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Imprensa
Covid-19 lançou meio bilhão de pessoas na pobreza extrema
segunda-feira, 13 de dezembro de 2021
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Os custos com a pandemia de Covid-19 na saúde levaram meio bilhão de pessoas para a pobreza extrema em todo o mundo no ano passado.
Os serviços de saúde oferecidos desencadearam a pior crise econômica desde os anos 1930, de acordo com um comunicado do Banco Mundial e a Organização Mundial da Saúde, OMS.
Valores
Ambas as entidades enfatizam que muitas pessoas arcaram com os custos da saúde com valores do próprio bolso durante o auge da Covid-19.
Os dados destacam que a situação causada pela interrupção dos serviços de saúde dificulta ainda mais a capacidade de cobertura.
O diretor-geral da OMS declarou que todos os governos devem retomar e acelerar imediatamente ações para “garantir que todos seus cidadãos tenham acesso aos serviços de saúde sem temer as consequências financeiras.”
Tedros Ghebreyesus defende um foco nos sistemas de saúde e na cobertura universal definida.
Serviços
Em 2019, antes da pandemia, havia 68% da população mundial coberta com atendimento pré e pós-natal e serviços de saúde reprodutiva.
Imunização, tratamento para doenças como HIV, tuberculose e malária, além de diagnóstico e cuidados com doenças crônicas como câncer, questões cardiovasculares e diabetes também integravam o pacote.
Mas com a pandemia, as pessoas mais pobres e vivendo em áreas rurais ficaram prejudicadas e com menos possibilidade de obter serviços de saúde e pagar por eles.
Atualmente, chega a 90% a porcentagem de famílias que empobrecem por gastos diretos com saúde, e que já estão na linha da pobreza ou abaixo desta condição.
Necessidades
Para o Banco Mundial e a OMS, só quando os países têm uma imagem precisa do desempenho de seu sistema de saúde podem ser capazes de direcionar ações para a melhora da forma como atendem as necessidades de todas as pessoas.
No esforço para recuperação pós-Covid-19, os novos dados oferecem um alerta e orientações para que as nações mantenham suas populações seguras, saudáveis e financeiramente protegidas.
Desde o início da crise, o Banco Mundial revelou ter aplicado mais de US$ 157 bilhões para combater os impactos da pandemia na saúde em áreas como economia e sociedade em mais de 100 países.
Mais da metade das cerca de 60 economias beneficiárias de baixa e média rendas estão na África.