
SinSaúdeSP convoca trabalhadores para protestar contra o cancelamento da Busca Ativa por Telemedicina em São Paulo.
Na manhã desta terça-feira, o Sindicato dos Trabalhadores da Saúde de São Paulo (SinSaúdeSP) realizou um ato em frente à sede da Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo (SMS-SP), no Viaduto do Chá, para protestar contra o anúncio inesperado do cancelamento do programa de “Busca Ativa por Telemedicina”. O programa vinha atendendo cerca de 30 mil paulistanos por mês, segundo os trabalhadores, e no total alcançou aproximadamente 4,85 milhões de pessoas desde sua implantação no ano passado.
Programa é alvo de protesto
Na última sexta-feira, a Secretaria Municipal teria informado o cancelamento do programa, sem apresentar justificativa pública. O serviço consistia em localizar por telefone, feitos por técnicos de enfermagem, pessoas com hipertensão, diabetes ou que necessitam de exame de Papanicolau, orientando-as a procurar o posto de saúde mais próximo. Os trabalhadores afirmam que o programa “salvou milhares de vidas”.
Diante da notícia, o presidente do SinSaúdeSP, Jefferson Caproni, convocou imediatamente a mobilização desta terça-feira. Com o protesto em andamento, a Prefeitura reagiu — portando-se sob pressão — e agendou uma reunião de emergência para quarta-feira, 12 de novembro, às 14h, convocando todos os trabalhadores da atenção básica municipal para participar de uma concentração em frente à SMS-SP.
Principais reivindicações
Os trabalhadores exigem:
- A continuidade imediata do programa de Busca Ativa por Telemedicina;
- A garantia da manutenção de todos os empregos da enfermagem vinculados ao programa;
- Transparência por parte da Prefeitura sobre os motivos do cancelamento do serviço;
- Participação dos profissionais da atenção básica nas negociações.
“Juntos somos mais fortes”, afirma Jefferson Caproni, “o SinSaúdeSP não vai aceitar nenhum direito a menos!”.
Impactos e contexto
O município de São Paulo vinha apostando na telemedicina e teleassistência para ampliar o acesso à atenção básica e desafogar a rede presencial. Um projeto piloto da Prefeitura iniciado em 2022 já indicava uso de plataformas de telemedicina para reduzir filas em unidades de saúde da capital.
O corte do programa, portanto, ocorre em um momento em que essas tecnologias ganham relevância para gestão pública da saúde — e levanta questionamentos sobre a política de atenção primária, manutenção de empregos e modelos híbridos de atendimento.
Próximos passos
A nova rodada de negociação marcada para quarta-feira será decisiva. O SinSaúdeSP convoca a categoria a se fazer presente em massa à concentração perante a SMS-SP para pressionar por avanços concretos. A manutenção do programa, segundo a categoria, representa não apenas uma política de saúde, mas também a defesa de postos de trabalho e do direito à assistência para pessoas com doenças crônicas ou em risco.
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