Imagem do dia
O presidente da Força Sindical, Miguel Torres, reuniu-se com o Ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Marcio Macêdo, nesta terça-feira (4), debater propostas para o Brasil.
Enviar link da notícia por e-mail
Força
Trabalhadores do Metrô fazem greve contra a intransigência dos patrões
quinta-feira, 3 de abril de 2008
Força
O Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção de Estradas, Pavimentação, Obras de Terraplenagens do Estado da Bahia (SINTEPAV-BAHIA), após 78 dias sem avanços nas reuniões da Campanha Salarial, data base 1º de março, iniciou processo de greve nas principais obras públicas da Bahia. Nesta última quarta-feira (02), o movimento paredista foi realizado nas obras do Metrô de Salvador. Depois, a paralisação aconteceu no Estádio de Pituaçu e no anel viário do Aeroporto.
As principais reivindicações dos trabalhadores são13% de reajuste; tabela salarial única para todo estado; piso salarial por função; cesta básica de R$ 70,00; horas extras de segunda a sexta a 80% e 100% aos sábados; assistência médica; contrato de experiência de 30 dias e participação nos lucros e resultados das empresas.
"Os patrões querem manter as mesmas condições do ano passado e conceder apenas a reposição da inflação pelo INPC. Para o SINTEPAV, a proposta é uma provocação aos trabalhadores e demonstra que eles querem o caminho do conflito. Dizer que não podem ceder mais é a mistificação da realidade e uma afronta ao trabalhador", critica o presidente do Sintepav, Bebeto Galvão, rechaçando a posição dos empresários, exigindo respeito ao trabalhador e negociação pra valer.
O setor da construção pesada na Bahia cresceu, em comparação a 2006, mais de 7%. Além disso, o governo desonerou o setor, o que levou à diminuição dos custos de produção. A indústria da construção representa aproximadamente 14% do PIB brasileiro, é responsável por 60% da formação bruta do capital e controla 15 milhões de empregos diretos e indiretos. Somente os investimentos públicos, através do PAC, projetam um crescimento de até 30% este ano.
"Os patrões ganharam muito em 2007 e vão ganhar muito mais em 2008. E nós, trabalhadores, fomos determinantes para a geração de tanto dinheiro. Sem o nosso trabalho, sem o nosso suor, não haveria riqueza nenhuma. A negociação coletiva é o momento de exigirmos dos patrões a redistribuição da renda na forma de melhores salários, saúde, segurança e trabalho decente", diz Galvão, garantindo que o SINTEPAV terá tranqüilidade e paciência para negociar, mas que tudo tem limite.
Os representantes do Sintepav e do Sindicon participaram ontem (2), de uma reunião de negociação no Ministério Público do Trabalho. A reunião terá continuidade nesta quinta-feira (3), às 8h. Caso não haja acordo, as paralisações continuarão em todo estado da Bahia.
Reivindicações dos trabalhadores na construção pesada:
13% de reajuste;
Tabela salarial única para todo estado;
Piso salarial por função;
Cesta básica de R$ 70,00;
Horas Extras de segunda a sexta a 80% e 100% aos sábados:
Assistência Médica;
Contrato de experiência de 30 dias
Participação nos lucros e resultados, entre outras reivindicações.