto, no Seminário de Negociação Coletiva do Setor do Álcool, que também contou com a participação do secretario nacional de relações de trabalho – MTE – Luiz Antonio de Medeiros,deliberaram a pré-pauta de reivindicação da categoria, para ser aprovada pelos trabalhadores do setor e posteriormente ser entregue aos representantes patronais:
· REAJUSTE SALARIAL: 7% mais a inflação do período (5,89 pelo INPC)
· PISO SALARIAL: R$ 1.000,00
· MANUTENÇÃO DOS DIREITOS CONQUISTADOS
"Nesse encontro, a Fequimfar e seus Sindicatos discutiram uma série de pontos referentes aos problemas, dificuldades e necessidades dos trabalhadores do setor de fabricação do álcool, com destaque para as reivindicações de recuperação das perdas salariais e aumento real, que possam atender os anseios de toda categoria, conforme o faturamento e crescimento do setor nos últimos 12 meses. Lembramos também que em 2008 o setor teve um saldo positivo de 11.827 postos de trabalho, referentes a toda a cadeia produtiva", comenta Danilo Pereira da Silva, presidente da Fequimfar e da Força Sindical São Paulo.
PRINCIPAIS BANDEIRAS DE LUTA
· Reajuste Salarial
· Aumento Real
· PLR (Participação nos Lucros e Resultados)
· Redução da Jornada de Trabalho
· Igualdade de oportunidades
· Melhoria nas condições de saúde e segurança
· Unificação dos pisos salariais no Estado de São Paulo
· Avanços nas cláusulas sociais
– A data-base é 1º de maio –
A Fequimfar, junto com os seus sindicatos filiados, representa aproximadamente 25 mil trabalhadores no setor sucroalcooleiro, distribuídos em diversas regiões do estado de São Paulo. Em relação ao setor, estima-se que mais de 40 mil trabalhadores atuem nas usinas de açúcar, junto a outros 240 mil no setor de corte da cana-de-açúcar.
Nos últimos anos o setor sucroalcooleiro teve um franco crescimento, com a abertura de novas usinas e destilarias e, conseqüentemente, novos postos de trabalho.
O Estado de São Paulo é o maior produtor de cana do país, sendo responsável por mais de 60% da oferta nacional, como também por cerca de 400 mil empregos diretos no setor. Um número que cresceu substancialmente, em razão de todo esse processo de valorização do etanol.
O setor é um dos principais responsáveis pela economia e pelo crescimento econômico da maioria das regiões do interior do estado de São Paulo. Também em relação ao desenvolvimento dessas regiões, com a geração de emprego e, conseqüentemente, um aumento de novos postos de trabalho, consumo, desenvolvimento econômico e social.
Para Danilo Pereira da Silva, presidente da Fequimfar e vice-presidente da Força Sindical, o setor está consolidado, "Nos últimos anos, as usinas e destilarias tiveram um grande desenvolvimento, em relação à suas estruturas e patrimônios, principalmente no ganho com a venda de seu produto principal, que é o álcool combustível. Mas existe a necessidade de uma melhor distribuição de renda, que seja justa em relação a esse desenvolvimento. O IDH (índice de desenvolvimento humano) de seus trabalhadores continua abaixo de outras categorias, e não faz jus ao crescimento que o setor conseguiu. Lembramos também que precisamos também de uma política séria de qualificação profissional. Agora vamos lutar mais ainda para que as reivindicações dos trabalhadores sejam atendidas", declara.
Sergio Luiz Leite, secretario geral da Fequimfar, lembra que nos últimos anos, o setor do álcool bateu recordes de produção e expandiu seus negócios no Brasil e no mundo, porém a distribuição desses resultados positivos não tem chegado para os trabalhadores, "Nessa campanha salarial vamos também lutar pela valorização, melhoria da PLR e pela unificação dos pisos salariais. Os trabalhadores reivindicam a sua justa parte nesse desenvolvimento".