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Brasília (DF): País cresceu 1,64% em 2012, aponta prévia do PIB calculada pelo BC
quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013
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A economia brasileira desacelerou no final do ano passado e fechou 2012 com o pior desempenho desde 2009. O Banco Central divulgou no dia 20 o seu indicador de atividade econômica, que apontou expansão de 1,64% no ano. Como esse índice tem apresentado resultados superiores aos verificados pelos números oficiais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que consideram um leque maior de dados, o resultado reforçou a avaliação do mercado de que a economia se recupera, mas ainda lentamente, e deve ter encerrado o ano passado com expansão em torno de 1%.
O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) mostrou crescimento de 0,26% em dezembro, bem abaixo dos 0,57% de novembro, na comparação com o mês anterior. O resultado veio pouco abaixo das projeções do mercado. No quarto trimestre, o crescimento foi de 0,62%, inferior ao observado no período de julho a setembro, em relação ao trimestre anterior. Quanto ao resultado do ano, se forem descontados os efeitos sazonais, o desempenho do indicador do BC foi ainda pior: avanço de apenas 1,35%.
Diferença. Embora seja considerado como um indicador que antecipa a tendência para o Produto Interno Bruto (PIB), o IBC-Br apresentou resultados mais elevados em todos os trimestres de 2012. Enquanto os números do IBGE mostram altas de 0,1%, 0,2% e 0,6% nos três primeiros trimestres de 2012, nas comparações com os trimestres anteriores, o IBC-Br cresceu, nestes períodos, respectivos 0,30%, 0,58% e 1,12%. Os números oficiais do PIB para o ano passado serão divulgados pelo IBGE em 1º de março. Na semana seguinte, o Banco Central se reúne para avaliar se segue ou não com a taxa básica de juros, a Selic, nos atuais 7,25% ao ano.
Fundo do poço. A economista-chefe da Rosenberg & Associados, Thaís Zara, disse que o IBC-Br indica que ‘a sensação de piora ficou para trás’. ‘Já deixamos o fundo do poço. Estamos voltando a crescer de modo lento e gradual’, afirmou. Ela prevê alta de 2,5% para o PIB em 2013. A consultoria LCA e o Besi Brasil estimam alta de 1% para o PIB de 2012. A Austin Rating vê avanço ‘ao redor de 1,1%’.
Para Mariana Hauer, do Banco ABC Brasil, o IBC-Br sinaliza que a economia está crescendo, porém pouco, ‘compatível com um PIB de 1% (em 2012)’. A economista, contudo, projeta uma retomada do crescimento, com alta de 3,3% para o PIB de 2013.
Andre Perfeito, economista-chefe da Gradual Investimentos, projeta crescimento de 0,84% para 2012 e avalia que o resultado de 2013 pode decepcionar mais uma vez, ficando em 2%. O Itaú-Unibanco faz uma projeção de 0,9% para 2012.
O vice-presidente Michel Temer disse que o governo se saiu ‘razoavelmente bem’ com o PIB do ano passado. ‘Para o ano passado, com a crise mundial, nós nos saímos razoavelmente bem. Mas a tendência agora nesse ano é crescer o PIB, talvez até, como diz a Confederação Nacional da Indústria, 4%.’, afirmou. Questionado se viria um ‘pibão’ em 2013, Temer respondeu: ‘Certamente’.