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Trabalhadoras metalúrgicas ampliam auxílio-creche e tempo para amamentar
segunda-feira, 12 de novembro de 2007
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As trabalhadoras metalúrgicas do Estado de São Paulo saíram particularmente vitoriosas da campanha salarial deste ano. Elas conquistaram novos direitos, que foram incluídos na convenção coletiva que valerá pelos próximos dois anos.
Uma das principais conquistas foi a ampliação do valor do auxílio-creche para 15% do piso salarial (no caso das metalúrgicas que trabalham em auto-peças) e de 30% (para aquelas que atuam em fábricas de eletroeletrônicos, máquinas e equipamentos). "É um benefício que cria um impacto econômico e social dentro da família", explica Mônica Veloso, secretária-geral do Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco e Região. "Além disso, à medida que tenho a tranqüilidade de saber que por dois anos tenho um suporte para a guarda do meu filho, posso ter planejamento e perspectiva profissional. Os benefícios da cláusula vão além do trabalho do dia-a-dia", afirma.
Também foi criada a possibilidade de alteração do prazo para amamentação em oito dias (para as metalúrgicas que trabalham em fábricas de autopeças, eletroeletrônicos, máquinas e equipamentos) e em dez dias (para as trabalhadoras do setor de fundição). Por lei, a trabalhadora pode parar até meia hora, duas vezes ao dia, para amamentar seu filho. Agora, a metalúrgica poderá escolher se quer a pausa ou pedir licença remunerada de oito ou dez dias úteis (conforme o grupo patronal), após o término da licença-maternidade.
Outros direitos conquistados foram: garantia a empregada que sofrer aborto não criminoso, garantia a empregada em situação de violência doméstica e exames para prevenção do câncer. As cláusulas variam conforme o grupo patronal.
Isso é resultado do maior envolvimento das mulheres na mobilização e no processo de negociação. "A presença de metalúrgicas em todas as atividades que o sindicato realizou dentro do contexto da campanha salarial foi um fator determinante para o êxito que tivemos", avalia Mônica.
Outras conquistas – A campanha salarial dos metalúrgicos do Estado de São Paulo foi concluída no final de outubro. A data-base da categoria é 1º de novembro. Os 700 mil trabalhadores do Estado conquistaram reajuste de 7,45%.
Além disso, houve a inclusão e melhora de outras cláusulas da convenção coletiva, como: diversidade nas contratações, medidas contra assédio e/ ou constrangimento moral, negociação da PLR (Participação nos Lucros e Resultados), contratação e acessibilidade para pessoas com deficiência, isenção de tarifas bancárias, entre outros itens. "São resultados de um processo de negociação e de mobilização que só nos fortalece para partir para a busca de novas conquistas, que melhorem a qualidade de vida da categoria no local de trabalho e na sociedade", afirma o presidente do sindicato, Jorge Nazareno.