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BNDES decide facilitar empréstimos do Finame para compensar fim do PSI
quarta-feira, 30 de dezembro de 2015
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O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) vai tornar mais favorável o financiamento de máquinas, ônibus e caminhões pelas linhas Finame e Finame Agrícola, a partir de janeiro do próximo ano.
O objetivo do banco seria tentar compensar o fim do PSI (Programa de Sustentação do Investimento), criado em 2009 para enfrentar a crise com crédito subsidiado e que será encerrado pelo governo nesta quinta (31).
Em comunicado, o banco informou nesta terça (29) que vai elevar de 50% para 70% sua participação no valor de máquinas e equipamentos adquiridas por grandes empresas, financiando integralmente por TJLP (Taxa de Juros de Longo Prazo).
Para a aquisição de ônibus e caminhões, o apoio permanecerá em 70% do valor do bem adquirido, mas a parcela do empréstimo em TJLP subirá de 50% para 70%. Os 30% restantes são financiados com taxas de mercado.
Entre as micro, pequenas e médias empresas e também no caso da aquisição de "bens de capital eficientes", como em consumo de energia, a fatia financiada pelo banco subirá de 70% para 80%.
A medida ocorre um ano após o BNDES cortar limites de empréstimos dentro de sua "nova política operacional", que visava contribuir com o ajuste fiscal comandado pelo ex-ministro Joaquim Levy (Fazenda).
Uma fonte informou que a medida atual seria apenas uma tentativa de evitar uma freada ainda mais brusca nos investimentos com o fim do PSI, que tinha taxas de juros mais competitivas.
FALTA DE CONFIANÇA
Pelo PSI, o financiamento de bens de capital por uma grande empresa tinha taxa fixa de 9,5% ao ano. Pelo Finame, após a mudança, essa taxa tende a ser maior do que 10%, dependendo do risco do tomador do empréstimo.
Vale lembrar que, pelo Finame, os empréstimos são aprovados de forma automática e indireta, via instituições credenciadas.
Segundo Carlos Pastoriza, presidente da Abimaq, o principal motivo para a queda dos investimentos no Brasil seria a falta de confiança dos empresários, ainda que o crédito tenha ficado mais caro e influenciado decisões.
"Mesmo clientes que estão em setores sem crise acabaram freando investimentos. É o caso do produtor agrícola. Ninguém sabe até onde vai a crise", disse Pastoriza.