Trabalhadores baianos protestam no Dia Nacional de Lutas

Crédito: Arquivo Força Sindical-BA

Inúmeros trabalhadores mobilizados contra as Medidas Provisórias 664 e 665 fizeram uma manifestação hoje (28), em Salvador, em frente a Superintendência Regional do Trabalho e Emprego, SRTE,  na Avenida Sete.  O ato, denominado Dia Nacional de Luta pelo Emprego e Por Direitos, foi convocado pelas Centrais Sindicais. Por todo o país os trabalhadores saíram às ruas e deixaram claro que não aceitam as MPs, que irão tornar mais difícil o acesso das pessoas ao seguro-desemprego, abono salarial (PIS-Pasep),auxílio-doença, pensões, seguro-defeso e auxílio-reclusão.

Para Bebeto Galvão, Presidente do Sintepav BA e Deputado Federal,  os trabalhadores brasileiros não podem sofrer um retrocesso em seus direitos, por isso estão mobiliados em todo país contra as medidas do governo que propõem perdas de conquistas históricas.

Encontro com Superintendente

Após o ato político, a comissão das Centrais Sindicais reuniu-se com a Superintendente da SRTE, Isa Simões, para explicar o motivo da manifestação e entregar o documento assinado pelas entidades. Durante a reunião, Nilson Bahia, Vice-presidente da Força Sindical Bahia,   relembrou que nada foi  discutido com os trabalhadores e falou sobre a importância da manifestação no estado. “Somos sexto estado mais rico e é natural que a gente se manifeste com todo vigor contra as medidas e as demissões que ocorrem no Recôncavo. “Com essa medida atual, cerca de dois milhões de trabalhadores podem ficar sem o seguro desemprego. Para as Centrais, em primeiro lugar estão os direitos dos trabalhadores.”, finalizou Bahia.
 
Odiálogo, de acordo com Isa Simões,  é o caminho. A Superintendente ressaltou que o Ministério do Trabalho e Emprego é a casa dotrabalhador. Além disso, afirmou que as situações que permeiam o seguro desemprego são muito grandes e é preciso encontrar uma saída. “É muito importante para o país que o movimento sindical represente os trabalhadores. Vocês estão abrindo um canal de mobilização contra as medidas, que vai fortalecer o  diálogo.”, disse.